Biografia de Albert Camus

Albert Camus

Albert Camus (1913-1960) foi um escritor, jornalista, dramaturgo, romancista e filósofo argelino. Recebeu o Prêmio Nobre de Literatura em 1957 por sua importante produção literária.

Albert Camus nasceu em Mondovi, na Argélia, na época da colonização francesa, no dia 7 de novembro de 1913. Filho de pai francês e de mãe espanhola ficou órfão de pai em 1914. Fez seus primeiros estudos em Argel, onde trabalhou como vendedor de acessórios de automóvel, meteorologista, empregado de escritório de corretagem marítima e na prefeitura. Com o incentivo de alguns professores formou-se em filosofia e conclui o doutorado. Acometido de tuberculose ficou impossibilitado de prestar concurso para professor.

Em 1934, entrou para o Partido Comunista Francês, em seguida no Partido do Povo da Argélia, passando a escrever para dois veículos socialistas. Fundou a companhia L’Equipe, onde trabalhou como diretor e ator. Montou peças que foram logo proibidas, entre elas, “Revolta das Astúrias” (1936). Viajou, para Espanha, Itália e Tchecoslováquia, países que são citados em seus primeiros trabalhos: “O Avesso e o Direito” (1937) e “Noces” (1938). Em 1938 muda-se para a França, ingressa na Resistência Francesa e colabora com o jornal clandestino “Combat”. Trava conhecimento com o filósofo Sartre, de quem se torna amigo.

Em 1942, Albert Camus publica seus mais importantes romances “O Estrangeiro” e “O Mito de Sísifo”. Duas peças suas fizeram sucesso depois da libertação do regime nazista: “Le Malentendu” (1944) e “Calígula” (1945). Em 1946 foi aos Estados Unidos e em 1947 publica “A Peste”. Em 1949 visita o Brasil, é recebido pelo adido cultural francês e por Oswald de Andrade. Como historiador e filósofo, escreveu em 1951 “O Homem Revoltado” e em 1956 publica “La Chute”.

Em 1957, Albert Camus recebe o Prêmio Nobel de Literatura, por sua importante produção literária. Seu discurso no banquete oficial e sua conferência aos estudantes da Universidade de Upsala, na Suécia, foram publicados sob o título “Discours de Suède”. O escritor faleceu em Villeblevin, França, no dia 04 de janeiro de 1960, em um acidente de carro, a caminho de Paris.

Acervo: 231 frases e pensamentos de Albert Camus.

Frases e Pensamentos de Albert Camus

Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.

Albert Camus
O mito de Sísifo (1942).

Amar é...
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho;
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade,
é ser feliz de verdade!

Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.

Albert Camus
CAMUS, A. The Myth of Sisyphus. London: Penguin UK, 2013.

Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela.

Albert Camus
Calígula (1945).

Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias.

Albert Camus
A queda (1956).