Biografia de Joaquim Nabuco

Joaquim Nabuco

Joaquim Nabuco nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de agosto de 1849. Descendente de família ilustre, seu bisavô, avô e pai, foram Senadores do Império. Com oito anos vai com a família para o Rio de Janeiro. Estudou no Colégio Pedro II. Ingressou na Universidade de Direito de São Paulo. Escrevia para os jornais liberais “Ipiranga”, “Independência” e “Tribuna Livre”.

Em 1869 retorna ao Recife, ingressa na Faculdade de Direito e conclui o curso em 1870. Em 1876 é nomeado adido em Washington, sendo depois transferido para Londres. Em 1878, com a morte do pai, volta para o Rio de Janeiro. Foi deputado do Império. Encabeçou a luta para mobilizar a sociedade brasileira para acabar com a escravidão.

Em 1887, Joaquim Nabuco é reeleito deputado por Pernambuco. Em 1888, encaminha as medidas de urgência com a missão de acabar com a escravidão, até que no dia 13 de maio, a princesa Isabel assina a Lei Aurea. Proclamada a República, deixou a política. Dedicou-se a escrever e representar o Brasil em missões diplomáticas.

A principal obra de Joaquim Nabuco é o livro “O Abolicionismo”, publicado em 1883, no qual ele desenvolve uma análise da influência da escravidão na sociedade brasileira. O texto não se limita a propor o fim do trabalho forçado. Ele mostra como a vida política do Brasil, pretensamente liberal, estava influenciada pelo escravidão. A obra chamou atenção para a necessidade de se resolver o problema da profunda divisão social que se originou no país. Joaquim Nabuco faleceu em Washington, Estados Unidos, no dia 17 de janeiro de 1910.

Acervo: 23 frases e pensamentos de Joaquim Nabuco.

Frases e Pensamentos de Joaquim Nabuco

A consciência é o último ramo da alma que floresce; só dá frutos tardios.

A oposição será sempre popular; é o prato servido à multidão que não logra participar no banquete.

Evitai de vos observar ao microscópio. Bons olhos, sem vidros, voltados para o que vos cerca é quanto basta.

Uma das maiores burlas dos nossos tempos terá sido o prestígio da imprensa. Atrás do jornal, não vemos os escritores, compondo a sós o seu artigo. Vemos as massas que o vão ler e que, por compartilhar dessa ilusão, o repetirão como se fosse o seu próprio oráculo.

O gênio sem paixão é o asceta da poesia, não é o poeta.