Biografia de Murilo Mendes

Murilo Mendes

Murilo Mendes nasceu em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no dia 13 de maio de 1901, onde fez seus estudos secundários. Mudou-se para Niterói, e ingressou no Internato do Colégio Salesiano. Em 1920 foi para o Rio de Janeiro, onde participou do Movimento Antropofágico – em busca de uma vinculação com as origens do Brasil.

Começou sua carreira como autor modernista, escrevendo para as revistas Terra Roxa e Outras e Terras e Antropofagia. Sua obra de estreia, “Poemas” foi lançado em 1930 e nela se observava o uso constante de metáforas e símbolos, e uma inclinação para o surrealismo. Em 1932, publicou História do Brasil, uma obra de fundo nacionalista, que retrata nossa história sob uma visão ufanista-irônica.

Em 1934 integra um grupo católico formado por artistas e intelectuais, entre eles o escritor Jorge de Lima, com quem escreve “Tempo e Eternidade” (1935). Representaram os dois principais expoentes da poesia religiosa cultivada na segunda geração do Modernismo brasileiro. Considerado por alguns como o principal representante da poesia surrealista no Brasil, a obra de Murilo é resultado de múltiplas experiências como a poesia social, o novo barroco, além do cristianismo e o surrealismo.

Murilo trabalhou como bancário, inspetor de ensino e serventuário da justiça, até se mudar para a Europa, em 1953, quando foi convidado para lecionar literatura brasileira, em Lisboa. Faleceu em Estoril, Portugal, no dia 13 de agosto de 1975.

Acervo: 17 frases e pensamentos de Murilo Mendes.

Frases e Pensamentos de Murilo Mendes

Prefiro o inferno definitivo à duvida provisória.

É necessário conhecer seu próprio abismo. E polir sempre o candelabro que o esclarece.

Só não existe o que não pode ser imaginado.

SOLIDARIEDADE

Sou ligado pela herança do espírito e do sangue
Ao mártir, ao assassino, ao anarquista.
Sou ligado
Aos casais na terra e no ar,
Ao vendeiro da esquina,
Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida,
Ao mecânico, ao poeta, ao soldado,
Ao santo e ao demônio,
Construídos à minha imagem e semelhança

o anjo pousa de leve
no quarto onde a moça pura
remenda a roupa dos pobres