R A.S.
Eu desisti de desistir.
Meu fim? Só o tempo e Deus conhecerão.
Hoje, decidi que parar não é mais uma opção.
O que sinto não será calado pela culpa de não ter feito diferente.
Minhas dores existem. Minhas angústias também.
Mas nenhuma delas é maior do que a força que vive em mim.
Nenhuma é mais forte que a minha vontade de vencer.
Um passo por vez.
Um dia de cada vez.
Mesmo com dor, eu sigo. Mesmo cansado, eu continuo.
Agora eu entendo: talvez nunca tenha sido por mim…
Mas, já que estou aqui, eu vou lutar — e vou vencer.
A alegria pode não vir com o amanhecer, mas o choro também não vai me dominar.
A decisão é minha.
E eu escolho continuar.
Eu escolho viver.
Eu escolho vencer.
Apenas um desabafo
No fim das contas, tudo o que o ser humano realmente possui é o nome que deixa e a honra que constrói.
O tempo, implacável, sempre revela a verdade.
É triste perceber como é mais fácil ser lembrado pelas palavras dos maldosos do que pela verdade em si.
Isso apenas reflete uma sociedade hipócrita e covarde, que prefere julgar a buscar a verdade.
Jamais pregaria a verdade e a bondade se não as vivesse em minha própria conduta.
E, curiosamente, são justamente aqueles que tornam o mundo um lugar pior que mais têm me ensinado.
Poucas coisas me perturbam tanto quanto habitar uma sociedade onde impera a uniformidade — de rostos, de vozes, de pensamentos.
As opiniões deixaram de ser fruto da reflexão para se tornarem ecos de narrativas alheias.
Vivemos sob o peso de uma lógica perversa: “Se muitos dizem, então deve ser verdade.”
É angustiante cruzar com tantas pessoas e, em cada uma, encontrar o mesmo vazio — a mesma ausência de profundidade.
Seres humanos reduzidos à superfície do que poderiam ser.
Já não experimentamos a liberdade em sua essência; vivemos apenas a ilusão de estarmos livres, enquanto somos conduzidos, silenciosamente, por ideias que nem mesmo nos pertencem.
Hoje, não são grades que nos aprisionam, mas discursos repetidos, dogmas disfarçados de opinião.
Questionar se tornou ousadia. Pensar diferente, quase uma heresia.
Buscar a verdade — essa que exige coragem e solidão — parece um ato subversivo.
E nada me causa mais inquietação do que ser confundido com essa massa amorfa que abdica de pensar.
Desabafo profissional:
Quando o mau funcionário recebe a mesma valorização que o bom, algo está errado.
Enquanto quem se dedica não é reconhecido, cedo ou tarde ele se cansa… e se iguala àqueles que fazem o mínimo.
A famosa frase "não faz mais do que a obrigação" é um dos maiores venenos no ambiente de trabalho. Ela desmotiva, desacredita e desvaloriza quem dá o seu melhor todos os dias.
Reconhecimento não é luxo, é necessidade.
Quem não valoriza, perde. Simples assim.