R.Jamaica
15/05/2020
Eu preciso falar para encontrar o caminho da paz interior.
Nunca perdemos nada.
Porque nascemos sem nada.
Sem amor, carinho, entendimento, sem bens materiais. Não temos nada. O sentimento aparece quando entendemos.
A ilusão me diz que sou dono de alguma parte do universo.
Se eu olhar para uma pedra e não enxergar sua essência, ou a sua importância na natureza. Será somente uma pedra.
Mas se eu entender que a partir de algo bruto, rústico, eu posso extrair a mais bela escultura,terei meu universo paralelo.
Quando eu digo que amo alguém, é uma palavra vazia quando a pessoa não tem apreço por mim. Essa palavra amor, terá seu valor quando for dissecada por quem a recebe e guarda em seu coração. E lá, vai criar raízes com vários significados.
Estou falando da palavra AMOR. Linda palavra. Cabe em qualquer lugar.
Deixando de lado e me voltando para a palavra maldita.
Da mesma forma criou raízes tóxicas, que oprimiu o que existia. Sabemos que o amor está lá, guardado, porém a erva daninha o sufocou.
Voltamos ao estado primitivo de quando nascemos. Vendo pedras, imagens sem sentido.
É como cantar sem técnica vocais.A palavra maldita,logo cria calo com passar dos anos.
O ser humano precisa evoluir de dentro para fora. É o correto. Infelizmente a raça humana entrou em decadência. Evolução contaminada,podre via internet. Os livros estão cheios de poeiras. Lá, podemos ser gente melhores. Compreenderemos, para sermos compreendidos.
Amamos para sermos, amados
Respeitamos para sermos respeitados.
Enfim, é uma troca constante.
Eu preciso saber se o outro está preparado pra receber minhas informações como pedra bruta. É zelo, é respeito etc...
A experiência te fará melhor no futuro.
Os velhos são"chatos", devido as várias falhas num determinado momento da vida. Eles nos orientam para não cometermos os mesmos erros. Sábio temporal.
Um dia ficaremos iguais aos sábios temporal
26/05/2020
O que eu fiz até hoje?
Os anos se passaram e parece que estou no mesmo lugar.
Os dias são escuros quanto a noite.
E as vezes sinto que vou cair pra sempre.
Como serei feliz se não consigo sentir a felicidade dentro de mim?
Preciso mudar, fazer algo que me faça melhor.
Talvez esse seja o problema de buscar satisfação momentânea.
Como uma droga que logo passa seu efeito, assim é a ingratidão.
Eu tenho o suficiente pra sobreviver. Como uma sanguessuga eu quero mais. Mas do que mesmo? Eu sinceramente não sei.
Estou buscando por loucuras para me deixar sem saída, e me escravizar.
As amarras nunca terão fim enquanto houver a necessidade de buscar o incompreensível.
Não existe fórmulas mágicas para encontrar a plenitude,apenas seja você criação perfeita.
Estamos decaindo quando buscamos incessantemente bens materiais, que um dia ficará aqui estragando.
A minha alma está desidratada, passando por um processo de desnutrição espiritual.
Logo logo vou morrer,e comigo toda minha ingratidão.
O que queremos?
Pra que queremos?
Eu vejo, logo desejo.
E se eu desejo, é bom. Mas o desejo em um corpo desequilibrado compulsivo não é bom.
Me torno refém da cobiça desenfreada avassaladora. Tormento do não poder ter,do não poder ser. De vários"poderes".
Louco sou,por acabar com a fagulha que me resta. Logo logo vou morrer.
O tempo passa, sem eu me compreender.
É difícil descrever, quando não existe a palavra certa pra dizer.
A solidão é o que você consegue quando entende,e sabe o que fazer, e não faz. Solidão de solitário? Rodeado de pessoas, não faz diferença, se existe um abismo dentro do meu interior.
11/08/2020
23:10
Iniciei um caminho que parece não ter volta.
Fui longe demais, difícil encontrar o retorno.
Mesmo que essa estrada me leve para algum lugar,estarei só.
Por muito anos permaneci percorrendo a rodovia fantasma.
Com os pés cansados, corpo sem energia, procuro descanso para refletir.
Sinto-me atraído para algum lugar além do
horizonte, no futuro distante.
Presente estou, sou palpável. Além de mim, um abismo no infinito do meu ser.
Me perdendo dentro da minha casca, de minha própria caverna.
Posso ser quem eu quiser para agradar quem me agrada. Acho que sou um ator. Quem sou eu sendo assim? Qual é a minha indentidade? Eu não me conheço,nem mesmo sei o meu nome.
