Stephenie Meyer - Lua Nova

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Não conseguia suportar que ele ficasse magoado, e ao mesmo tempo não podia evitar que ele me magoasse.

Mas eu conseguiria fazer isso? Conseguiria trair meu coração ausente para salvar minha vida patética?

Seria tão errado tentar fazê-lo feliz? Mesmo que o amor que eu sentia por ele não passasse de um eco fraco do que eu era capaz de amar, mesmo que meu coração estivesse muito longe, vagando e lamentando por meu romeu volúvel, seria assim tão errado?

De certo modo ele se tornara essencial para minha sobrevivência.

Adeus, eu te amo, foi meu último pensamento.

Pensei por pouco tempo nos clichês, sobre como você devia ver sua vida passar diante dos olhos. Eu tinha muito mais sorte. Quem afinal queria ver uma reprise? Foi ele que eu vi, e não tive vontade de lutar.

O amor é irracional, lembrei a mim mesma. Quanto mais você ama alguém, menos tudo faz sentido.

Depois que você gosta de uma pessoa, é impossível ser lógica com relação a ela.

Mas eu precisava dele, precisa dele como de uma droga.

Algo de que eu tinha certeza (…), sabia no fundo de meu peito vazio - era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você. Eu fora irremediavelmente despedaçada.

Como eu poderia explicar de modo que ele entendesse? Eu era uma concha vazia. Como uma casa vazia, por meses sem ninguém – uma casa condenada –, eu era completamente inabitável. Agora havia algumas melhorias. A sala da frente estava em reformas. Mas era só isso – só um cômodo pequeno. Ele merecia alguém melhor – melhor do que uma casa em ruínas com um cômodo só. Nenhum investimento dele poderia me deixar funcional outra vez.

Mesmo enquanto afugentava as imagens, senti meus olhos cheios de lágrimas, e a dor a cercar o buraco em meu peito.

O buraco em meu peito estava pior do que nunca. Pensei que o tivesse sob controle, mas me vi recurvada dia após dia, tentando não desmoronar, ofegante.

Parecia que eu estava presa em um daqueles pesadelos apavorantes em que você precisa correr, correr até os pulmões explodirem, mas não consegue fazer com que seu corpo se mexa com rapidez suficiente.

Mas isso não era um sonho, e, ao contrário do pesadelo, eu não estava correndo para salvar a minha vida; eu corria para salvar algo infinitamente mais precioso. Hoje minha própria vida pouco significava para mim.

À medida que o relógio começava a soar a hora, vibrando sob a sola de meus pés lentos, eu sabia que era tarde demais para mim – e fiquei feliz que alguma coisa sedenta de sangue esperasse nos bastidores.

Ninguém quer um refletor sobre si quando é provável que vá cair de cara no chão.