Ausencia William Shakespeare Amor
Eu texto
Fez-se necessário escrever, assim como, desabafar.
O desafio de um início a cada texto, rompe o estímulo de fazê-lo. Eu não sou um fracassado, não ainda. No fundo, eu gosto de viver nesta ilusão, é bom sentir-se escrito, descrito, lido. Imagino-me como um texto. Um texto contraditório, metafórico e crônico.
É bom ser revivido a cada novo olhar, a cada nova leitura. É bom fazer com que meus ‘trechos’ façam crescer nos ‘leitores de mim’ algum tipo de emoção. Seja felicidade, rancor, prazer… O importante é não deixar de ser lido, percebido.
Mas, como todo texto, aos olhos de quem o faz, nunca está totalmente pronto, assim também não estou. Ainda estou frio, não estou preparado pra ser lido por grandes mentes, contento-me em ser lido pelos que gostam da forma em que fui escrito e se contentam também (ou não) em realizar esta leitura neutra do que sou.
Sinto que em mim, como pessoa, ainda falta a coerência que há em mim como texto. Não consigo sequenciar ações da mesma forma das palavras. Então é preferível ser texto e arriscar-se a ser rascado, rabiscado, esquecido. Então é preferível ser texto e arriscar-se a ser lido, útil, agradável. Então é preferível ser texto, ainda que sem conclusão, como sou e me apresento.
Dói mergulhar em um retrato
E lembrar-se de um tempo
Que o vento levou
Dói assistir o passado
Com a lembrança do lado
Com a dor do que já passou
Porque que tem que ser assim
Porque o passado não volta pra mim
Porque eu não sou mais que achei ser
Porque o relógio parou de tocar
Porque as fotos não podem voltar
Porque o tempo que já passou
Jamais vai chegar
Sempre perguntei as verdades nas horas erradas
Mais sempre soube e sei
Qual a carta marcada, do jogo da vida
Mais, o que posso fazer se o passado jamais vai voltar
Algo que me machuca que me sacode que me faz chorar
Sei que as marcas do tempo
Levada pelos ventos
São momentos quaisquer
Mais também sei que a verdade
Só é felicidade, quando tem o que quer.
Se devorar o mistério do sorriso, é num simples passo, que faço no espaço
E se no espaço faço, o que faço num passo, é num passo que faço o espaço
E faço e refaço num simples compasso, o tempo, num laço
E se faço o que faço , num passo, no espaço, com um laço, é porque tudo que fiz faço, e sem medo algum, refaço.
Porque se destruo a razão pra viver, é a morte a saída que resta, mais se a morte então é viver, então viver é uma eterna orquestra, acaba o inicio, quando começa o final, mais se a vida continua , é certo dizer que sou imortal? Se o fim da no inicio, o inicio é o final, se a morte é a vida, o que eu sou afinal? Onde é que termina? Onde que começa? Não sei se sou rei do xadrez, ou se dos reis sou a peça.
Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir
Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo
Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria
Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.
A vida é um maremoto de descobertas. A cada minuto que se passa, enquanto estou aqui sentado, relatando as letras que da minha mente escorrem, existem milhões de pessoas descobrindo diversas emoções e capacidades, que jamais imaginariam possuir. Se o suspiro do conhecimento pode ser de um lado benéfico, de outro, pode ser catastrófico. O conhecimento nos eleva a outro nível, e nos imortaliza diante do viver. Aquele que conhece, tem uma capacidade perplexa e inimaginável de possuir o que quer da forma que quer. Inquestionavelmente, saber é poder, já que estamos diante de um mundo de controversas e alienações, aquele que se destaca na multidão é o mesmo que dita a verdade. Em um cenário de encontros e despedidas, muitas vezes as emoções são priorizadas, e a Razão perde o espaço, perde a importância. Enquanto grande parte da massa pensante mundial se deixa levar pelos prazeres emotivos, um pequeno pedaço de racionalistas e céticos cruéis planejam detalhadamente tudo que passa ao seu redor.
Se me perguntam do que tenho medo, respondo: Do tempo.
Porque ter medo da velhice, se ela é conseqüência do tempo? Porque temer a morte, se ela nasce no tempo? A concretização dessa constatação tão inconcreta é o que mais me amedronta. As marcas deixadas por esse cruel e impiedoso ser são de longe a pior dor que um ser pode sentir. No momento o qual, um individuo pode se deleitar diante da sua imagem que é refletida pelo espelho, é muito cruel observar a magnitude e força do tempo, sentir a fraqueza nos ossos, e não poder fazer absolutamente nada, somente viver e esperar que a dama de preto, venha buscá-lo. Ao nos preocuparmos com esse deus silencioso, parece que ele nos dilacera com uma impiedade bestial. É de fato controverso, que mesmo sendo tão agressor do nosso corpo, é ele o protetor da nossa alma, da nossa mente. O tempo deixa marcas físicas, mas apaga as marcas mentais, as piores marcas possíveis. Se esse rei nos ilumina com a vossa gloria, ao mesmo tempo em que nos queima com sua magnitude, não cabe a nós nos revoltarmos. A inteligência que a nos foi concedida, não é tão onipotente para paralisar o tempo. Podemos retardar sua crueldade mais nem de longe, podemos vencê-lo.
A problema mais difícil na vida, nem sempre da pra se dizer que é um problema, ou uma dificuldade. Mas sim lidar com pessoas ignorantes.
Não sei lembrar de tudo isso sem chorar.
preciso de qualquer musica que me faça feliz
e tire de min toda essa nostalgia.que fiz de min ?
encontrei-me já perdido enquanto esse estranho
mundo dorme num sono confuso.Eu vago sozinho a
te procurar .Te procuro mesmo sabendo que nunca encontrarei.
Perdido na lucidez de dessa noite, sozinho sem respostas me lanço
Nesse abismo de duvidas hereditárias e que não me levam a lugar algum
A não ser o fundo do posso.
"Enqanto espero você também me amar,
vivo o ardo e o espanto de sonhar sozinho
na musica busco a paz e tudo que um amo
pode me proporcionar, mas só a musica encontro."
Não dá mais pra disfarçar
Quando olho pra você
Não consigo nem pensar...
Eu falei e demonstrei o que senti
Mas você nem ai pra mim...
Estou sofrendo feito um louco apaixonado
Mas o que eu queria era agora estar ao seu lado...
Posso não ser um bom poeta
Mas tudo que escrevo
É os meus sentimentos ,
os meus sentimentos por você...
