Bia Willcox

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A sedução é a versão premium do estado momentâneo de felicidade.
Já dizia Voltaire: conquistar nao é o suficiente, é preciso saber seduzir. Já Eça de Queiroz achava que, quem se mostrava facilmente seduzido, facilmente se tornaria sedutor. Para Clarice Lispector, a vida era uma grande sedução ! E é!

É lindo ver gente mais velha, já com netos, muitas vezes reiniciando a vida sentimental e sentindo-se feliz como num chafariz por brincar de sedução e por poder também se deixar seduzir. Que delicia ver tal pulso de vida.

A sedução inexplicável e injustificável que acontece entre pessoas, olhares e gestos corriqueiros é imbativel. Nao desistam, seduzam! O coração acelera, a temperatura sobe e a imunidade também. Seduzam seus netinhos com uma linda fábula, seus amigos com carinho, seus parceiros com quebra de rotina e surpresa e, o ainda desconhecido, com todos os seus poderes! Eis pra mim um dos mais valiosos segredos da vida.

Levamos nossas vidas achando que temos tudo sob controle, que guiamos nossa carruagem com as rédeas firmes na mão. De repente, vem em nossa direção um furacão, que nem sempre precisa ser real, para nos tirar as rédeas e nos jogar longe, literalmente sem alicerce, pilar ou teto. Notícias sobre a saúde da gente ou dos que amamos, fins de relacionamento, acidentes, mortes, perda de emprego, de dinheiro, mudanças radicais - são verdadeiros ciclones que passam arrastando tudo por fora e por dentro.

A idade cronológica não é hoje o fator mais determinante para rotular alguém como jovem ou velho.Além do fator tecnológico da inclusão digital, há a alimentação, o exercício físico, o cuidado com a saúde e a prevenção de doenças. a vontade de produzir, de fazer coisas diferentes e de viver mais - tudo isso determina quantos anos temos hoje.

Manter-se jovem ou ficar velho é uma questão de mutabilidade, maleabilidade. A percepção de juventude, independentemente de quando nascemos, fez surgir a geração dos sem idade, a geração dos com coragem, dos que têm uma alma quase imortal e pensam e agem como se ainda tivessem todo o tempo do mundo para experimentar e mudar de profissao, de hábitos e de atitudes.

Um exemplo recente de que idade não significa o fim de novas experiências é o da cineasta Eleanor Coppola. Esposa e mãe de cineastas Francis e Sofia Coppola, estrelas máximas do cinema, ela foi esposa e mãe, ajudou em casa e no trabalho, foi assistente, contribuiu para seus trabalhos e, aos 80 anos, dirigiu seu próprio filme: "Paris pode esperar". Sem ter sido intimidada pela inibição que marido e filha poderiam causar, vencendo possíveis pudores e ignorando padrões, ela, uma linda mulher de cabelos brancos, foi lá e fez.

Relembremos uma joia rara do cinema, Blade Runner, e seu Rick Deckard que disse algo que jamais esqueci sobre a replicante Rachel: "Tyrell me disse que Rachel era especial, sem data pra terminar (morrer) como os demais. Não sabia quanto tempo eu teria com ela. Mas quem sabe?" Ninguém sabe bem até onde vai, qual é a sua "termination date". Mas sabemos que começar como se tivéssemos a eternidade e viver como se não houvesse amanhã pode ser uma boa ajuda para prolongar a estrada e viver mais.

Chegamos na fase adulta cada vez mais inseparáveis de nossos egos. Desconfiamos do quanto o ego pode nos prejudicar: É ele que faz a gente não participar, não competir, não aceitar o diferente, não perdoar, não saber perder, e até não amar livremente.

Bem, querendo ou não o ego existe e é o nosso inseparável amigo de todas as horas. Ele é importante pra sermos o que somos, na nossa medida certa. Afinal, como tudo na vida, o tamanho do ego é uma questão de dosagem. Como dizia John Lennon, "Se ser um ególatra é acreditar na minha música ou arte, pode me chamar assim, pois acredito no que faço e digo mesmo".

Falando de WhatsApp, vamos pro famoso “quem nunca”.Quem nunca mandou áudio pra pessoa errada? Gravou barulhos esquisitos e conversas íntimas sem querer e mandou pro primeiro da lista? Ligou pelo WhatsApp sem querer e teve que pedir desculpas? Encaminhou prensagem pra pessoa errada? Brigou feio pelo WhatsApp? Disse umas belas verdades, esclarecendo fatos e situações freneticamente no aplicativo? E muitas outras situações, inclusive desconfortáveis. Whatsapp é uma mão na roda e traz uma autossuficiência impressionante, basta que façamos bom uso dele e sejamos felizes!

Dar certo não é somente ganhar dinheiro e ser rico. Não é! Dar certo é se sentir feliz ao acordar de manhã e encarar o desafio do trabalho. É ter perspectiva, levar seu dia com leveza, empreender, querer mudar o mundo. Dar certo é ter mente sã, não sofrer de males que impeçam a gente de produzir, criar, pensar. Dar certo é não precisar de muita coisa material pra se realizar. Pra mim, ganhar salário mínimo e ficar contagiamente alegre, ouvindo um samba na folga, é dar muito certo. Não precisar de antidepressivos pra viver é dar certo. A lista de sucessos é enorme.

Devemos lutar incessamente para combater preconceito e elitismo. Já a piada politicamente incorreta nunca vai deixar de existir, só que deve ter o seu lugar na privacidade de nossas casas, sem redes sociais, sem agressões desnecessárias.

Persistência sempre foi um valor e tanto. Hoje é diferencial absoluto. A persistência, maior ou menor, muitas vezes determina o sucesso de quem idealiza o seu negócio. Não consigo imaginar empreendedores que cheguem onde querem sem muito insistir no que acreditam. É entender fracassos como partes do percurso e continuar andando sem cogitar parar.