Wélerson Recalcatti

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⁠As pessoas buscam a felicidade naquilo que mais lhes satisfaz os olhos, mas a verdadeita felicidade só pode ser encontrada dentro do coração

Inserida por Weller

⁠Buscar um amor verdadeiro só pela aparência é como vendar seus olhos frente a um atirador e esperar que a bala não te perfure porque você não está a vendo

Inserida por Weller

⁠Eu sou apenas um poeta solitário, num mundo de analfabetas literários

Inserida por Weller

⁠Um livro é uma grande extensão de sabedoria presa em um pequeno espaço

Inserida por Weller

⁠O futuro será tão doentio, que teremos que nascer vacinados

Inserida por Weller

⁠Na selva onde as zebras são espertas os leões morrem de fome

⁠As lágrimas cauterizam as feridas

Inserida por Weller

Uma caneta pode mudar o mundo, dependendo da mão que ela estiver⁠

Inserida por Weller

⁠Nas mãos erradas, uma caneta causa mais dano que uma arma de fogo

Inserida por Weller

Você nota como o Brasil é atrasado, comparando aos demais países pelo mundo, no simples fato de que numa escola pública, quando um aluno é posto de castigo, ele é encaminhado para a biblioteca, é como se dissessem que ler é uma coisa chata e ⁠sem divertimento, um verdadeiro castigo;
Aí começa a falta de educação e conhecimento da nossa nação.

Inserida por Weller

⁠O mundo é um baile de máscaras, mas como eu não sei dançar, uso meu rosto verdadeiro

Inserida por Weller

⁠ A vida é como uma obra de arte
As vezes se mostra tão bela
Mas se você ficar apenas admirando
Vai esquecer de vivê-la

Inserida por Welerson

⁠A beleza de letra importa menos que a coerência da frase escrita

⁠Não existe paz sem solidão

Inserida por Welerson

⁠A solidão e a paz andam juntas

⁠Alguns nascem para serem felizes, rir e fazerem piadas, outros nascem para serem tristes, fazerem os outros rir e serem o motivo das piadas

Inserida por Welerson

⁠Vivemos num mundo onde o discurso humorístico é levado a sério, e o discurso político é levado na brincadeira

⁠O Vôo Da Alma

Por que os outros voam
E eu não consigo?
A vida é um fardo, pesado e imenso
De um destino eterno, no inferno propenso
Numa tempestade sem teto e abrigo

Por que os outros voam
E eu não consigo?
O odor da morte perfuma meu ser
Abro meus olhos mas não posso ver
Já sei que a vida é um eterno castigo

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Minhas lembranças se apagam
Como uma breve história
Em minh'alma enlutada
Se recordam memórias
De um Coração que ligava e agora eu desligo

Que viver tão inútil
Neste mundo fútil
Em que temo o escuro
Me sinto aflito
Entre o feio e o bonito
Eu jamais cruzo o muro

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Fico calado, em meu quarto, mudo
Palavras não saem, lágrimas caem
Qual a razão de tudo?
Deste modo aflito, sempre prossigo

Por que os outros voam
E eu não consigo?
A vida maltrata
A noite é ingrata
Eu sinto o perigo

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Que maldita trama
Ao viver o meu drama
Quase sempre eu digo...

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Meu coração adoece, assim tão intenso
E quando amanhece, já nada mais penso
Deste modo aflito, eu sempre sigo

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Quão triste tem sido minha trajetória
Agora só fica minha dedicatória
No túmulo escuro, abaixo escrito

Por que os outros voam
E eu não consigo?
Minh'alma lamenta e chora seus desgostos
Neste mar de sangue e veneno exposto
Onde meu corpo, padece ao jazigo

Na consciência abro a porta
Vejo uma alma morta
Parece ser a minha
Me cansei de tudo
Agora estou mudo
A morte tardou
Mas meu pai falou
Que cedo ou tarde ela vinha

Escrito por: Wélerson Recalcatti

Inserida por Welerson

A Póstuma Carta De Poe

Querida Boston
Venho por meio desta
Retratar minh'alma funesta
E prestar minha gratidão

Fui eu, um grande escritor
Da poesia, um magnífico autor
Fiz drama, romance e terror
Obras da minha ficção

E nas suas terras onde nasci
Das mentais guerras que sobrevivi
Relato meu carinho
E minha paixão

Querida Boston
Nesta epístola grafada
Onde retrato minh'alma finada
Fica por ti, minha adoração

Pois nas suas ruas cresci
E muito nelas aprendi
Entendi o amor
Compreendi a razão

