Amor Recolhido
Posso estar distante das pessoas que amo, mas sempre as abraço em minhas orações… Porque o amor verdadeiro não conhece distância, ele se faz presente no silêncio, nas lembranças e nas bênçãos que peço a Deus por cada um deles.
Muito se escreve sobre motivação, e até o trabalho fica mais leve, quando fazemos com amor e paixão.
A distância, meu amor, é só um nome frio,
Um mapa inútil, um cruel vazio.
Entre o meu corpo e o teu, um mar imenso existe,
E a saudade, em meu peito, teimosamente insiste.
Cada noite que cai, é um punhal de pranto,
Sinto a falta do teu cheiro, do teu doce encanto.
Mas juro, com a dor que me rasga a alma inteira,
Que este amor é chama, e a distância é só a fogueira.
Não há léguas que quebrem este nosso laço,
Pois te carrego na pele, no sonho, no abraço
Que só a lembrança permite. Não te aflijas, meu bem,
A distância só prova o tamanho que o amor tem.
Ó meu ex-amor, meu caos e minha calmaria,
A ti não resta rancor, mas uma estranha gratidão.
Eu era a argila mole, entregue à tua alquimia,
E o teu adeus forjou a minha reconstrução.
Teu nome ainda ecoa, um sussurro na memória,
Mas já não é tormenta, é a marca que me fez.
A vida que findou, de luto e velha história,
Foi o solo onde floresceu a minha nova vez.
Obrigado por ter me transformado, sem querer,
Nesta alma de aço polido que hoje se levanta.
Eu sou a prova viva de que a dor pode vencer
E que a maior ferida é o que mais nos implanta.
Não sou mais quem te amava, a sombra submissa e frágil,
Sou a força que nasceu quando a ponte se quebrou.
O teu abandono, duro, frio e indizivelmente ágil,
Foi o preço que paguei pela pessoa que eu sou agora.
Fica o passado à deriva, a saudade que se esvai.
Eu sou o teu legado, a obra que a dor lapidou.
Vai em paz. Eu brilho sozinho, e isso me basta.
Fui destruído por ti, mas a ti, muito obrigado.
Ó meu ex-amor, a sombra que já não me alcança,
Hoje a brisa que sopra é de um novo amanhã.
Houve dor, sim, mas nela encontrei a esperança,
A força que brotou de uma antiga manhã vã.
Fui teu espelho quebrado, tua voz que silenciou,
Mas a poeira baixou, e a vista ficou clara.
Obrigado por ter me transformado, o que restou
Não é mágoa, é a coragem que em mim se declarou.
Nesta pessoa que eu sou agora, não há vestígio
Daquelas amarras que um dia me prenderam.
O medo se foi, e cada antigo vestígio
De um tempo de trevas, meus olhos já não viram.
Fui casulo em choro, hoje borboleta em voo,
Cruzando horizontes que jamais sonhei tocar.
A tua ausência, enfim, foi o vento que me impulsionou,
E o passado distante não mais me pode assombrar.
Que a vida te siga e que o teu caminho seja,
Eu sigo o meu, com um brilho que só se acendeu.
Agradeço a lição que o teu adeus me legou e teja
A paz em meu peito, um amor que me renasceu.
Ó meu ex-amor, o eco doce de um adeus.
Ainda sinto o frio em certas manhãs vazias,
Um véu de fumaça que paira entre os meus
Pensamentos, tecendo as velhas melancolias.
Tu foste a forja cruel que me moldou, é certo.
Em cada cicatriz, levo um pouco do que fui.
Transformaste-me em alguém que hoje me é incerto,
Um novo ser nascido da dor que me construiu.
Agradeço, sim, a pessoa que agora sou,
Mais forte, mais ciente, mas também mais calada.
Em cada passo novo, a ausência que restou,
Uma canção de ninar que a alma tem guardada.
Obrigado por ter me transformado, mas a que custo?
Nesta jornada fria, onde o brilho se apagou.
Sou a estrela que renasceu, porém, com certo susto,
Pois a chama que tu foste jamais me abandonou.
Eu sou o paradoxo do teu partir e do meu vir,
Uma obra de arte triste, pintada em tons pastéis.
Eu sou agora o silêncio que aprendi a seguir,
Um jardim de lembranças sob chuvas e sob céus.
Amor Mortal
Ouvi um raio —
tremeu
…a alma, os cílios.
Raio contundente,
frio,
escuro,
e, ao mesmo tempo, divino!
Um gostar de sentir calafrio,
ausências e inseguranças,
frio na barriga…
Isso é amor?
(pelo menos, para mim, é.)
Insuportável a harpa angelical
dos casais tão simples:
“Oi, amor!”
“Bom dia, amor!”
“Durma bem, amor!”
Penso que morro em vida.
Uma sombra… sussurros…
Arrepios…
Fico surdo,
estático,
só admirando aquela figura
magra e gélida.
Ela se despe —
vestida de ossos pontudos!
Como não desejar sua morte?
Me reeduquei da maneira errada.
Confiar no amor das pessoas é um erro. As pessoas são decisões ambulantes e transitórias; carregam em si o princípio da incerteza.
Quem ontem estava perto, hoje pode estar longe.
Quem está longe, às vezes deseja estar por perto.
Tudo é ilusão. A qualquer momento, você estará sozinho.
Ninguém realmente ama — apenas decide se fica ou se vai.
Aprendi a viver. Isso já não me afeta.
Posso amar, mas também sei desistir.
Não sei insistir, porque ninguém é ouro.
Carne podre sempre será carne podre.
Novembro de Pombeiro em flor,
encantamento com a chuva
molhando a terra com amor,
Não é preciso buscar nenhum
tipo de validação externa,
Quem ama esta terra
não a trata como opção
e nem pensa em substituição,
Falta aprender a olhar
com compromisso e coração.
(É sobre a nossa percepção).
O amor
Sem
Sofrimento
É como
A rosa
Sem os seus
Espinhos
Está
Desprotegido
Da vida
E designado ao ceifamento
Da sua origem
Na terra
Que
Foi semeado
Com
Carinho, ternura
E delicadeza na esperança
Do florescer...
Pratiquemos
O bem
Mesmo que a ingratidão
Impere
Pois
Com persistência
Amor e carinho
Libertamos
Almas aprisionadas
Pelo mal.
Natiruts
Ao som de Natiruts, sinto teu amor
É lindo, e estou feliz, que trouxe meu amor (você)
Estou feliz
Me faz bem ou mal, eu esqueço da capital.
Estou feliz agora, por me trazer meu amor (você)
Estou feliz agora.
A caridade é a linguagem universal do amor.
Quando estendemos a mão, sem esperar nada em troca, nos tornamos verdadeiros instrumentos do Criador.
