Purificação
Há palavras que não salvam.
Há silêncios que gritam tão alto que rasgam a pele da alma.
Escrevo para não explodir.
Porque falar não adianta — já tentei.
As cicatrizes que a luz não cura… essas eu guardei.
Não para serem esquecidas.
Mas para que, ao serem lidas, alguém perceba que ainda existe dor disfarçada de normalidade.
Fingir estar bem é uma arte. E eu me tornei um artista.
O nome é Purificação.
Não porque estou limpo, mas porque me tornei consciente da sujeira que o mundo despejou em mim.
Este é o começo.
Que venha a escuridão, porque aqui, ela encontra palavras.
🖤
> “Meu problema nunca foi a falta de amor. Foi a ausência de lugar para existir.”
— Purificação
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🖤
> “A dor calada é a que mais machuca, porque ninguém ouve o grito por dentro.”
— Purificação
Fragmentado — O Manifesto da Dor
> Não nasci para agradar.
Nasci para sangrar.
Purificação não é só um nome.
É a alma partida que encontrou voz no silêncio.
Escrevo para os que carregam cicatrizes invisíveis.
Para os que resistem apesar da ferida aberta.
Não falo para consolar.
Falo para acordar.
O homem é marcado pela pressão de se calar,
pela solidão que veste de coragem.
Para os que negam o pai, para os que foram negados,
para os covardes que abandonam a própria carne,
para os monstros que batem e destroem,
esta é a voz dos sobreviventes.
Aqui, a palavra não se cala.
Aqui, começa Purificação.
Fragmentado — Vozes que Ninguém Quer Ouvir
> A verdade dói.
O silêncio também.
Purificação é o grito que ficou preso no peito.
Escrevo para os invisíveis, para os esquecidos, para os que choram em silêncio.
Denúncias falsas dilaceram reputações.
Filhos sem pai, histórias de abandono e de dor.
Mas a brutalidade maior está nos que ferem sem remorso —
os que batem, os que matam, a escória da sociedade.
E ainda assim, os que sobram carregam a luz da resistência.
Esta é a jornada de quem escreve para enfrentar a escuridão.
Esta é Purificação.
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. A Lâmina da Palavra
Fragmentado — A Lâmina da Palavra
> A escrita é uma faca.
Que corta o falso, que expõe o oculto.
Purificação é a lâmina que sangra em cada linha.
Para os que sofreram calados, para os que foram quebrados,
para os que enfrentam o peso da verdade todos os dias.
Não há consolo, não há fuga.
Há apenas o grito que rompe o silêncio.
Contra os covardes que abandonam, contra os monstros que destroem,
contra a segregação que destrói a alma do homem,
há a resistência que escreve, que vive, que resiste.
Este é o começo de Purificação.
Fragmentado — Vozes que Ninguém Quer Ouvir
> A dor masculina não dá ibope.
Homem que chora assusta.
Homem calado incomoda.
Mas a verdade é que tem homem sufocado pelo silêncio.
Pela solidão de ter que aguentar tudo calado.
Alguns foram falsamente acusados.
Outros foram arrancados da vida dos filhos.
Muitos foram ensinados a engolir o choro como se fosse veneno.
E mesmo assim... continuam em pé.
A dor do homem não tem hashtag.
Não tem marcha, não tem multidão.
A dor do homem é invisível, mas real.
Há os que erram, há os que fogem, há os que somem.
Mas há os que lutam todos os dias pra não enlouquecer.
Esta é a voz desses homens.
Não heróis, nem monstros.
Humanos.
Aqui começa uma nova narrativa.
Aqui, você ouve o que ninguém quer escutar.
Fragmentado.
E ainda assim, inteiro.
📘 3. Fragmentado — A Lâmina da Palavra
> A escrita é minha arma.
Não atira, não explode.
Mas corta.
Corta onde a sociedade esconde o pus.
Corta o discurso pronto que protege monstros e pune inocentes.
Escrevo com cicatrizes, não com tinta.
Não sou poeta da esperança.
Sou cronista da dor.
A cada linha, denuncio o abandono disfarçado de liberdade.
A cada frase, rasgo a hipocrisia que sufoca o homem que sente.
Não defendo covardes.
Quem levanta a mão pra bater em mulher, criança ou velho —
é lixo humano.
Mas também não aceito ser condenado por respirar.
Ninguém mais vai me calar.
Esta é minha voz.
Esta é minha lâmina.
E se incomoda, é porque acertou o nervo exposto.
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📘 4. Fragmentado — O Cansaço de Ser Forte
> Me ensinaram que homem não chora.
Mas nunca me ensinaram o que fazer quando a alma sangra.
Sempre me disseram pra ser forte.
Mas ninguém perguntou o quanto isso me custa.
Ser forte virou obrigação.
Uma prisão com o nome de “exemplo”.
E quando falho, me chamam de fraco.
Quando desabo, dizem que “nem parece homem”.
O homem forte também quebra.
O homem forte também grita por dentro.
Mas o mundo só ouve o barulho do erro.
Nunca o silêncio da dor.