Eu não existo e ao mesmo tempo existo porque você deseja me ver e me conhecer.
Ninguém me conhece de verdade.
Tenho meus pais,meus irmãos, minha família. Tudo não passa de uma ilusão material. Eu não os conheço de verdade.
Não há decepção, ninguém te surpreende com atitudes indesejadas. Elas são assim,um ser morando numa casa temporária. Quando tem a oportunidade de revelar sua natureza,elas fazem.
Nós não sabemos de onde viemos e para onde iremos.
Não temos nomes, identidade, CPF e endereço. Apenas somos a fagulha transitória de um grande poder extraordinário vagando para algum lugar.
15/05/25
A casa estava linda e organizada, assim como o jardim lá fora.
Um vento impetuoso surgiu e, com agressividade, modificou o estado harmonioso para caótico.
Móveis espalhados pela casa, folhas secas ao chão, misturadas com areia.
Quando o vento passou e tudo acalmou, as marcas ficaram. Na alma e na casa. Trabalho para reestruturar e nada mais ficará no lugar como outrora.
Não é o fim, mas um novo começo, um novo ciclo que se inicia e que podemos harmonizar novamente, com a experiência que o vento deixou.
Evitaremos a fadiga permanecendo intocáveis na condição pós-caos? Mas... alguém aprende sem lição? Faremos o quê?
Aprendemos e crescemos com eventos aleatórios da vida.
Paciência é uma virtude para o filósofo sem angústia e para o acomodado sem futuro?
O sangue pulsa na corrente de quem tem fibra e vontade de viver.
Vida tão simples e difícil de viver.
Basta apenas uma fagulha para acender o pavio.
A vida é para quem sabe viver e não para quem sabe morrer, mesmo estando vivo.
Nega sua essência, sofrerá por isso.
A vida é assim, como uma casa, como um jardim.
Há quem diga: a porta está trancada e o meu jardim, selado. Nada poderá acontecer.
A fome assola o estômago faminto; atrás de sustento vai, a cautela deixa de existir, dando lugar ao partir do ser humano por inteiro, aflito, sem direção.
Triste solidão.
14/05/25
Quem é você pra dizer como o amor deve ser,
Quem é você pra julgar como se deve querer?
Amamos de menos, a chama se vai,
Amamos demais, o afeto desfaz.
Difícil entender, esse nó no sentir,
Amamos de menos, o tempo faz sumir.
Amamos demais, a mente a vagar,
Como amar, eu ainda vou tentar achar.
Mundo de guerra, em busca de paz,
Como amar, se o medo nos faz?
Perdido em mim, sem saber pra onde ir,
Me dá uma chance pra te mostrar, sentir.
Se der pra entender, esse laço a criar,
Que amar é difícil compreender e pode machucar.
14/05/2025
Ah, a angústia... sinto o peso da palavra em mim.
No peito, um nó que cega a luz do dia,
Um laço apertado, fria agonia.
A alma em descompasso, um ritmo incerto,
Na sombra da incerteza, o passo esperto
Se torna hesitante, preso em labirinto,
Onde a razão se perde, o grito é extinto.
Um mar de interrogações sem margem ou cais,
Afogando a esperança em seusanais.
O futuro incerto, véu denso e sombrio,
Roubando a alegria, deixando o vazio.
A mente fervilha em ondas de tormento,
Buscando em vão um breve acalento.
As horas se arrastam, lentas e pesadas,
Carregando o fardo de almas magoadas.
No silêncio opressor, a dor se expande,
Um grito mudo que a garganta prende.
Ah, angústia, hóspede indesejado e cruel,
Quando irás partir, levando este fel?
14/05/2025
A sombra que me veste, fria e constante,
Um eco surdo em cada instante.
O mundo lá fora, cores vibrantes, som,
Mas dentro, um cinza, um eterno "não".
A respiração presa, um nó na garganta,
Palavras não ditas, mágoa que planta
Raízes profundas, tecendo a aflição,
Um labirinto escuro no coração.
O pensamento voa, sem rumo ou direção,
Em círculos viciosos de apreensão.
O medo espreita, nas esquinas da alma,
Tirando a leveza, deixando a calma
Ser apenas lembrança, um tempo distante,
Enquanto a angústia segue, vigilante.
Quem dera romper este véu pesado,
Sentir a leveza de um céu estrelado.
Mas por ora, ela reside, tenaz e real,
Um peso invisível que me faz mortal.