Tenho tanto a te agradecer
Pois não tive tempo antes de morrer
Agora volto para me desculpar
Do fundo do meu coração

Querida Boston
O que quero dizer aqui
É que tu fez parte da minha história
E por ti levo a mais linda memória
Da cidade onde nasci

Adeus então digo
Pela vida eterna eu sigo
Vou-me embora deste mundo
Meu relato foi tão profundo
Que todo meu amor eu te dei

Mas foi em Baltimore que minha vida
Depois de muito sofrida
Enfim eu acabei

Na querida Baltimore
Que à mim tanto traz fascínia
Lar da doce Virgínia
Pela qual me apaixonei

Deixo então em curtas palavras
Aqui nesta pequena carta
Digo que sempre te amei

E minh'alma que este mundo foi deixar
Só resta saudades de tudo
Minha morte não se acostuma
E aqui deixo minha carta póstuma
Relatos do finado Edgar

Parto antes que o sino soe
E a morte comece à cantar
Com força que sua voz ecoe
Aos quatro cantos do mundo à gritar

Tudo o que aqui escrevi
Foi uma homenagem do que eu vivi
E as pessoas que conheci
Lembrei aqui nesta carta

Foram estas as últimas palavras
Da poesia eterna macabra
Que saía da cabeça de Poe

Escrito por: Wélerson Recalcatti

Inserida por Welerson

⁠Eu sou louco o suficiente a ponto de querer ser poeta no Brasil

Inserida por Welerson

⁠Soneto de amor

Amei-te tanto, de tantas maneiras
Amei-te tanto, de tantos conceitos
Amei teus modos, teus gostos, teus jeitos
Amei teus olhos, teus lábios, tuas brincadeiras

Teus beijos molhados, pra mim são cachoeiras
Teus sonhos me encantam, me fazem te amar
Teus lábios me cantam, me fazem sonhar
Eles são perfeitos, países sem fronteiras

Mas o que me separa de estar junto a ti
É a coisa que mais faz-me sofrer
Pois nada na vida me faria sorrir

Nada na vida me faria viver
Não terei coragem para prosseguir
Se não estiver contigo a conviver

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Amo-te

Amo-te tanto quanto o alfabeto em linha
Vou de letra em letra buscar teu sentido
Mesmo que de ti nunca tenha ouvido
Que o amor que te tenho, tu também me tinha

Amo-te mais do que uma simples fala
E um dicionário cheio não me bastaria
Pois o amor que sinto não se explicaria
Então na tua presença minha boca se cala

Amo-te no hoje e no amanhã infinito
Como amo a vida e também a morte
Vejo teu sorriso tão meigo e bonito

Ter você comigo seria ter muita sorte
Mas a mim mesmo, tenho tanto dito
Que talvez o que eu sinta, a ti não importe

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Fúnebres Atos

Meu corpo empalado à forma exangue
Nos rubros altares que oram em meu nome
Saciai tua sede com uma gota do meu sangue
E com a minha carne saciai tua fome

Faleço aos conceitos carnais que me atrevo
Meu corpo, de minha alma desune
Minhas últimas palavras aqui escrevo
Pois da morte, nunca fui imune

E aguardo a chegada do oportuno martírio
Ao assinar com sangue no finado contrato
À minha sepultura adorna o lírio

E parto desta vida onde os dias foram ingratos
Deixo meus versos de puro delírio
E despeço-me deste mundo em fúnebres atos

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Calor

Calor que agride esta terra amada
Que racha o solo em tamanho braseiro
Calor ardente em torrão brasileiro
Calor que ferve a pólvora armada

Calor que parte, obra natural da vida
Mas também calor que tanto produzimos
Calor das queimadas, do que consumimos
Calor da poluição, dos dejetos da lida

Calor do sulcro ao núcleo terrestre
Calor da terra, calor da fenda
Talvez um dia a humanidade aprenda

Que o calor que mata o campestre
Também pode matar a nossa gente
E talvez neste dia não seja mais quente

Inserida por Welerson

⁠Soneto : Odores Mortais

Flores pelos campos vastos coloridos
Dum florescer tão lindo que mostra vaidade
Relembra dos adornos que trazem saudade
Naqueles campos tão vastos floridos

Seu perfume exala tantas emoções
Rosas rubras que sangram sentidos
De odores vastos, todos tão sortidos
Que fazem alogia e comparações

Comparando à vida que é bela e única
Servindo de adorno às mais raras túnicas
Que vestem os membros dos meios reais

Mas aqueles campos tão vastos floridos
Murcham com o ar que aqui é poluído
E os seus odores se tornam mortais

Inserida por Welerson