José Augusto Maia Baptista nomadismoverbal
Nada mais adiável, protelável e procrastinável do que uma pia cheia de louça suja numa República. É preciso regime ditatorial e mão de ferro para cumprirem-se as escalas.
Ser brasileiro é conseguir subverter toda lógica aceitável e transgredir toda lei natural e ser feliz.
Como pais, convivemos com uma realidade cruel, perversa e paradoxal: nossos filhos com deficiências funcionais, sensoriais, intelectuais, nunca servirão aos "Senhores da Guerra e da Morte". Damos os parabéns aos que servem?
A inspiração é carimbada como verba parlamentar que não se sabe de onde vem e para onde vai, nem para o que servirá.
Somos caçadores de serendipidades. As alimentamos em viveiros abertos, onde podem voar livres, indo e vindo. São guardiães e protetoras sempre que precisamos.
Não seja seduzido por facilidades. Elas amolecem o espírito e afrouxam o caráter, abrindo espaço para as rasteiras do Destino.
Somos contumazes jogadores. Jogamos com o futuro. Temos a certeza utópica de que sairemos vencedores. Para nós, o NIRVANA é o limite!
Consciência da situação, bom senso de avaliação, firmeza na ação, reconhecimento do resultado positivo, são fundamentais para quem sabe que quase nada cairá do céu por sorte.
Haverá um tempo em breve que discutiremos apenas em níveis de Diversidade Mental, Intelectual e Cerebral. "Deficiência" será simplesmente, um termo inadequado.