Biografia de Georges Braque

Georges Braque

Georges Braque nasceu em Argenteuil, França, no dia 13 de maio de 1882. Iniciou-se na pintura como um pintor-decorador, profissão que herdara do pai e do avô. Em 1899 mudou-se para Paris e no ano seguinte ingressou na Escola de Belas Artes. Em 1906, influenciado por seu amigo Othon Friezs, aderiu ao Fauvismo, o primeiro movimento moderno do século XX. Entre as obras desse período destaca-se “O Porto de Anvers, “O Porto de L’Estaque” e “Paisagem de L’Estaque”. Em março desse mesmo ano, ele expôs pela primeira vez seus trabalhos no Salão dos Independentes em Paris.

Em 1907, durante uma exposição de Cezanne no Salão de Outono, Braque conheceu o pintor espanhol Pablo Picasso e tendo ideias em comum iniciaram uma parceria que resultou em um dos mais importantes movimentos da Arte Moderna, o Cubismo. Ambos procuravam novas respostas para a eterna questão de como retratar o mundo real tridimensional sem uma tela plana bidimensional.

Influenciados pela escultura tribal africana então descoberta, Picasso e Braque analisavam objetos, separando-os em suas formas geométricas e as reestruturando de modo a mostrar as várias facetas de cada forma em uma imagem. Essas obras iniciais do “Cubismo Analítico”, como são conhecidas, geralmente retratavam figuras únicas ou naturezas mortas utilizando uma gama limitada de tons de cinza e marrom, como, “Piano e Bandolim” (1909) e “Violino e Jarro” (1910). “Mulher com Bandolim” (1910) e “Fruteira e Copo” (1912).

Entre 1910 e 1912, os quadros de Braque eram mesclas abstratas de cores e linhas. Para combater esse movimento voltado ao abstracionismo, o artista passou a acrescentar referências ao mundo real, adicionando letras ou simulando texturas reais como madeira e tecido. Posteriormente, até areia e recortes de jornais eram aderidos à tela para fazer uma colagem. Cores mais vivas foram usadas durante essa fase, que ficou conhecida como “Cubismo Abstrato” (1913-1914), entre elas, “Bodegón com Vaso e Jornal” (1913) e “Copo, Garrafa e Cachimbo numa Mesa” (1914).

Depois da Guerra, o artista desprezou os traços angulosos e as linhas fortemente geométricas de sua etapa anterior para iniciar um trabalho com linhas curvas e um novo repertório de temas como natureza morta e as pinturas figurativas, mas sempre dentro do estilo cubista. Braque foi também ilustrador, cenógrafo, escultor e gravador e conquistou grande reconhecimento ainda em vida. Georges Braque faleceu em Paris, França, no dia 31 de agosto de 1963.

Acervo: 17 frases e pensamentos de Georges Braque.

Frases e Pensamentos de Georges Braque

O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.

Não faço o que quero; faço o que posso.

Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar.

Não se pode pedir ao artista mais do que ele pode dar, nem ao crítico mais do que ele pode ver.

As aspirações de cada época são limitadas: daí a ilusão do progresso.