m silva
Se eu sou feliz?
As vezes
Se sou triste?
Sempre
Consigo disfarçar?
Quase sempre
Não sei porque mais escrever foi uma forma que encontrei para desafiar
As vezes me sinto até bem depois que escrevo até porque depois que acabo não tem mais oque chorar pois cada letra foi uma lágrima que puis a derramar
A aprovação social compra-se em obediência,
Mas perde-se a alma na inconsciência.
A inteligência ergue-se com a distância,
Reflete o espírito, recusa a instância.
Quem não compreende, repete a maioria,
Segue o padrão, sem luz nem harmonia.
Na conformidade há pouco refletir,
Age-se sem alma, sem nada a sentir.
A aprovação veste-se de correntes,
compra-se com o preço da obediência.
O aplauso é ouro falso,
brilho que prende, não liberta.
A inteligência nasce no silêncio,
floresce na distância.
Quem se afasta, vê mais claro;
quem observa, compreende o todo.
O que vale mais?
O conforto da aceitação
ou a solidão luminosa
da verdade conquistada?
A aprovação social compra-se com obediência,
mas não a Deus e sim ao mundo.
A multidão celebra o efémero,
ergue bandeiras de vento
e chama liberdade ao que é prisão.
A inteligência, porém, nasce na distância,
na escuta do silêncio eterno.
Mas poucos se afastam,
poucos desejam ver além da névoa.
Humanidade perdida,
que troca a verdade pela ilusão,
que abandona a fonte viva
para beber em poços secos.
Não nos cabe condenar,
pois o juízo é do Senhor.
Cabe-nos amar e anunciar,
erguer a voz que lembra:
há um caminho estreito,
há uma luz que não se apaga,
há uma verdade que não muda.
E ainda que o mundo se perca,
Deus permanece.
