Amor Instantaneo
O que mais doe, uma carta escrita, uma mensagem de texto ou uma palavra verbalizada?Quando analisamos com o coração todas essas maneiras de expressão, de uma forma ou outra, dependendo do que for escrito ou dito, trará um efeito de paz ou de dor.
Devemos analisar minuciosamente, com cautela e discernimento, tudo que iremos falar. Uma notícia boa alegra o coração, traz vida, traz paz interior, é nos faz querer ouvir novamente, o que conforta a nossa alma e alegra o nosso espírito porque foi uma palavra branda.
Já uma palavra fora do lugar, de derrota, de humilhações de desânimo influência todo o nosso ser, por isso tomemos cuidado quando verbalização é escrever nossas emoções, a bíblia afirma que uma palavra branda acalma o furor, a ira, mais uma palavra frívola incendeia a raiva, entristece corações, faz decair o rosto.
Já dizia o provérbio que a boca fala o que está cheio o coração.
E tão logo se esvazie de tudo que lhe traz dor, se encha da paz que o Espírito Santo lhe dá, e verbalize ou escreva com a doçura do seu coração.
Paráfrase por Bispo José Nildo Lima.
Quando te chamei, ansiava por algo
que me era precioso: o nada.
Não pensava na sua voz, no seu corpo,
o brilho do seu olhar, queria o nada.
Não queria seu amor, sua alegria ou
sua tristeza, seu riso ou seu choro.
Somente o nada.
Não pensava na sua alma ou na minha.
Queria sua presença somente para nada.
Precisava de você apenas por você.
Poderia ser no nada, eu não me importaria.
Naquele momento só tinha um pensamento:
Você. Por quê? Não sei, era para nada.
Não queria minhas desculpas nem ouvir suas desculpas.
Era o seu nome na minha cabeça e mais nada.
Como posso dizer por que te procurava?
Se eu queria você sem motivo
Se não consigo dizer o que era sentido
e qual era o sentido, não consigo dizer
Então cheguei à conclusão que esse nada
em você é mais que tudo e mais que todos.
Me perdoa por não estar bem.
Achei que era forte… mas me perdi nos meus próprios dias difíceis.
Só queria ter feito tudo melhor.
Me afoguei nas preocupações,
e deixei de ser aquele homem que brilha nos teus olhos.
Voltei pra casa de mãos vazias e coração frio,
tentando me aquecer no calor do teu sorriso,
mesmo que fosse só pela tela do celular.
Mas o sol nasce…
e com ele, nasce também a esperança
de um novo dia.
Um dia em que eu consiga esquecer a dor,
e ser só aquele homem
que você um dia sonhou ter ao lado.
Desculpa se sangrei…
Tentei esconder a dor,
mas ela transbordou pelos olhos
e manchou os dias com silêncios.
Sigo devagar…
Às vezes paro,
respiro,
e busco paz em pequenas doses.
Só quero viver o agora…
e se for contigo,
melhor ainda.
O mundo vê a mulher firme… Mas só meu reflexo entende o quanto me entrego em silêncio
E é no secreto que Deus me envolve com Seu amor e me devolve em paz.
O que sinto nem sempre sei dizer, mas quando é verdadeiro, torna-se evidente até no silêncio, como quem ama sem precisar anunciar.
Queria, por um instante, ser como tu, só pra entender a versão de mim que tu enxerga, como tu enxerga essa minha insistência em carregar o peso do nosso passado como se fosse uma partícula que não sabe se deve colapsar ou se expandir. Talvez, se eu fosse como tu, finalmente entenderia a gravidade desse vácuo entre nós — ou talvez fosse só mais um estado instável, um efeito quântico que não se explica.
' Meu querer por estar com você vislumbra
imaginar seu toque, seu cheiro o gosto do teu beijo.
Queria poder todos os dias olhar nos seus olhos e dizer o quanto você me trás felicidade.
Seus olhares, seus abraços, seus sorrisos me conquistaram de tal maneira que agora não posso deixar de
Adorar estar, adorar ter, adorar viver, adorar saber tudo em você.'
'Tão fácil é expressar o que estou sentindo como um Mustang correndo livre pelas pradarias.
Tão fácil foi apaixonar-me por seu sorriso como o Rio que segue em direção ao mar.
Tão grande é desejar o prazer de sua companhia como é enaltecer um pôr do sol.
Tão certo estou de meus sentimentos como é saber que as folhas se renovam no outono. '
TRAZER-TE À POESIA (soneto)
Quando te evoco, a poesia apaixonada
Provê dum emotivo ardor que imagina
Cada versar: cheio de amor, ah! divina
Emoção. Sussurra a paixão, enamorada
Vejo ventura, ó sensação, tão doirada
Do olhar, afago, que a poética ilumina
Tirando a inspiração duma dura rotina
Alumiando o vale da alma arrebatada
Ouço a tua voz no meu pensamento
E o peito que, no sentimento ungido
Modula o soneto de ternuras cheia
E sinto, do teu beijo o encantamento
Na metrificação cada arrepio sentido:
Contenta... realiza... ocupa... devaneia.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 junho, 2025, 14’52” – Araguari, MG
Pedaços, Pedaços, Pedaços e mais Pedaços
Eu não quero pedaços grandes para eu me sujar, quero pequenos e doces capazes de eu aguentar.