Hoje, eu não escrevo pra parecer firme.
Escrevo porque estou caindo.
Fragmentado.
Mas ainda tentando.
📘 5. Fragmentado — O Peso de Ser Invisível
> Já percebeu que ninguém pergunta se você tá bem...
quando acha que você é forte?
Já percebeu que homem doente é chamado de mole?
Que homem triste é motivo de piada?
Tem homem que dorme com um buraco no peito.
E acorda no meio da noite, sem saber por que ainda tá aqui.
A sociedade criou uma armadura pra gente.
Mas esqueceu que por dentro ainda somos carne.
Ser invisível cansa.
Cansa demais.
E o pior é que quando o homem some,
só aí perguntam:
“Mas ele parecia tão bem...”
Tarde demais.
Fragmentado.
E ninguém viu.
Escrevo no Escuro, Mas Não em Silêncio
Mesmo com minha visão limitada, minha voz não se cala.
A vida me impôs um silêncio forçado, uma pausa que nunca escolhi. Minha visão debilitada me impede de agir como antes, de subir, pintar ou realizar tarefas físicas.
Mas a dor que não fala explode por dentro — e eu preciso botar isso pra fora.
Escrever, para mim, não é simplesmente sentar e digitar. É uma batalha diária.
Minha visão limitada dificulta a leitura e a escrita. Cada palavra que sai é fruto de muita paciência, esforço e adaptação.
Uso ferramentas tecnológicas para ajudar — leitores de tela que me falam o que está escrito, comandos de voz que transformam minha fala em texto, teclados especiais que me ajudam a não errar —, mas mesmo assim o processo é lento e exaustivo.
Às vezes, a letra demora a sair porque tenho que revisar com cuidado o que foi transcrito, corrigir erros que aparecem, lidar com o cansaço físico e mental.
A sensação é de um combate constante contra o tempo, contra a fadiga, contra a frustração de não poder ver as palavras como antes.
Mas eu persisto. Porque essas palavras são mais que letras — são minha resistência, meu grito silencioso, meu modo de existir.
A escrita não é só trabalho, nem rotina — é luta, é expressão de dor, é cura e sobrevivência.
Enquanto minha visão limita meus passos, minha mente e alma encontram força para criar e resistir.
Que minha história sirva de voz para tantos que lutam calados, porque ser forte nem sempre significa estar bem.
Seguimos, com a alma ferida, mas de pé.
#Resiliência #DorSilenciosa #HomemQueSofre #EscritaQueCura #ForçaInterior
🖤 Pensamento Bolado – de Purificação
"O mundo não mata com tiros.
Mata com silêncio, indiferença e promessas não cumpridas.
E ninguém vai preso por isso."
É, a dor virou livro,
e o silêncio agora tem voz.
Cada linha, uma cicatriz.
Cada página, um grito disfarçado.
Escrevo pra não explodir.
Respiro entre palavras afiadas.
Viver doeu.
Escrever salvou.
A tristeza tem quarto próprio
A tristeza não é passageira.
Ela só muda de quarto dentro da gente.
Às vezes se cala,
mas nunca se vai.
É hóspede eterna do que sobrou em mim.
Entre viver e sumir
É estranho querer viver
e querer sumir ao mesmo tempo.
Duas vontades opostas
morando na mesma pele.
E eu só observo:
qual das duas vai vencer hoje?
Luz que machuca
Nem toda luz cura.
Algumas só iluminam
o que eu implorava pra deixar escondido.
Ser visto é uma dor.
Ser ignorado, outra.
Meu problema nunca foi a falta de amor.
Foi a ausência de um lugar pra existir.
Amaram o que eu parecia ser.
Ninguém ficou quando comecei a doer.
> Tem gente que não muda, só disfarça enquanto precisa de você.
Às vezes, Deus quebra o que a gente achava indestrutível — não pra castigar, mas pra reconstruir melhor.
O orgulho pesa mais que qualquer fardo, mas a gente só percebe quando começa a afundar por
Poeta da Dor"
(Reflexão injetada na veia)
> Tem dor que não chora.
Só se esconde atrás de um sorriso ensaiado, desses
🔥 Poeta da Dor — (Reflexão injetada na veia)
> Tem dor que não chora.
Só se esconde atrás de um sorriso ensaiado,
daqueles que aprendem a existir só pra não assustar ninguém.
Porque nem toda lágrima cai…
algumas viram nó na garganta.
Outras viram texto.
Virar louco é mais aceitável do que assumir que está sentindo demais.
> E quem sente demais, cansa.
Cansa de explicar, cansa de esperar, cansa de segurar o próprio mundo desabando enquanto responde “tá tudo bem”.
Mas não tá.
Nunca esteve.
Só ficou bom em disfarçar.
Eu não temo mais nada. A vida me ensinou a sangrar em silêncio, a chorar sem lágrimas… e a sorrir mesmo depois de morrer por dentro."
— Purificação
> "Não tenho mais medo de nada. A vida me ensinou a chorar por dentro e sorrir por fora — sem lágrima, sem dor, sem ninguém pra notar."
— Purificação