Biografia de Antônio Abujamra

Antônio Abujamra

Antônio Abujamra (1932-2015) nasceu em Ourinho, no interior de São Paulo, no dia 15 de setembro de 1932. Estudou filosofia e jornalismo em Porto Alegre, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Iniciou sua carreira de ator, no teatro amador, com a comédia dramática, do escritor italiano Pirandello, “Assim é se lhe Parece”, no Teatro Universitário de Porto Alegre.

No fim dos anos 50, estudou na França com Roger Planchon, especialista em Brecht. De volta ao Brasil, dirigiu, em São Paulo, em 1961, a peça “Raízes”, de Arnold Wesker, com a atriz Cacilda Becker. Nesse mesmo ano dirigiu a peça “José de Parto à Sepultura”, de Augusto Boal, no Teatro Oficina. Em 1965, no Rio de Janeiro, encenou “Electra”, de Sófocles, com Glauber Rocha, que lhe causou grandes problemas com a ditadura.

No início da década de 1980, participou da recuperação do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde se destacou com as obras “Os Órfãos de Jânio”, de Millôr Fernandes e “Hamletto” de Giovanni Testori, entre outras. Em 1980, ele conquistou enorme popularidade com o bruxo Ravengar, na novela de Cassiano Gabus Mendes, “Que Rei Sou Eu?”, levada ao ar pela Globo. No mesmo ano se destacou no cinema.

Em 1998, Antônio Abujamra foi o único latino-americano convidado para o júri do Festival Mundial de Televisão, realizado em Mônaco, ao lado de Claudia Cardinali, Annie Grardot e Yehudi Menuhin. Desde 2000, apresentava o programa de entrevistas “Provocações”, na TV Cultura, onde fazia entrevistas instigantes, lia textos e recitava poesias. Faleceu em São Paulo, vitimado por um infarto fulminante, no dia 28 de abril de 2015.

Acervo: 11 frases e pensamentos de Antônio Abujamra.

Frases e Pensamentos de Antônio Abujamra

A vida é sua, estrague-a como quiser.

Antônio Abujamra
ORTIZ, Fabíola. "A vida é sua, estrague-a como quiser", aconselhava Abujamra ao filho. UOL. São Paulo, 29 abr. 2015.
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A tranquilidade é trágica: nunca esteja tranquilo...Nunca!

Tive mais de cem fracassos. E, para mim, não tem a mínima importância. Para um artista, o fracasso e o sucesso são iguais. Os dois são impostores.

"Embora minha cabeça não tenha mudado, as viagens serviram para que eu me conhecesse melhor e tomasse um rumo, após perceber que a essência do meu progresso estava em poder aceitar a minha decadência. Ou seja, progredir até morrer, porque viver é morrer. E não me arrependo de nada."

Enforque-se na corda da liberdade!