Vinicius "Talibã" Reinehr.

551 - 575 do total de 9071 pensamentos de Vinicius "Talibã" Reinehr.

A arca de Noé

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.

Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre – "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista.

Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.

A bênção, Bahia

Olorô, Bahia
Nós viemos pedir sua bênção, saravá!
Hepa hê, meu guia
Nós viemos dormir no colinho de lemanjá!

Nanã Borokô fazer um Bulandê
Efó, caruru e aluá
Pimenta bastante pra fazer sofrer
Bastante mulata para amar

Fazer juntó
Meu guia, hê
Seu guia, hê
Bahia!

Saravá, senhora
Nossa mãe foi-se embora pra sempre do Afojá
A rainha agora
É Oxum, é a mãe Menininha do Gantois

Pedir à mãe Olga do Alakêto, hê
Chamar Inhansã para dançar
Xangô, rei Xangô, Kabueci-elê
Meu pai! Oxalá, hepa babá!

A bênção, mãe
Senhora mãe
Menina mãe
Rainha!

Olorô, Bahia
Nós viemos pedir sua bênção, saravá!
Hepa hê, meu guia
Nós viemos dormir no colinho de lemanjá!

Quando eu te vejo me bate um despreso
lembro de nos juntos com tanto aconchego
e agora eu vejo vc nos chamegos com o tal sujeito

Quando te vejo meu coração sangra
minha alma grita num pranto sem fim
gritos de dor,súplicas,delírios ou algo assim
coisa que sem dó vc ex amor tirou de mim

Hoje sou novo cicatrizes ja fexadas
encontrei um novo amor,confesso tenho medo
pois com tais lenbranças q chegam tiram meu sussego
finjo estar num realejo desfrutando meus maiores desejos

Com vc linda mulher que amparastes meus anseios
seu sorriso me encanta sem dizeres uma palavra
sinto bater oq ja a muito n sentia,chega meus pelos arrepia
lembro do amor passado ja a muito renegado

E percebo que hj estou novamente apaixonado
Meu amor ja é dobrado,sentimento desvairado
coisa que vivo sem medo pois sei que ja é verdadeiro
como as confidencia que me faz sem nenhum receio.

(V.M.P)

Vai tua vida,
Teu caminho é de paz e amor
Vai tua vida é uma linda canção de amor
Abre os teus braços
E canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar,
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol,
Como a flor,
Como a luz
Amar sem mentir,
Nem sofrer

Existiria verdade,
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você.

Nós somos imortais ,até a morte chegar e provar o ao contrário .

Pregar a palavra de Deus dentro de igrejas evangélicas modernas é fácil, quero ver vocês pregarem o evangelho de Deus nas ruas aonde estão os perdidos que precisam da palavra dele.

Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo
o eterno ruído do mar batendo
No entanto, como está longe o mar
como é dura a terra sob mim...
Felizes são os pássaros que chegam mais cedo
que eu à suprema fraqueza
E que, voando, caem, pequenos e abençoados,
nos parques onde a primavera é eterna.

Vinicius de Moraes
Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Nota: Trecho do poema O incriado.

...Mais

E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto
De tanto prazer...

Queria um dia poder te encontrar e dizer tudo o que um dia eu escrevi para você é puro e verdadeiro.

Se algum dia eu deitar em minha cama e lembrar que neste dia não fiz ninguém sorrir, coitado de mim, esse será o pior dia da minha vida.

"A vida é a arte do encontro"

Você chora tanto por quem te faz triste, que esquece daqueles que te fazem feliz.

Nessa vida somos capazes de amar apenas uma vez, tudo o que sentimos depois do primeiro amor, nada mais é de que uma leve brisa em meio a tempestade.

As pessoas preferem julgar as aparências porque acham trabalhoso demais descobrir as intenções.

Realmente, o saber é a única arma contra a ignorância.
Estudar, aprender e ensinar; eis o ciclo do ser racional, sim, estudar é necessário, estudar é importante, estudar é crucial!

Eu fui ensinado que pessoas que se arriscam sem medo, são corajosas; muito mais corajosas são aquelas que se arriscam apesar do medo; o medo vira coragem depois das nossas orações!

