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Dizes que me amas
Mas meu beijo me lembra uma mordaça
Me abraças de um jeito
Que me lembra correntes
Com palavras doces me ilude
Mas seu hálito é mais podre que seus atos
A desgraça alheia enche seus bolsos
Mas seu coração é vazio como o nada
Muito promete para nada me entregar
Não me permite falar para que não suje sua imagem
Que você mesmo sujou de falácias iludidas
Porque não cumpre a promessa?
Dizes que é vinho o cálice que me incitas a beber
Achas que não sei?
Já me iludiste demasiadamente
Seus atos falam mais que sua boca
Não me permite escolher, e quando escolho acusa-me
Me obrigas a andar na tua sombra
O que chamas de justiça é pura barbárie
Suas roupas estão sujas de traição
Até a fertilidade do meu solo tu me tiras
Me ofende e ataca
Quando me defendo se vitimiza
Hipócrita mentiroso!
Tu és um tirano adorado por todos!
Traistes o que declaraste
Tuas promessas não passam de falácias
Me diz livre mas acorrenta minha língua
- Preciso perceber
Todas as vezes que sentia
Alucinava achando que parecia
Mas então percebi
Que na verdade não era o que eu temi
O monstro na verdade era eu
E não o que eu negava ser meu
O que experimentei era puro
Talvez mais do que o ar de uma planície
Agora que estou livre da cegueira
Meu coração está limpo dessa poeira
Ao ver o teu sorriso se alargar
Posso permitir meu coração se alegrar
Mesmo sabendo que minha mente e coração se colidem
Sei que te ter é dura coisa
E que pode não estar nos planos daquEle que nos fez
A minha segunda maior recompensa foi sua felicidade
Mesmo em meio às dificuldades
É de meu alívio você ter com quem confiar
Não é precisa me ter, nem eu você
Mas seu bem passou a ser minha segunda alegria