Arrancar do meu Peito
Cara, esse é o meu lema de vida:
"Tá precisando de ajuda? Faça como eu,se vira sozinho!"
Caraca, todo mundo é adulto.
Vai resolver teus b.o!
A importância do meu amor não teve valor para ti, nem foi suficiente para que lutasses por uma união estável. Pensando bem, hoje agradeço por ter acabado a tempo de eu me reencontrar. Eu estava condenado, perdido em caminhos vazios, iludido no meu inverno e só. Mas meus olhos se alegraram ao ver-me restaurado do cativeiro, retomando a felicidade.
A escrita é meu remédio, é como uma companhia também, as letras chegam antes e depois da intensidade de qualquer sentimento.
Elas descrevem até meu vazio.
Não sei dizer se sou feliz ou não,
se ainda existe o amor em meu coração;
a saudade traz a velha dor
que eu não quero mais.
Você quis ver meu mundo desabar,
riu do meu chorar,
se alegrou com o meu sofrer.
Por que fui pensar em você?
Na hora em que precisei,
você não veio me ver.
Traga teus abraços para os meus braços,
traz o teu carinho pro meu aconchego.
Cadê teus beijos quentes, molhados — estão longe de mim.
A tua ausência faz falta; a tua lembrança extrapola.
Cadê o teu cheiro que não mora em meus pulmões.
Sou meia-semente do meu pai.
Na minha mãe encontrei a outra metade.
Somos - corpo e alma - o fruto só.
Sou Amor De Metade.
Não vá, eu preciso falar, me dá um instante, vem escutar.
Pense forte, respire fundo, volta ao meu peito, ao meu mundo.
Não vá, não me deixes assim — um coração naufragando em ti.
Pense bem, não parta sem razão; esquece a dor, vem ser meu chão.
Andressa, meu amor, minha doce princesa,
Teus olhos brilham como estrelas na noite,
Teu sorriso, um sol que em meu coração acende,
Cada instante contigo é um novo deleite.
Teus cabelos ruivos, como fogo que arde,
Em cada fio, a paixão que me envolve,
Teu jeito suave, tua força encantada,
Fazem meu mundo girar, meu amor se resolve.
Nos teus braços, encontrei meu lar,
Teu riso é a música que sempre quero ouvir,
Em cada toque, um universo a explorar,
Andressa, contigo, aprendi a sorrir.
Prometo te amar, na alegria e na dor,
Ser teu abrigo, teu porto seguro,
E juntos, escreveremos nossa história de amor,
Minha ruiva, minha vida, és meu futuro.
Daniel Vinicius de Moraes
Por onde andará você — mulher, rainha do meu desejo?
Onde vagueia neste mundo.Envie um sinal,
um sopro de vida que permita ao universo conspirar a nosso favor.
Onde subirem as fábricas da fumaça, lá estará o fogo,
a chama viva que não se apaga esperando o amor regressar.
Meu último amargo.
São meus últimos amargos,
acostado nesse catre.
Nem é lugar pra mate,
o certo é no galpão.
Mas já me tremem as mãos
e meu dorso impede andança.
Me lembro ainda criança,
rotoçando por esse racho.
Mas a vida é feito um desmancho,
feito cavalo em carreira:
passou levantando poeira,
se foi sem pedir permissão.
Falam em encarnação,
numa volta à existência.
Se for, rogo a coincidência
pra voltar pro mesmo chão,
pro rancho, mangueira, galpão,
pros pagos dessa fronteira,
pra velha lida campeira:
pelego, catre, chergão.
Não há outra que queira.
No mais, esse é meu ofício:
a doma, o mate, meu vício.
Já nasci enfurquilhado,
e um gaúcho bem montado
nada mais pede a Deus,
só que volte donde nasceu,
onde minha alma se acampa,
pra voltar a ser estampa
da herança farroupilha,
domando e gastando encilhas
nas estâncias dessa pampa.
Renato Jaguarão
Poeira Só o que me basta.
Se o que tenho no meu rancho é pouco,
Não sei o que é muito, então.
Tenho a China mais linda do mundo,
Parceira do chimarão.
Tenho um cavalo de lei,
As ensilhas de patrão.
