Biografia de Esopo

Esopo

Quem foi Esopo?

Esopo foi um contador de histórias da Grécia Antiga que viveu entre os séculos VII a.C. e VI a.C, se eternizando através das suas fábulas.

Criador de narrativas célebres que foram transmitidas pela tradição oral, como “A Lebre e a Tartaruga” ou “A Raposa e as Uvas”, ele é apontado como o pai do gênero textual. 

Esopo, pintado por Diego Velázquez em 1638. 
Esopo, pintado por Diego Velázquez, em 1638. 

Mistérios da sua origem e trajetória

Embora as fábulas de Esopo tenham assumido uma grande importância na cultura popular, existem poucas informações sobre a sua biografia. A figura, envolta em mistérios, chegou a ser considerada fictícia, já que não existem muitos dados acerca das suas origens. 

Esopo foi um escravo na Grécia Antiga e, pela ausência de registros, o seu passado permanece repleto de incertezas. Acredita-se que tenha nascido entre o final do século VII a.C e começo do século seguinte; a data mais consensual é 620 a.C.

A sua terra natal também tem gerado questionamentos. Durante algum tempo, pensava-se que ele teria nascido nas regiões da Trácia (na Europa) ou da Frígia (na Ásia Menor). Atualmente, considera-se que nasceu em alguma parte do continente africano.

Essa teoria parece ser suportada por elementos das próprias fábulas. Por exemplo, alguns animais representados não existiam na Europa, mas eram comuns na África. Também é interessante reparar que muitos contos tradicionais africanos são protagonizados por animais e poderão ter influenciado as histórias do autor. 

Esopo foi vendido como escravo e enviado para a região de Samos, na Grécia. Sabemos que ele serviu um filósofo chamado Janto, por muitos anos. A partir daqui, a narrativa diverge novamente: segundo Heródoto, o filósofo mandou executá-lo injustamente, em Delfos. Já Plutarco acreditava que o fabulista teria conseguido a alforria e viajado pelo mundo, se tornando até conselheiro de um rei. 

Fábulas de Esopo e seu legado 

Esopo criou um conjunto de narrativas breves que circularam pela tradição oral clássica e, mais tarde, se difundiram pelo mundo inteiro. Apesar dessas histórias já serem amplamente conhecidas, apenas foram reunidas por escrito no século III a.C., pelo historiador Demétrio de Faleros. 

As fábulas são protagonizadas por animais que assumem comportamentos semelhantes aos dos humanos. Tratam-se de alegorias: através delas podemos enxergar e repensar nossas condutas. Os enredos carregam uma moral ou um ensinamento, sendo bastante usados na educação infantil e transmitidos de geração em geração. 

Essas pequenas histórias, repletas de sabedoria popular, foram adaptadas e reescritas por grandes fabulistas como Fedro e La Fontaine. Suas fábulas mais famosas são:

Acervo: 63 frases e pensamentos de Esopo.

Frases e Pensamentos de Esopo

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
– O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
– Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.

Unidos venceremos. Divididos, cairemos.

Esopo

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Bob Marley. Trata-se da moral da história da fábula "O leão e os 3 bois" de Esopo.

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Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade.

Nenhum gesto de amizade, por muito insignificante que seja, é desperdiçado.

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.