Apenas um Menino Diferente

O amor é um poema essencialmente pessoal.

Não é verdade que a morte é / o pior de todos os males; / é um alívio para os mortais / que estão cansados de sofrer.

A verdade é um fantasma que há que perseguir cada vez mais longe... mas para agir é preciso parar.

O homem que ama é um tolo sublime.

Um expert é um homem que parou de pensar. Para que pensar, se ele é um expert?

A multidão não pode ficar sem homens valentes, e os valentes são sempre um peso para ela.

As leis morais são as regras de um jogo no qual todos fazem batota, e isto desde que o mundo é mundo.

Se existe uma solidão em que o solitário é um abandonado, existe outra onde ele é solitário porque os homens ainda não se juntaram a ele.

O cérebro humano é como um chapéu de chuva: funciona melhor quando aberto.

Para mim, o importante em poesia é a qualidade da eternidade que um poema poderá deixar em quem o lê sem a ideia de tempo.

É um império
essa luz que se apaga
ou um vaga-lume?

Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.

Sou como um paralítico que encontrou na imobilidade o meio de evitar as suas quedas.

A morte não é um mal: porque liberta o homem de todos os males, e ao mesmo tempo que os bens tira-lhe os desejos. A velhice é o pior dos males: porque priva o homem de todos os prazeres, deixando-lhe deles todos os apetites; e traz consigo todas as dores. Não obstante, os homens temem a morte e desejam a velhice.

O mundo não poderá tomar um novo caminho se não conseguir uma união íntima da técnica e da moral.

Às vezes, entre um homem e outro existe tanta diferença como entre um homem e um animal.

A ponte é um pássaro
de certeiro vôo: sua sombra
perdura na lembrança.

O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.

Conscientizar-se da própria ignorância é um grande passo para aprender.

Leve, uma carga faz do outro devedor; pesada, faz dele um inimigo.