Biografia de Giuseppe Belli

Giuseppe Belli

Giuseppe Belli nasceu em Roma, Itália, no dia 7 de setembro de 1791. Após a morte de seu pai passou uma vida de dificuldades junto com sua mãe e seus dois irmãos. Começou sua carreira como poeta compondo sonetos seguindo a sugestão de seu amigo e poeta Francesco Spada. Em 1816 casa-se com a viúva Maria Conti, proveniente de uma família de boa posição econômica, o que lhe permitiu concentrar-se em desenvolver seu talento literário e realizar diversas viagens através da Itália.

Durante uma viagem para Milão, Belli teve contato com a tradição local da poesia e da sátira em dialeto escritos por Carlo Porte, que serviram de inspiração para seus poemas em dialetos do Trastevere, subúrbio proletário romano. Entre 1825 e 1835, Belli escreveu mais de dois mil sonetos. A princípio seus sonetos eram satíricos e anticlericais. Seus sonetos põem em ridículo as figuras do papa, dos cardeais e a nobreza. Por causa da censura, poucos de seus sonetos foram publicados em vida. Em 1837, sua esposa faleceu e Belli voltou a enfrentar dificuldades financeiras, sendo obrigado a conseguir um emprego junto ao governo pontifício, depois de proclamar sua fé na doutrina e na obediência ao papa.

Durante os acontecimentos políticos de 1848 e 1849, Belli sofreu fortes crises religiosas e renegou toda a sua produção literária, que sendo ele teria sido “inspirada pelo demônio”. Nos últimos anos de sua vida, Belli passou a escrever na língua oficial italiana, dedicando-se à tradução de hinos religiosos e à poesia acadêmica. Seus sonetos foram reunidos em “Sonetos Romanescos” e publicados posteriormente. Faleceu em Roma, Itália, no dia 21 de dezembro de 1863.

Acervo: 6 frases e pensamentos de Giuseppe Belli.

Frases e Pensamentos de Giuseppe Belli

A morte está escondida nos relógios.

Que grande dom de Deus é a beleza! / É preferível tê-la ao dinheiro: / pois a riqueza não dá beleza, / mas com beleza se conquista a riqueza.

Mérito é o que dizeis? Ah, pobre ingénuos! / O dinheiro, esse sim é que é mérito, irmãos. / Apenas os ricos são bons, bonitos, / amáveis, jovens e sábios.

Os homens deste mundo são como / os grãos de café na máquina de moer: / um antes, um depois, outro em seguida, / todos acabam por ir para o mesmo destino.

Pois o homem vivo, bem como o homem morto / tem uma cabeça de morto na cabeça.