Biografia de Anísio Teixeira

Anísio Teixeira

Anísio Teixeira nasceu em Caetité, no sertão da Bahia, no dia 12 de junho de 1900. Graduou-se em Direito no Rio de Janeiro em 1022. De volta à Bahia, em 1924, foi nomeado Inspetor Geral de Ensino. No ano seguinte, viajou para a Europa onde observou os sistemas de ensino, na Espanha, Bélgica, França e Itália. Com as novas experiências, passou a desenvolver uma série de mudanças na educação do Estado.

Em 1927, foi aos Estados Unidos em busca das experiências do pedagogo John Dewey. No ano seguinte voltou aos Estados Unidos, onde concluiu o mestrado em Educação no Teacher’s College da Universidade de Colúmbia. De volta ao Brasil assumiu a cadeira de Filosofia e História da Educação na Escola Normal de Salvador.

Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro quando foi nomeado Diretor de Instrução Pública do Distrito Federal. Nessa época, criou uma rede municipal de ensino que integrava a escola primária até a universidade. Integrou um grupo de educadores que buscavam remodelar o ensino no país e torna-lo livre e aberto. Esse movimento foi chamado de “Escola Nova”, que ganhou maiores proporções, em 1932, com a divulgação do “Manifesto da Escola Nova”. Em 1936, perseguido pela ditadura militar de Getúlio Vargas, demitiu-se do cargo e voltou para a Bahia.

Em 1946 foi nomeado Conselheiro Geral da UNESCO. Em 1947 voltou à Pasta da Educação do Estado da Bahia. Nessa época, criou a “Escola Parque”, em Salvador, que se tornou um novo modelo de educação integral. A partir de 1952 esteve à frente do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (que hoje leva seu nome). Com a instalação do regime militar, em 1964, Anísio foi para os Estados Unidos, onde passou a lecionar em universidades americanas. Em 1966 voltou ao Brasil e passou a atuar como membro do Conselho Federal da Educação. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de março de 1971.

Acervo: 11 frases e pensamentos de Anísio Teixeira.

Frases e Pensamentos de Anísio Teixeira

Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.

Somos condicionados pela propaganda para desejar o supérfluo, para atender necessidades inventadas, antes de haver atendido às nossas reais necessidades.

Como a medicina, a educação é uma arte. E arte é algo de muito mais complexo e de muito mais completo que uma ciência.

O homem comum está caminhando para ser o escravo como o entendia Aristóteles, ou seja, o homem que está na sociedade mas não é da sociedade. O progresso científico está na sela e conduz o homem nenhum de nós sabe para onde.

A não existência de cooperação ou interação entre ciência e filosofia levou a chamada "ciência da educação" a não "ter" filosofia, o que corresponde realmente a aceitar a filosofia do status quo e a trabalhar no sentido da tradição escolar.