Biografia de Rainer Maria Rilke

Rainer Maria Rilke

Rainer Maria Rilke nasceu em Praga, em dezembro de 1875.

Ainda jovem, aos 19 anos, publicou seu primeiro livro de poemas, “Vida e canções”, em 1894. Três anos depois, conheceu Lou Salomé, escritora russa, que se tornou psicanalista posteriormente. Em 1899, com Lou, Rilke fez viagens pela Rússia, onde estabeleceu amizade com Tolstoi e em 1900 escreveu “Histórias do Bom Deus”.

Seus próximos livros seriam marcados por um estilo mais realista, diferente do simbolismo francês que Rilke escrevia antes. Nessa nova fase do autor, foram escritos livros como “O livro das imagens”, de 1902 e “O livro das horas”, de 1905, que consolidou o nome do autor como um grande poeta.

Passou a morar em Paris e, entre 1905 e 1905, Rilke trabalhou como secretário do escultor Auguste Rodin. Rodin exerceu uma grande influência na obra do autor, que foi refletida principalmente na obra “Novos poemas”, de 1907-1908.

“A vida de Maria”, de 1913, “Elegias de Duino”, que começou a ser escrita em 1912 e foi terminada em 1923, marcaram um período difícil para o autor. Rilke foi forçado a voltar para a Alemanha, em 1913, por causa do prenúncio da guerra. As propriedades do autor foram confiscadas na França e o Castelo Duino, em que viveu por dois anos, foi bombardeado.

Dessa forma, Rilke ficou em Munique durante quase toda a Primeira Guerra. Mas depois foi morar na Suíça, país que permaneceu até sua morte, em 1926.

Acervo: 75 frases e pensamentos de Rainer Maria Rilke.

Frases e Pensamentos de Rainer Maria Rilke

Ser amado é consumir-se na chama. Amar é luzir com uma luz inesgotável. Ser amado é passar; amar é durar.

Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra.

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.

O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade.

Canção de Amor

Como hei-de segurar a minha alma
para que não toque na tua? Como hei-de
elevá-la acima de ti, até outras coisas?
Ah, como gostaria de levá-la
até um sítio perdido na escuridão
até um lugar estranho e silencioso
que não se agita, quando o teu coração treme.
Pois o que nos toca, a ti e a mim,
isso nos une, como um arco de violino
que de duas cordas solta uma só nota.
A que instrumento estamos atados?
E que violinista nos tem em suas mãos?
Oh, doce canção.