Amor Triste
Um segundo, e todo seu mundo despenca em queda livre em um abismo revestido por estiletes!
Cortes se multiplicam e o sangue se mistura as lagrimas...
Fantasmas dançam ao som dos meus medos
Nesse dia todos os planos se esvaíram!
Toda a segurança e confiança se reverteram em pó!
Só restou a angústia que sufoca e a dor que me consome sem dó!
Espero o impacto final da queda, mas esse abismo não tem fim!
Sinto estar caindo por meses!
As lâminas estão ficando maiores e mais afiadas e já quase não resta carne para se dilacerar
Das primeiras feridas já sai pus! E a escuridão e a solidão escutam inertes meus gritos de desespero!
Sinto a vida passar e escorrer entre meus dedos!
Tais olhos que um dia trouxeram o conforto jamais conhecido
Hoje refletem o pior pesadelo! Destruindo-me, não vejo saída e nada tem graça!
Depois que do amor somente veio minha maior desgraça!
Acredite: Quando você assume responsabilidade por suas escolhas, em todo beco sem saída, surge uma passagem secreta.
Você soltou minha mão quando mais precisei de uma para segurar. Um gesto tão simples, mas que trazia um conforto em meio ao meu tormento. Era apenas uma mão.
Sob os olhos de candura
Deita-se em resplendor.
Canta em melancolia
Versos de saudade.
Que há de ser do amanhã
Quando o horizonte chegar
Sem ninguém ao lado
Para tudo se compartilhar?
Vivo
Vivo porque sinto tua energia
Vivo porque sei que não estou só
Vivo porque tenho a alegria
Vivo pra depois virar pó
Vivo porque só vós tem dó de mim
Vivo porque a humildade é tudo
Vivo porque o caminho não tem fim
Vivo porque me encontro neste mundo
Vivo porque sei que tenho Fé
Vivo porque tenho tua força
Vivo porque estou de pé
Vivo porque ninguém me coloca na forca
Vivo porque tenho o livre arbítrio
Vivo porque sou do bem
Vivo porque tenho o alívio
Vivo porque Deus me fez alguém
Hoje eu gritei
Hoje eu gritei comigo,
a raiva fervendo em cada palavra,
ódio espalhado como veneno,
amor não correspondido, uma ferida aberta.
Hoje eu gritei com ele,
em desespero e frustração,
implorando por um pouco de atenção,
mas só recebi silêncio, um eco vazio.
Hoje eu gritei com a gente,
lembranças rasgadas, promessas quebradas,
nossos sonhos desfeitos,
restos de um "nós" que nunca foi.
Hoje não encontrei os meus sapatos,
não consegui regar minhas flores,
não vejo meu reflexo no espelho,
porque a dor me cegou, me engoliu inteiro.
Porque me deixaram gritar?
Minhas vozes se perderam na tempestade,
cada grito uma lâmina cortando a alma,
até que deixei de existir, consumido pela dor.
Hoje eu gritei,
e no fim, o grito me silenciou,
morreu uma parte de mim,
que nunca mais vai entender,
a dor que ficou.
Quero tanto te falar, mas ao mesmo tempo tenho um medo maior do que a vontade. Pois todas as vezes que eu falo algo sou entendido errado e acabo ouvindo o que não esperava nunca ouvir.
Interessante como todo dia tenho um pensamento sobre o que ocorreu, que me deixa desiludido.
Mas o mais interessante é como eu me levanto todos os dias desses tombos...
O que me levanta? O amor que sinto por você!
Na verdade, não suporto um segundo longe de você.
Me faz falta, me faz doer o coração, sentir um vazio no peito, uma faca me rasgando em dois.
Que saudade de você...
NUNCA MAIS
Eu a amei, me recuso a repetir, Nevermore!
Escrevo E-cartas com súplicas e clamor
Lavrei-as nessa solidão, fúrias com primor
Revejo fotos, tudo me diz rememore.
És a ave que, do busto grita, não demore?
Nunca mais. Nunca mais vou viver com temor
Que me negues seu beijo que causa tremor
Um adolescente que toca o seio e se enamore.
Converso com a ave, ela espera que eu melhore
E faça uma nova poesia que ademais, só piore.
Teço linhas recheadas do mais puro fervor.
Dediquei palavras, fi-lo com mais puro amor
Dos negros cumes, profundos céus, meu temor
Nevermore, meu luto eterno, apavore.
Mesmo estando com você, eu sinto saudade.
Saudade de você me abraçando, como eu te abraço. Me beijando como eu te beijo. Te querendo com a vontade que eu te quero.
Volta pra mim mesmo estando comigo.
Como? Volta a ser como era antes.
Já não posso ficar de pé.
Sinto o peso do mundo caído sobre as minhas costas.
Já não abro os meus olhos
A pouca serenidade cegou a minha alma
Já nem oiço, tapei os meus ouvidos
E não com as mãos, mas com a alma
Porque cansei de tanto ouvir ruídos
Que já não me falam de bem de amor
Que já não me guiam e levam tudo para o rancor
Já não ando, para não cair nos buracos que eu cavei
Por agora acendo o cigarro, porque sei que não irá virar-se contra mim para queimar.
E isso, só imaginei.
Por favor, não me machuque...
A imagem que eu tenho de voce é que não faria isso comigo nunca.
Por favor, amor, não me machuque nunca mais...
