IsaacRamoan
“É preciso saber viver.”
Mas quem o sabe? Uma vez que essa passagem não tem bilhete de volta e nem roteiro de viagem.
O sentimento da visualização é o mesmo — se não semelhante, ao de ouvir uma música que te transporta para outra dimensão. Uma sonata, uma música instrumental, um canto lírico ou algo transcendental. Se utilizar dessa mesma força para visualizar seus objetivos, não há quem te intente algum mal.
Até quando vou aceitar migalhas do meu próprio eu? Se meus objetivos fossem favores de alguém ou ordens do patrão, já os teria feito em um prazo curto.
O que os olhos da razão veem que nem mesmo os lábios da verdade podem descrever?
O que se mostra por trás do véu do achismo?
Se uma bandeira tivesse olhos e boca, o que ela nos diria?
São perguntas desconfortáveis que não aceitam respostas prontas. Aquele que se dispõe a respondê-las, dá largos passos no estreito caminho da verdade.
Que nunca possamos perder o otimismo que nos move. O otimismo anunciado por lábios de vento e feito ponte de névoa sob o rio da vida. Ponte essa que liga o ínfimo desejo de ter e o tédio de pertencer. O otimismo anuncia a eternidade de uma vida finita, nos move a alimentar um corpo que sucumbe por si só e nos guia a acreditar que mesmo que, se aqui não bastar, há outro lugar melhor, no porvir, que um dia virá. Virá? Que nunca possamos perder o otimismo.
