Amanda
Que foi que me deram pra levar
Pra dona Janaína que é sereia do mar
Pentes de osso, laços e fitas
Pra dona Janaína que é moça bonita,que é moça bonita...
Tx amo!
Liberdade
Seja minha asa e me faça voar por onde minha imaginação e meus sonhos guiarem
Seja o que me liberta do meu próprio eu
Proteja-me do sol, da chuva e de meus pensamentos sombrios.
Envolva-me.
Eu só peço descobrir os céus
Eu só peço conhecer o mundo
Deslocar meus pés do chão e sentir que já não pertenço a este mundo
Quero a inconstante sensação de perder os passos
Quero o vento frio no meu rosto, quero o medo de cair,
mas a segurança de que com você, eu posso simplesmente me jogar
Vamos juntos nessa jornada
E somente unidos que podemos alcançar voo,
E somente juntos que somos pássaros
Destino
Guardo os segundos que já foram
Tenho alguns minutos para ser feliz
Ou talvez horas, se eu souber somar...
O ponteiro gira sem me definir se é dia ou noite...
Tenho eu mesmo que escolher
E me redefinir
Talvez eu esteja em outro fuso
Ou talvez eu só esteja um pouco adiantado...
Preciso de novas energias para me carregar.
Talvez o destino me traga o que desejo...
Enquanto isso, fico a escutar o barulho dos ponteiros.
Um + um
Aquele era quem se poderia amar
Era matemático
Dois completos incompletos
Dois jovens sedentos de amor
Mas, a equação estava errada...
Faltava somar
Desconhecia-se o como,
Achavam que seriam 1 número...
Mas, e não mais,
1 somado a 1 são 2
Não 11 ou 1.
A igualdade não se fez
Cansados de não entender
Se subtraíram.
Andarilho
Caminhamos feito mendigos
Não temos lar algum
Somos andarilhos de nossas próprias verdades
Carregamos poucas bagagens nessa aventura,
talvez suficiente para aquela estadia
ou pesadas demais para se permanecer andando
Cada passo, desgasta um pouco do nosso pé e do nosso próprio chão.
Descobrimos nossa identidade pelos olhos de cada ser que nos rodeia
Quando frio, tentamos nos envolver com a vida, relembrando o tecer do manto.
Quando quente, apenas mais um ponto de linha.
Mas, continuamos
Famintos de sentimentos
Famintos de nossas verdades
Buscando nos alimentar
Da busca insaciável do acaso.
Bem-me-quer, mal-me-quer
Mãos que desfolham e matam uma flor,
São as mesmas que almejam que a última pétala seja bem-me-quer.
Na brincadeira ingênua do descobrir, não existe o tempo de observação.
Não se repara na flor.
São poucas pétalas e pode se contar nos dedos...
Mas, o prazer de destruir e descobrir que é amada, é superior a sensação de bem querer do outro.
Assim, a brincadeira termina.
Mal-me-quer.
E outra flor é retirada e morta...para continuar a testar o amor...
Se talvez ela percebe-se que amor nada tem a ver com testes, mas em respeitar e compreender a natureza do próximo, certamente a vida só daria bem-me-quer.
Linhas
Amigos são como linhas
Cada qual compõem o colorido da vida
Nos apenas tecemos
Unimos uma, duas linhas, três linhas...quantos forem necessárias
E produzimos algo em que podemos nos aquecer, quando o tempo está frio
Ou nos recobrir quando não queremos ver a realidade
Carregamos
Ali no nosso peito, usando a forças de nossos braços e de nossa alma.
Para assim, sempre proteger e ser protegido.
Forro
Com o tempo percebemos que podemos não andar para nenhuma direção,
Mas estamos compondo passos de uma dança.
Perdidas em rodopios e em nos mesmos.
Escolhemos entre partir ou estar para mais uma musica.
O relógio já anuncia a partida.
E nos encaminhamos...
A caminho uma mao e estendida em nossa direção
E perguntam quer dancar comigo ?
E nos questionamos ainda há tempo?
Inexistente
Não tinha poesia.
Não sabia sentir
Tudo era cru e nu
So sabia que existia
Tinha fome de almas
Se alimentava do amor
Da bondade
E cuspia e escanava
O que consumia
Era somente um coitado desprovido de alma
Carnaval
Entre penachos, confetes
Sobram do repicado de papel
Partes de um coração partido
Uma multidão e sozinha
O espírito tocando uma música de jazz
Enquanto que lá fora o tempo não passa,
ritmado por um Tum Tum universal
Todos sabem que tudo pode ser apenas fantasia
Máscaras podem ou não cair
Podemos encontrar um Pierro
Ou um bêbado perdido tanto quanto nós
Mas, nos embalemos na folia
Nos cercamos da serpentina que nos arremessaram
E vamos pular, pois embora nossa música seja um solo
É com cada instrumento que compomos a orquestra.
Já vi tantos poemas,
sobre a vida!
Tantas vidas
feitas de poema...
Já vivi poesia,
Já vivi a vida,
Hoje escrevo problemas!
Eu não acredito no amor.
Eu costumo acreditar
Em contos de fadas,
Em criaturas inexistentes
Em tudo o que me contam
Ou deixaram de contar
Eu acreditei nas promessas
Que a moça ali me fez
Eu já me deparei com muros
feitos para serem escalados
Já vi flores crescendo no cimento
Tantas árvores floridas
Já ouvi e vivi sonhos impossíveis
Mas eu não acredito no amor
Porque o amor, é complicado
Os poetas escrevem, os poetas suspiram
Os contos retratam os felizes finais
Mas, hoje em dia, alguém realmente ama de verdade?
Insegurança...
Este é o pior dos sentimentos.
Basta uma palavra para você pensar que tudo se perdeu.
Como se você estivesse em uma corda bamba e tudo o que você construiu pudesse cair a qualquer momento.
Como é ruim lidar com a incerteza de uma partida,de um amor,de uma amizade.
Então peço para que me encha de certezas!
Certeza que você vai voltar,que você vai me amar mesmo algumas pessoas dizendo que não,certeza que você vai estar do meu lado sempre que eu precisar,certeza que o nosso amor é verdadeiro. Não quero metades e nem incertezas, quero estar totalmente segura de onde estou.
Então me prove que a insegurança é só uma coisa da minha cabeça...