Anele

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⁠Sobre o receio de dizer
Sobre o receio de ouvir
Tudo deve ser puro
E intenso no peito
O momento ei de saber
Vejo que este me embrulha
É agora ou nunca
Fecho-me diante da dúvida
Quase digo por um momento
E arregalo-me com a leveza
E a naturalidade deste pensamento
Traduze-se a palavras tudo que se sente
Ou tudo o que a mente entende sobre a gente
Voz que me enche
Preenche meus ouvidos, olhos, boca e corpo delicadamente
Olhares que provocaram interesse
Invadem como filme dentro da mente
Tudo faz sentido
E a pulsação quer competir com o mundo
E por isso deixa-se explodir
Liberta-se da prisão
De palavras trancadas
De um medo sutil da alma
Inóspita sentia-se a garganta
Pelas quais hoje circulam cores
Antes quase pedra e concreto
Hoje, muros maleáveis ao vento
Cordas que podem soar sem medo
Passivas pois conhecem o tempo
Entendem que tem o dia de bater a massa
E tem o dia de brindar com a taça
O pão que se assa

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⁠Me desligo da alma
Me desligo da raça
A raça é um gole d´água
Prefiro a rua do que uma taça
A brindar a vitória de uma desgraça
Infeliz alma que branda e joga sua lança
Não era um jogo, era um sonho de uma nova aliança
Novo frio na barriga, novo amor, novas lembranças
Não quero competir, mesmo assim me encho de esperanças

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⁠Escutei aquela voz rouca
De homem muleque direcionada a mim
Girou o mundo e as palavras nem entendi
Aquela voz tremula, não precisa
Que ainda amadurece todo dia
Voltada a mim e de mim saiu nada
Medo de deixar escapar palavras de ansiedade
Mas se fico longe dá tanta saudade
Volte a mim menino homem
Volte e faz a festa dentro de mim

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⁠Um artista estrangeiro no trem ofereceu seu trabalho: quem dava o preço era eu. De repente ele pegou seu alicate e arame, sem me perguntar o que queria começou a montar. Um senhor de uns 40 anos escutou o discurso do artista e disse a ele que sua abordagem estava errada que ele era vendedor de chinelos e rasteirinhas e conhecia o público gaúcho, que por ele, era fechado e não muito educado - Você deve enfiar o produto primeiro na cara da pessoa para depois tentar trolar. O artista respondeu que já esteve em várias cidades e estados brasileiros, que os gaúchos não eram tão diferentes assim, que assim como muita gente se fechou ao trabalho dele muita gente o recebeu de braços abertos.
Isso é a sociedade em geral pensei eu.
O senhor não aceitou sua resposta e indignado continuou seu discurso capitalista, o humilde artista incompreendido continuou a enrolar o arame azul e escutar o homem, tentou responder algumas vezes, mas a essa hora já estava irritado.
E eu querendo saber: o que vai sair deste arame?
Entregou-me uma pequena bicicleta azul, pude pagar R$7,00 que era tudo que tinha na carteira. Então contou ao vendedor que o mais importante pra ele era sair mundo a fora para disseminar sua arte.

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⁠Sua insanidade
Você é mais do que insano
Para mim tinhas conduta
Sei que o que há no teu silêncio é só injuria
Você está preso nesta armadura
Eu vi o que ninguém via
A flor vermelha brotando na mente
Usufruiu de um pensamento borbulhante
Não pode ver, não pode saber
Você imaginou tudo isso
Desapareceu com o que sei
Perdeu quando deixou sair o que é você
O seu oceano cheio de latas
Atravessou todo o caminho que eu montei
Olhou quando te olhei
Sem perceber o escudo que montei
Eu fui forte quando soube
Amadureci e nem percebi
Você apanhou dos seus princípios
Foi dilacerado e ficou intocável
Duvido se achar
O que você prega não vale mais do que uma cerveja
Freiou quando quis acelerar
Ficando só a me sonhar
Apedreje o último gole que sobrou no copo
Não posso levar esse suspiro que ficou no colo
Aquele pedaço de esperança
Desmontarei como desmonto minhas tranças
Aprendi a sobreviver
Deixar transparecer o que me faz sofrer
Através de um poema que posso escrever

