Biografia de Italo Calvino

Italo Calvino

Italo Calvino (1923-1985) nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, no dia 15 de outubro de 1923. Filho de italianos, ainda menino, mudou-se com a família para a Itália. Morou em San Remo e em Turim, onde estudou Letras. Trabalhou no jornal comunista L’Unità e na Editora Einaudi.

Italo Calvino escreveu doze romances ao longo de sua vida. Suas primeiras obras, produzidas no final dos anos 40, eram calcadas no estilo neorrealista. Na época ele militava no Partido Comunista e procurava retratar sem floreios a Itália devastada do pós-guerra. Nas obras “As Trilhas dos Ninhos de Aranha” (1947), “O Visconde Partido ao Meio” (1951) e “O Cavaleiro Inexistente” (1959), cada fase parece ganhar vida própria, mesclando fantasia e realidade num estilo conhecido como realismo fantástico, que teve o argentino Jorge Luis Borges um de seus grandes mestres.

Em 1957 se deliga do Partido Comunista e escreve sua famosa carta de renúncia. Em 1967 se muda para Paris, quando é duramente criticado, por ter abandonado o partido, ter deixado a Itália e também por ter optado pelo caminho literário do realismo fantástico, um estilo excêntrico para seus ex-colegas de partido.

Com o lançamento de “As Cidades Invisíveis” (1972), uma prosa poética, quase filosófica, o autor realiza com precisão a química entre a ficção e a realidade. Sobre a obra disse ele: “ É o livro onde penso ter dito mais coisas, talvez porque tenha conseguido concentrar em um único símbolo todas as minhas reflexões experiências e conjecturas”.

O livro trata de conversas imaginárias do explorador veneziano Marco Polo com o imperador tártaro Kublai Khan a quem polo serviu como embaixador durante sua expedição ao Extremo Oriente, no século XIV. Ítalo Calvino faleceu em Siena, Itália, no dia 19 de setembro de 1985.

Acervo: 20 frases e pensamentos de Italo Calvino.

Frases e Pensamentos de Italo Calvino

Escrever é sempre esconder algo de modo que mais tarde seja descoberto.

A fé é uma visão das coisas que não se veem.

O conhecimento do próximo tem isto de especial: passa necessariamente pelo conhecimento de si mesmo.

Até mesmo para quem passou toda uma vida no mar, chega uma idade em que se deixa a embarcação.

A vida de uma pessoa consiste num conjunto de acontecimentos, dos quais o último também poderia mudar o sentido de todo o conjunto.