Diego Ferrari
Perdoar é não sentir mais raiva do que aconteceu?
Perdoar é sobre você. Não é sobre a pessoa que te machucou.
É reconhecer, compreender e aceitar que você foi ferida, sim. É aprender com essa dor. Ouvir a dor, para que ela te ensine a curá-la. É virar a página por saber que essa ferida já não arde mais.
Perdoar é fazer o que for necessário para que sua vida não seja governada por uma ferida do passado.
Dialogar? Cortar laços? Ressignificar a relação? Todas opções são válidas.
Só você saberá o caminho adequado para o SEU perdão.
O ressentimento te mantém acorrentada ao passado. O esforço para perdoar é uma luta pela sua liberdade.
A imensidão do nosso ser é análoga ou superior a infinitude do universo.
O dia a dia é o reencontro com a nossa essência mais pura.
E quanto mais vivemos a nossa própria história, desdobrada nesta encarnação como uma missão preciosa, mais perto estaremos neste recanto de paz, luz e profunda serenidade que, por ora, encontra-se inacessível por muros que nós mesmos criamos.
Não há outro jeito, senão tentar de uma outra maneira.
Porque o simplismo nos leva ao longe.
Porque efetivamente depende de sairmos da rotina para conseguir novos resultados.
É uma matemática inclusive tangível, sem autoridade espiritual.
Nos cabe renovar atitudes estratégias para garimpar ânimo e novos sonhos.
Pois eles, sim, são capazes de nos mover por semanas, meses anos e séculos.
E todo dia hora, basta começar.
Ninguém é submetido a sentir, desejar, amar.
Assim como ninguém é submetido a se satisfazer com migalhas afetivas.
Sentimentos e desejos se expressam de modos distintos em cada um de nós.
Exercer o silêncio em inúmeras ocasiões é sinal de sabedoria. Pois, nem sempre temos todas as palavras necessárias, e nem sempre todas as palavras vão ser eficazes de modificar um evento.
O que precisamos é ter em nosso coração a certeza de que estamos fazendo o melhor, seja através de um abraço ou uma oração à distância, mesmo que ao nível de pensamento.
Por isso que muitos dizem que, o silêncio, não tenhamos dúvida, realmente cura.
Os meios encontrados pelo Divino em contribuir para a sua evolução são sutis, leves, suaves.
Estão presentes praticamente a todo instante do seu dia.
Acolha a sutileza dos atos Divinos com a gratidão, e estará dançando a sinfonia de Deus.
Não deixe de ser sua melhor parte com medo da ingratidão.
Ela vai ocorrer de qualquer maneira. Faz parte do outro, e não de você.
O caminho é sempre seu, distribuindo o melhor para a humanidade.
E essa sua melhor parte, vai despertar o outro no tempo do outro.
Aprisionar a nossa luz interior com o receio da alma se apagar é exatamente o que provoca a escuridão do nosso ser.
A minha vida é sempre um mar de rosas. Eu só penso positivo!
Tome cuidado com isso. Viver tentando pensar positivo o tempo inteiro pode causar grande angústia em sua vida.
Emoções oscilam. Sentimos coisas boas e ruins. Pensamentos oscilam. Pensamos coisas boas e ruins. Isso é perfeitamente natural
Inteligência emocional não significa viver o tempo inteiro em um estado positivo. Muito pelo contrário.
Emoções e pensamentos negativos têm seu papel. Precisamos aceitá los, compreendê-los e educá-los.
Só assim somos capazes de reduzir seus efeitos prejudiciais em nossas vidas.
Você está insatisfeito (a) com seu parceiro (a), e não sabe o que fazer. Além disso ele (a) não se toca?
Comunique sua insatisfação. Dialogue. Ninguém é obrigado a adivinhar o que você pensa e sente.
Você não é esfinge pra ficar esperando alguém te decifrar.
Qual o conselho que você daria para um jovem que está terminando a faculdade?