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⁠Oh não! Não é isso que quero;
Um adeus a esse amor...
Você deve estar estérico
Foge, corre e me encontra!
Segura o ar
Eu quero ver isso durar
A música tá tocando pra nós dois
Balança baby
E escorrega, escorrega até mim
Se você quiser eu busco aquela estrela pra você
Vão me ver na rua com o braço esticado
E ninguém vai me entender
Mas eu não desisto de te ter ao meu lado
Então escorrega,
Escorrega até mim
E vamos fazer esse mundo enlouquecer
Quero escutar o "BUM-BUM-BUM"
Eu vou te ter

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⁠Reencontrei um caminho
Sinto que eu devo seguir
Agora eu estou bem
Mas triste por você
Ninguém diz o que é certo
Até onde posso levar?
Meus extintos me condenam
Paro! E já não sei para onde caminhar
Sete estrelas aparecem no céu
Olho pra você
Não quero fazer ninguém sofrer
Eu achei um pedacinho de mel
Tento decifrar todos esses códigos
Da minha mente, da sua, de vários
Estou banalizando o que sinto
E as vezes parece bem mais que extinto

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⁠Chegará um dia que você também vai se sentir
Como cacos de vidro no chão
Derramando sangue no caminho
Suas mão sujas, delas caem gotas
Chovem bolhas, grande gotas do seu sonho
Esse é o segredo
Só para um existe perfeição
Você nem sempre será o imperfeito
Quando as luzes se apagarem
Sentirás medo, anseio
Não haverá ninguém pra te confortar
E eu não vou estar lá
Tudo se enche de perguntas
Porques insaciáveis
I will rock you!
Quero te contar uma coisa
Feche os olhos
Não tem nada aqui
Why?
Alguém mente e você acredita
Guarde todos os restos desta intriga
Busque em meio de todo o lixo
Acharás a cola
No final do livro
É o recomeço do fim
Deste ciclo vicioso
Cansei, crie uma revolução para esse jogo
Ou.. Go to hell! Yeah, hell
Aprenda observando
Que isso é uma farsa
Tudo para seu divertimento
Eu mereço revanche
O mundo é uma fábrica de ilusão
No fundo todos se odeiam
Isso não passa de uma concepção
Ah! É uma atração

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⁠Por que eu acho que você não é real?
As vezes isso faz sentido
És tão tu, tão verdadeiro
Agora eu vivo sonhando
Pensando
Assim que acordo
Pensando
Quando estou só
Pensando
Acima da Lua
Pensando
Naquele nascer do sol
Pensando
Pensando em ti
Em vários momentos
A todo momento
Daqueles momentos
Que perfeito momento!

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⁠Eu sou seu arque-inimigo
O teu eterno enigma
O teu desejo sem sentido
Uma corda sem pontas
Início e fim
Vivendo no meio
Procurando a mim
No poço enxuto
Atrás do cemitério
Dorme um defunto
Que rezou por você
Do nosso destino
Sem saber
Pescaremos as estrelas
Faremos nossa casa
Construiremos um bar, um lar
Sem base para nos orientar
Futuras fotos
Pensamentos até impróprios
Nosso carro, nosso carro
Um novo jardim
Com cocô de vira-lata
Nossa muralha, muralha
Eu fingo muio bem
Quando quero alguma coisa
Mas eu não sei mentir
Eu queria mentir
Eu sabia mentir
É só o seu olhar
Que me incomoda
E me faz duvidar
Seus olhos profundos
São verdadeiros
Demais para eu amar

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⁠Foram muitas pessoas
E o tempo passava
Ninguém sabia do que se tratava
Tudo na escuridão
Quem passava alí
Não sabia do perigo
Ninguém achava
E ele descobriu um abrigo
Era inacreditável
Como todos gritavam
Fugiam desesperados
O perigo havia escapado
E ele sem nenhuma preocupação
Assistia tudo de camarote
Gritos, dor
Sangue e morte
Não repartiu seu segredo com ninguém
Agora condenado a uma solidão eterna
Sem ter alguém pra ouvir
Acabou-se o fim

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