Não ande ansioso, não crie esperanças, apenas aja no instinto de que tudo dará certo.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Trilhamos os caminhos da vida em busca constante da felicidade. Mas na verdade nós não sabemos o que é essa tal de felicidade. Logo, vivemos em busca do desconhecido, e é aí que começa a brincadeira.
Achamos que sabemos tudo, mas no fundo não sabemos nada!
Somos românticos com quem merece o nosso desprezo e desprezamos aqueles que merecem o nosso romantismo;
Somos egoístas com quem merece a nossa ingenuidade e ingênuos com quem merece o nosso egoísmo;
Confiamos em quem merece o nosso silêncio e nos silenciamos diante de quem poderia ser capaz de guardar os nossos maiores segredos;
Buscamos fazer as coisas certas, mas quase sempre a fazemos da maneira errada;
O comodismo nos faz esperar pelo incerto ao invés de buscar algo que nos traga a certeza;
Reclamamos que não temos oportunidade quando na verdade ela está bem embaixo do nosso nariz;
Se tudo nos desse certo, a vida em si não teria graça. E o bom disso tudo é que no final das contas acabamos descobrindo que felicidade nada mais é do que errar, sofrer, vencer, superar, buscar, esperar, agir,enfim.... VIVER!

Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse fisica dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO

Se quer compreensão, primeiro compreenda
Escute o coração para que não se arrependa
Se estás na indecisão, procure dialogar
Não use a omissão, pois ela pode machucar

Para ser compreendido, é preciso compreender
Só cobrar o que de fato você fizer por merecer
Não iluda ou não prometa aquilo que não dará
é melhor do que iludir e ao próximo machucar

Seja franca consigo e com o seu coração
Pois agindo assim não haverá decepção.
Se a pessoa amada não cumprir com o que prometeu
e no seu coração o sentimento não morreu
Recolha-se em oração e peça a ajuda de Deus!

Morena flor, me dê um cheirinho,
Cheirinho de amor
Depois também me dê todo esse denguinho
Que só você tem

Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim
Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar

Eu reconheço que não tem preço gente que gosta de gente assim feito você

Místico

O ar está cheio de murmúrios misteriosos
E na névoa clara das coisas há um vago sentido de espiritualização…
Tudo está cheio de ruídos sonolentos
Que vêm do céu, que vêm do chão
E que esmagam o infinito do meu desespero.

Através do tenuíssimo de névoa que o céu cobre
Eu sinto a luz desesperadamente
Bater no fosco da bruma que a suspende.
As grandes nuvens brancas e paradas –
Suspensas e paradas
Como aves solícitas de luz –
Ritmam interiormente o movimento da luz:
Dão ao lago do céu
A beleza plácida dos grandes blocos de gelo.

No olhar aberto que eu ponho nas coisas do alto
Há todo um amor à divindade.
No coração aberto que eu tenho para as coisas do alto
Há todo um amor ao mundo.
No espírito que eu tenho embebido das coisas do alto
Há toda uma compreensão.

Almas que povoais o caminho de luz
Que, longas, passeais nas noites lindas
Que andais suspensas a caminhar no sentido da luz
O que buscais, almas irmãs da minha?
Por que vos arrastais dentro da noite murmurosa
Com os vossos braços longos em atitude de êxtase?
Vedes alguma coisa
Que esta luz que me ofusca esconde à minha visão?
Sentis alguma coisa
Que eu não sinta talvez?
Por que as vossas mãos de nuvem e névoa
Se espalmam na suprema adoração?
É o castigo, talvez?

Eu já de há muito tempo vos espio
Na vossa estranha caminhada.
Como quisera estar entre o vosso cortejo
Para viver entre vós a minha vida humana...
Talvez, unido a vós, solto por entre vós
Eu pudesse quebrar os grilhões que vos prendem...

Sou bem melhor que vós, almas acorrentadas
Porque eu também estou acorrentado
E nem vos passa, talvez, a idéia do auxílio.
Eu estou acorrentado à noite murmurosa
E não me libertais...
Sou bem melhor que vós, almas cheias de humildade.
Solta ao mundo, a minha alma jamais irá viver convosco.

Eu sei que ela já tem o seu lugar
Bem junto ao trono da divindade
Para a verdadeira adoração.

Tem o lugar dos escolhidos
Dos que sofreram, dos que viveram e dos que compreenderam.