JoniBaltar
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Queres vir jantar
à minha casa hoje?
Olha, traz o vinho
e não te esqueças,
vem despida a rigor.
Entre mim e os meus caminhos, há sempre uma parede de silêncio.
Tu
Tu és o poema que não ouso escrever, mas que o meu coração declama-o em segredo.
Tu és o segredo do meu corpo
quando ele pede mais.
Cada suspiro meu, tem a tua pele ,
cada gemido, a tua eternidade em mim.
Tu és o fogo que me devora
e a calma que me consome depois.
Quando tu me prendes ao teu corpo, sou infinito.
Dentro de ti, descubro que o amor
também sabe ser vulcão .
O teu calor envolve -me inteiro,
as tuas unhas riscam o meu desejo,
e dentro de ti, vagarosamente,
afundo-me cada vez mais fundo.
Não há palavra — só o choque,
o atrito, a explosão de nós dois,
quando o mundo se dissolve
no momento em que
juntos gememos um verso de fogo.
Nos caminhos, colhemos silêncios
e os ecos das memórias.
Há caminhos que sabem mais que os teus próprios passos,
e caminhos que se abrem
somente para quem ousa sonhar.
A espiritualidade não exige templos,
é a arte de habitar o agora,
a profundidade onde se
reconhece o mistério da vida.
O amor é uma
energia indecifrável
que move todos
os mundos invisíveis
dentro de nós.
Quando estou
dentro de ti:
não sou apenas corpo,
sou alma que encontrou o infinito.
Quem procura
a própria luz
descobre a cura;
quem persegue
a luz dos outros
propaga a inveja.
O cérebro é ponderado,
o coração arrisca— e é nesse desequilíbrio perfeito
que de forma lunática surge a paixão.
O cérebro vaticina caminhos,
o coração inventa asas.
E é a voar sem mapa
que se chega até ao Amor.
Sonhei contigo:
a realidade salivou.
Quando as
epidermes falam
o mesmo idioma:
outubro ferve verão.
Esta casa tem vista
para o agora.
Rasguei a pele,
encontrei um poema.
O sentido da vida
é ter o coração
preenchido,
e a alma eterniza
os instantes.
Não ando sozinho,
carrego comigo a
humildade, sabedoria
e a proteção dos que
vieram antes.
Quem entende
a profundidade da
caminhada,
não teme o desvio.
Há verdades que
só a chuva do outono
sabe descrever.
O idioma de outono
é um dialeto secreto
entre o poeta e a chuva.
Esta forma cega
de te ver
sem os olhos.
Esta forma cósmica
de sentir fortemente
a tua presença
quando tu não estás.
Esta folha de papel
em branco quis
ser poema: tu.
- Posso?
- Sim, sim podes.
- Hummm, soube a poesia!!!
Quero ir contigo a um lugar
onde as árvores suspiram
e escrevem nos solos
a caligrafia do outono.
Um coração
que rejeita
o outono
não aprende a
amadurecer a dor.
Há músicas que
navegam em todas
as marés do peito.