Não seja tolo, e esteja preparado para o pior. Não seja acomodado, e lute para conquistar o melhor.
Procure ser mais sábio e menos ingrato, e aprenda com as lições que a jornada oferece — seja qual for o resultado que será obtido.
A liberdade emocional está ligada à felicidade?
Felicidade em sentido amplo, sim. Ou seja, não se trata de viver sen tindo coisas gostosas o tempo inteiro. Isso não é felicidade, é imediatismo e busca por constante prazer.
Em sentido amplo, sem liberdade emocional é impossível viver uma vida emocionalmente rica, com relações
O medo é um desejo de segurança. Por medo, aceitamos permanecer em relações e projetos que só nos fazem mal.
Preferimos continuar sofrendo, pois esse sofrimento é conhecido e familiar. E aquilo que é familiar (até mesmo um sofrimento) nos parece mais seguro do que navegar pelos oceanos desconhecidos da mudança.
Acontece que toda mudança envolve encarar as incertezas do desconhecido. O começo de uma vida verdadeiramente transformada nunca será totalmente familiar.
Cabe a nós aceitar isso, ou permanecer imobilizados por essa prisão de angústias chamada acomodação.
Você acha o autoconhecimento assustador?
Penso que assustador, na verdade, é seguir pela vida como um desconhecido de si mesmo, em uma eterna briga com as próprias emoções, derramando tempo e energia em projetos e relações que não fazem sentido para as nossas vidas, des perdiçando a breve existência que temos neste planeta.
Essa ignorância é uma prisão, e autoconhecimento é liberdade.
A delicadeza é a porta que se abre para a serenidade, para a beleza, para enxergar o divino, fazendo de cada passo uma oração de gratidão. Gratidão pela vitória.
Afinal, grandes vitórias exigem grande dedicação.
Não há viagem sem obstáculos, esforço, aprendizado, malas feitas e desfeitas, encontros e desencontros, fé e paisagens para emocionar os olhos do coração. Assim é a vida.
O choro é a expressão da tristeza, e o ponto é justamente esse: aceitar e expressar nossas emoções é parte fundamental daquilo que a ciência chama de inteligência emocional.
Guardar um oceano de angústias dentro de si é bastante nocivo. Além disso, é inútil, pois só fortalece as emoções que tentamos esconder.
Quando compreendemos que absolutamente nada é peremptório, inclusive a vida, compreendemos a pequenez do orgulho, a tolice das rixas, a inépcia da ganância e a inocência das tolas mágoas.
Primeiro de tudo nos cabe identificar onde almejamos chegar.
E daí por diante, em todos aspectos da vida, teremos menos desgastes de energia. Muitas vezes totalmente consumida pelo pensar. Pelas criações mentais que chegam a ser parasitas.
Embora nem sempre seja possível ir diretamente rumo aos nosso sonhos, qualquer movimentação edificante que escolhemos em nosso a vida, estará construindo o alicerce para o projeto principal.
O tempo de amar não escolhe por continuidades e interrupções. É ato contínuo quando esse sentimento é vivido em sua essência, independente da trilha dos acontecimentos.
A missão interior é clara. Ela sopra todas as manhãs em nosso coração aflito. Não precisa ser dita por ninguém. Nosso coração consegue compreende-la na sua própria razão existencial.
O labirinto existencial é uma excursão para os pacientes, perseverantes e sonhadores. Que sabem que cortar caminhos é anular a própria essência da alma.
A mente humana gosta de caminhar por memórias de relações do remoto, principalmente em momentos de carência. Mas tome cuidado. Carência cria afetos imaginários.
Quando o barulho do mundo exterior estiver insuportável, volte-se para o seu silêncio interior. Em um mundo que não quer parar de falar, esse silêncio é fonte de sabedoria e serenidade.
Nos cabe além de sobreviver, existir na sutileza do imaterial: quando o espírito alcança sensações do divino que habita em nós exercendo a generosidade do ser.