Um campo não muito grande,
Mas tem mangueira e galpão.
Ando sempre de bombacha
E a velha boina encarnada.
Gosto de penca e bolicho,
Me agrada a genetiada.
Demais não me falta nada,
Nasci pra lida campeira.
Deus, ainda de regalo,
Me fez nascer na fronteira.
E no dia que me for,
Que o home chamar pra perto,
Me enterre de bombacha
Na terra a campo aberto.
Assim que voltar de novo,
Pois creio na encarnação,
Já tô perto da querência,
E fardado de peão.
Guarde todas minhas ensilhas,
Apetrechos e meu catre,
Cuidem bem do meu galpão,
Minha bomba e cuia do mate.
Sei que volto pra querência,
Pro velho fogo de chão,
Pra lidar com a cavalhada
E seguir a tradição.
E se acaso eu não volte,
Alguém siga meu legado,
De gaúcho de peão
Pra lidar no campo com gado.
E lembre que nessa terra,
Pros lados dessa fronteira,
Sempre haverá um gaúcho,
Rancho, galpão e mangueira.
Renato Jaguarão
Poesia Parceiro de Laço
Hoje, quando saltar do brete
A novilha em disparada,
Meu moro esbarra no pasto,
Da cancha já encharca.
Meu laço fica nas ancas,
No mais de exposição,
Mostrando que o 12 braça
Hoje não solta da mão.
Por anos de parceria
Nesses rodeios afamados,
Se foi meu velho parceiro
Se bandio pro outro lado,
Botando corda, por certo,
Tapiando bem o chapéu.
Agora bota armada
Na querência grande do céu.
Que dupla que nós formava
No berro do narrador!
No mais se pedia porta
E aguardava o corredor.
Depois era facerisse
Naqueles acampamentos:
A gaita, o violão,
Assado de fundamento,
E a canha nunca faltava,
Parceira do chimarrão.
As prosas de campereada
E cosas de coração…
Que jeito vou botar corda,
Que jeito vou ao rodeio,
Se tu me deixou solito?
De todos, melhor parceiro,
É coisa triste de ver
Teu baio pedindo cancha,
Solito ali no potreiro,
Donde tua alma descansa.
E o laço dependurado,
Já seco, faltando gracha.
Um tirador, umas botas,
Jogado com as bombachas.
Sempre que venho te ver
Nesse teu velho galpão,
Fico bombendo os retratos:
Quantos troféus na tua mão!
De todos esses rodeios
Que andamos por esse estado,
E me pergunto a esmo:
Quem foi esse teu jurado
Que te negou a armada
Se a cancha tu não queimou?
Eu vi, estava do lado!
Quantos bois tu laçou…
Será que lá nas alturas
Alguém, solito ao léu,
Te quis pra formar dupla
Lá no rodeio do céu?
Mas hoje não tem mais laço,
Rodeio, gaita, violeiro.
Só laço quando morrer
E te encontrar, meu parceiro.
Renato Jaguarão.
Se gosto do meu cavalo
Se gosto do meu cavalo,
Que jeito não vou gostar
Se é meu melhor parceiro,
Me leva pra todo lugar.
Se me acorda no rancho
Cedinho, já relinchando,
Não só o boi que pede,
Quer me ver cedo matiando.
Se às vezes, na amargura
Dos dias de temporal,
Eu falo solito com ele,
Esqueço que é um animal.
Ele me escuta em silêncio,
Com aquele olhar inocente,
Que, às vezes — não me leve a mal —
Vale mais do que muita gente.
Por vezes se achega pra perto,
Parecendo me provocar,
Pedindo pra ir no bolicho,
Sabendo que vou me alegrar.
Se gosto do meu cavalo,
Que jeito não vou gostar
Quando saio, deixo ele,
Já tô louco pra voltar.
E quando, no trago, me perco
Por coisas do coração,
Ele conhece o caminho
E me traz de volta ao galpão.
E ali me jogo no catre,
E o catre é a solidão.
E quando acordo,
Só ele entende minha razão.
Não tem maior alegria,
Prêmio ou consolação,
Que ter um cavalo bueno,
Manso e bom de função.
