Zélia Gattai
Zélia Gattai nasceu em São Paulo, no dia 2 de julho de 1916. Filha de imigrantes italianos participava com a família do movimento político-operário que reivindicava melhorias nas condições de trabalho. Casou-se aos 19 anos. Em 1942, nasceu seu primeiro filho.
Em 1945, já separada do marido, conhece Jorge Amado e passa a viver e trabalhar com o escritor, revisando e datilografando os originais de seus livros. Nesse mesmo ano, Jorge é eleito para a Câmara Federal. Em 1948, os parlamentares eleitos pelo PCB são cassados, e Zélia acompanha o marido em seu exílio na Europa.
Em 1949, Zélia ingressa na Sorbonne, onde estuda Civilização Francesa, Fonética e Língua Francesa. No final do ano são obrigados a deixar Paris, pois os comunistas não eram bem vindos pelo governo francês. Vão para a Tchecoslováquia, onde nasce sua filha Paloma. De volta ao Brasil, em 1952, passam a morar no Rio de Janeiro e em 1960, compram uma casa em Salvador, no bairro de Rio Vermelho. Em maio de 1976, o casal oficializa o casamento.
Em 1979, com 63 anos, Zélia Gattai estreia na literatura com o livro de memórias “Anarquistas Graças a Deus”. A escritora recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária. O livro foi adaptado para uma série de TV. Entre outras obras da escritora estão: “Um Chapéu Para Viagem” (1982), “Senhora Dona do Baile” (1984), “Jardim de Inverno” (1988), “A Casa do Rio Vermelho” (1999) e “Memorial do Amor” (2004).
Em 2001, após a morte de Jorge Amado, Zélia foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira nº 23, a mesma que pertenceu ao marido. Zélia Gattai faleceu em Salvador, Bahia, no dia 17 de maio de 2008.
