Tiago Amaral
Busquei as florestas simplesmente porque a natureza me aceita do jeito que eu sou. Sem mentiras, sem falsidade, sem hipocrisia.
Além de suas ruas escuras, becos, pessoas vazias e perdidas. Eu rejeito o mundo, eu simplesmente rejeito o mundo. Para viver solitário, para conhecer pessoas vivas de fato, pessoas tão loucas que são capazes de enxergar vidas em cada estrela dessa cintilando, brilhando nessa imensidão de céu escuro, numa noite de luar de frente por mar.
A sociedade simplesmente me rejeita a natureza simplesmente me aceita. Castidade e uma vida eremítica na floresta e nada, nada mais além disso.
Por isso que eu digo: “Não a como ser feliz ser livre se não tiver coragem de ir além dos próprios sonhos.”
Tem homens que foram realmente de mais nesse mundo. Únicos e eternos não só mais um a caminhar pela sociedade. Mas para brilhar por toda eternidade por terem tido a coragem de um leão em seus corações.
A felicidade não está nas relações humanas, mas sim em tudo aquilo que Deus criou e nos deixou em nossa volta.
A sociedade é a verdadeira selva e as pessoas os verdadeiros animais. Se matam uns aos outros por motivos tão banais.
Rejeito o mundo e busco as estradas, as montanhas, tudo isso em busca de liberdade. Para viver livre como um puma em plena as montanhas. Um lobo solitário ao uivar para lua em uma noite de luar. Cheia de estrelas tanto no céu quanto no mar. E é por isso que vou sempre te amar.
Livre de toda a contaminação que sociedade impõem para aqueles que nela vivi. Livre para uivar para lua toda felicidade e liberdade que a natureza me impõe.
Que as montanhas me levem por um caminho a onde eu me perca. E que no final eu volte para viver entre elas.
E pela a estrada eu seguia livre pedindo carona. Alguma carona que me levasse para algum lugar. Um homem livre é um homem que nada tem a perder. A não ser o puro ato de viver.
Hospital
Vidas a agonizar com tamanha angustia que chegava a me afligir. A minha própria alma um sentimento vazio de pura pena. Enquanto nos semblantes de outras almas eu podia em suas caras ver uma expressão fria de tão pura tristeza. Na espera de algum ente querido, condenado a vagar parado, enquanto esperava com tamanha agonia a sua vez.
E meio ao um corredor cujo em minha mente as paredes se rachavam enquanto tudo escurecia. E as luzes aparentava-se serem lâmpadas velhas, amareladas. E aqueles corpos vivos as esperas, pareciam diante dos meus olhos como almas a sofrer no purgatório dos vivos.
E sentia-me eu como um anjo em um corredor de hospital abandonado. Cujo o teto gotejava por cima das teias que teciam as aranhas que ali moravam.
Eu tinha então a sensação de pisar em pedras cuja tais pareciam serem úmidas e frias. Que eu sentia através dos meus pés toda a frieza daquele lugar, tão triste quanto sombrio.
Era um corredor terrivelmente tenebroso diante de mim. E os meus olhos testemunhara toda aquela melancolia e tristeza. Eu sentia por dentro que minha alma não mostrava o que o meu corpo mostrava. Que era uma total completa sensação de tristeza e pena profunda.
E todos que passavam pelo corredor caminhavam a sim com um semblante triste, preocupados, chorando em meio a uma agoniante, agonia profunda. Tanto que me doía a alma, então eu também chorava, de corpo como de alma.
E tudo isso eu notei antes mesmo de entrar naquele hospital, no qual como anjo, me fazia tão mal.