Às vezes, pensando, pergunto
A Deus, que não tem defeito,
Donde buscou o milagre
Pra fazer algo tão perfeito.
Se gosto do meu cavalo,
Que jeito não vou gostar
Quem tem cavalo entende:
Não tem como não gostar.
E, por fim, se sou gaúcho,
Tendo a pampa de regalo,
É porque, peleando ao meu lado,
Sempre teve um cavalo.
Se gosto do meu cavalo,
Que jeito não vou gostar
Renato Jaguarão.
TE VEJO COM OS MEUS OLHOS
Uma presença pesada sussurra em meu interior,
"Não posso mais carregar".
Um vazio me consome, um grito que não posso mais calar.
Memórias que insistem em me alcançar, como o vai e vem das ondas.
Lembranças salgadas demais,
Inundam meus olhos e me prendem as margens desse mar.
Já tentei prosseguir, mas fico com a dor, do que não posso mais lembrar.
O esquecimento é uma sombra, que me segue por toda parte,
Um lembrete constante, do que perdi, do que não posso mais ter.
Tento fugir, mas a dor do esquecimento me alcança.
Ainda vejo, com os meus olhos, fantasmas do passado;
pesadelos que não posso mais sonhar.
Então, enlouqueço;
devo virar as costas para o mar do esquecimento que;
antes fora o meu lar.
Seguir em paz com a dor, que de tempos em tempos;
sinaliza para onde não devo mais voltar.
Kátia Terra.
Meu Cavalo
Tenho um cavalo
Que não conheço igual
Melhor que o meu bagual
Não hay ou não conheço
Já tive oferta
Duns quanto pila na mão
Todos sabem no rincão
Que meu pingo não tem preço
Foi um regalo
Do Vainer Gomes Silveira
Que trouxe lá da fronteira
E depois me presenteou
Já desde potro
Se criou pela mangueira
Depois botei nas cocheira
E de baixo se amansou
Quando eu puxei
Não fiz muita judiria
Bocal deixei poucos dias
E no freio se domou
Se eu me achego
Pilchado e bem perfumado
Já sabe, vamo ao polvoado
Pra alguma festa campeira
Se me emborracho
Comigo ele tem paciência
Me trás de volta a querência
Só para vendo a porteira
Por isso eu digo
E falo a bem da verdade
Não conheço amizade
Maior que desse meu pingo
Ele eu não vendo
Não empresto e não regalo
Pra muito mais que um cavalo
É o meu melhor amigo.
Por isso eu digo
E falo a bem da verdade
Não conheço amizade
Maior que desse meu pingo
Ele eu não vendo
Não empresto e não regalo
Pra muito mais que um cavalo
É o meu melhor amigo.
Renato Jaguarão.
De joelho na areia, clamei por misericórdia. E meu Deus e meu Senhor me ouviu. Portanto, eu viverei um longo tempo de paz e alegria. Que meu querido Deus abençoe meus dias e minha amada família. Com fé, viverei um longo tempo de paz e alegria, agradecendo pelas bênçãos em minha vida e pela minha amada família, pois em cada bênção renovo minha fé e gratidão.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
🙏🏾🕊️🙏🏾🕊️🙏🏾
Tenhamos fé!
"Memórias Da Infância."
Na infância do meu sonho tão bonito, onde o tempo era o nosso brinquedo, No sol que nos cobria de riso aberto, E nos sonhos de nuvens de algodão, de segredos sussurrados até tarde no verão. Éramos heróis de incontáveis aventuras, Exploradores destemidos de mundos escondidos, correndo pelo jardim, com risos inocentes, a desvendar mistérios, No fascínio das mais belas histórias, nos livros redondos com todos os capítulos. No encanto da brincadeira sem intenção, quando subiu o papagaio de papel. cada amizade uma fita de cetim, a inocência reinou, sem fim.Na minha infância, tempo para descobrir, para imaginar castelos a sorrir, Abraços apertados, olhos de carinho, em um mundo tão grandioso, mas pequenino genial. Um tesouro, como luz a brilhar, carrega em teu ser a nossa vida em sonho, Um poema eterno, da infância a vibrar, Na longa caminhada da vida guardar.
