Biografia de Ana Maria Machado

Ana Maria Machado

Ana Maria Machado nasceu no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do MOMA de Nova Iorque. Participou de exposições no Brasil e no exterior. Em 1964 formou-se em Letras Neolatinas na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Obteve a pós-graduação na UFRJ.

Lecionou em diversas instituições, entre elas a Faculdade de Letras da UFRJ, o Colégio Alfa de preparação para o Instituto Rio Branco e a PUC-Rio. Lecionou Língua Portuguesa em Paris, na Sorbonne e na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Em 1969, durante o governo militar, foi presa e exilada na Europa. Nessa época foi jornalista da revista Elle, em Paris e no Serviço Brasileiro da BBC de Londres. Foi nessa época que lecionou na Sorbonne e fez doutorado em Linguística e Semiologia.

De volta ao Brasil, em 1972, passou a trabalhar no Jornal do Brasil, onde chefiou o departamento de jornalismo entre 1973 e 1980. Colaborou com outros jornais e diversas revistas. Paralelamente às atividades de jornalista escreveu diversas histórias infantis que a partir de 1976 foram publicadas em livros. Em 1977 ganhou o Prêmio João de Barro com o livro “História Meio ao Contrário". Em 1979 abriu a primeira livraria dedicada a livros infantis – a Malasartes.

Ana Maria Machado foi a primeira escritora de livros infantis a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira nº 1. Presidiu a Academia entre 2011 e 2013. Ana Maria tem livros publicados em diversos países, recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais. É considerada uma das mais versáteis e completas escritoras brasileiras.

Acervo: 14 frases e pensamentos de Ana Maria Machado.

Frases e Pensamentos de Ana Maria Machado

O que leva uma criança a ler é o exemplo.

São cinco pontas
Cinco destinos
areias tontas
de desatinos

Cinco sentidos
Cinco caminhos
Grãos tão moídos
Mares moinhos

Estrela guia
em pleno mar
outra Maria
a me chamar. "

Era uma vez uma voz.
Um fiozinho à-toa. Fiapo de voz.
Voz de mulher. Doce e mansa.
De rezar, ninar criança, muitas histórias contar.
De palavras de carinho e frases de consolar.
Por toda e qualquer andança, voz de sempre concordar.
Voz fraca e pequenina. Voz de quem vive em surdina.
Um fiapo de voz que tinha todo o jeito de não ser ouvido.
Não chegava muito longe. Ficava só ali mesmo, perto de onde ela vivia.
Um pontinho no mapa.

Amigas. Era isso: Amigas íntimas. E se divertiam juntas, davam gargalhadas, bebiam vinho para comemorar segredos guardados em envelopes.

Só se chega por acaso, pois é impossível encontrar o caminho sem se perder.