GIL M. FLEMING
Se tempestades houver, não fuja. Deixe que elas te sacudam, te encharquem, te expulsem do lugarzinho cômodo e seguro em que você se escondeu. Não se amedronte. Observe, analise, reflita. No fim, você vai perceber que aquele espaço já não te cabia mais; que seu espírito estava usando roupas e sapatos apertados demais.
Sobre ela: a segunda-feira. No país da reverência frenética às sextas, consigno minha sincera gratidão pelo dia da semana que renova constantemente nossa oportunidade de correr atrás de um futuro melhor, em todos os aspectos. E semanalmente ela segue acreditando que finalmente seremos capazes de começar, continuar ou terminar todas as coisas que insistimos em adiar, na ilusão de que o tempo é generoso e paciente, quando, na verdade, ele é um cobrador implacável, eficiente e intransigente. Por tudo isso, e muito mais, obrigado segundona. E, por favor, não desista de mim, prometo que ainda serei completamente digno da benção que você tão generosamente nos proporciona.
Que venha de dentro e se multiplique pelo meu ser. Que esse bem querer possa alcançar tudo e todos. Por que no fim, como foi no início, seremos um só.