Prefiro os pedaços pequenos e doces da vida, porque promessas grandes demais quase sempre machucam.
Aprendi a querer pouco e doce, porque o muito sempre vem com dor.
Prometeram o mundo, mas deixaram cicatrizes. hoje, só aceito migalhas que não machucam.
Pedaços grandes demais costumam sufocar; por isso escolhi o que é pequeno, sincero e leve.
Já me perdi em promessas enormes. agora só quero o que cabe no coração sem ferir.
Cansei do exagero que fere. Me contento com o pouco que não me faz sangrar
Relato: Meu Pai e o Silêncio das Palavras Escritas
Meu pai é pedreiro. Um homem de mãos firmes, calejadas pelo tempo e pelo trabalho, mas de um coração imenso, onde sempre couberam todos nós, seus filhos. Cresci vendo nele um exemplo de dignidade e esforço, mesmo sem saber, por muito tempo, que ele carregava consigo uma ausência dolorosa: a de não ter sido alfabetizado.
Ele sempre viveu bem, dentro do possível. Cumpria seus deveres com dignidade, ria com facilidade e fazia da simplicidade sua maior riqueza. Mas havia algo que o limitava — o mundo das palavras escritas. Ler um bilhete, uma receita, um endereço... tudo isso exigia ajuda. E ele pedia, com naturalidade, mas também com aquele olhar que escondia algo mais: a falta de uma oportunidade que a vida lhe negou cedo demais.
Lembro de um dia em especial. Na correria da rotina, mandei uma mensagem de texto pelo WhatsApp. Algo simples, rápido, como fazemos com qualquer pessoa. Minutos depois, ele me respondeu com um áudio. A voz dele, firme, disse com doçura e um leve constrangimento: “Filho, fala por áudio, por favor... seu pai não sei ler.”
Foi como um soco silencioso no peito. Eu sempre soube, mas naquele momento, ouvir da boca dele foi diferente. Doeu. Doeu por ele. Por tudo que ele poderia ter vivido se a educação tivesse chegado a tempo. Ele não teve escolha. Precisou largar tudo muito cedo para assumir responsabilidades de gente grande — cuidar da família, trabalhar, garantir o pão.
Mesmo sem ter lido uma só linha de Machado de Assis ou escrito uma carta de próprio punho, meu pai me ensinou lições que livro nenhum traz: sobre coragem, humildade, força e amor. Seu analfabetismo nunca foi sinônimo de ignorância, mas de uma sociedade que ainda falha em garantir a todos o direito de aprender.
Hoje, mais do que nunca, acredito que lutar pela alfabetização de jovens, adultos e idosos é também honrar a história de milhares de “pais” como o meu, que mesmo sem saber ler, escreveram com suor a própria vida.
Cronica “Seu pai não sei ler”
Era fim de tarde quando, na pressa dos dias que a gente já não vive, apenas atravessa, mandei uma mensagem de texto para meu pai pelo WhatsApp. Algo simples, corriqueiro, como quem diz “tô indo”, “compra pão”, “te amo”.
Passaram-se uns minutos. Chegou um áudio. Apertei o play, distraído — e fui parando, devagar, como quem freia diante de algo que nunca deveria ter passado batido. Do outro lado, a voz dele. Firme, mas doce. E, entre pausas que diziam muito, ele soltou a frase que carrego até hoje como cicatriz:
“Filho, fala por áudio, por favor... seu pai não sei ler.”
A frase veio seca, sem rodeios, sem drama. Mas bastou para me desmontar por dentro. Naquele momento, percebi que a ausência das letras tinha um nome, um rosto, e mãos calejadas: meu pai.
Ele, que desde novo trocou cadernos por tijolos. Que largou a infância para vestir o avental do trabalho e o peso de uma casa inteira nas costas. Nunca teve tempo de ser aluno. A escola da vida o esperava com lições duras e sem recreio.
Mesmo sem saber ler, meu pai sempre foi sábio. Sabia interpretar silêncios, somar esperanças, dividir pão e multiplicar amor. Ele escrevia com gestos. E ainda que seus dedos nunca tenham deslizado sobre uma página, eles desenhavam o mundo com dignidade — cada parede erguida, cada telha assentada, era uma frase inteira dizendo: “eu estou aqui”.
Nunca vi meu pai se envergonhar por não saber ler. Mas percebi, nas entrelinhas dos dias, a solidão de quem vive num país onde tudo grita por letras. Placas, receitas, contratos, celulares... O mundo exige leitura. E quem não a tem, acaba empurrado para a margem — como se fosse menos, quando, na verdade, é mais: mais forte, mais lutador, mais humano.
Meu pai é daqueles heróis que não cabem nos livros, porque ele é o livro. Sua vida, cada capítulo, é aula de resistência. Nunca frequentou uma sala de aula, mas me ensinou tudo que importa: respeito, esforço, afeto e verdade.
Hoje, quando falo sobre alfabetização de jovens, adultos e idosos, penso nele. E em tantos outros “seu João”, “dona Maria”, “seu Antônio”, que a sociedade esqueceu. Alfabetizar não é apenas ensinar letras; é devolver a voz a quem só foi ouvido por áudio.
Se um dia eu tiver filhos, e eles me perguntarem quem me ensinou a ler a vida, responderei com orgulho: foi meu pai — mesmo sem saber ler.
Os verdadeiros laços de afeto são como âncoras invisíveis que nos mantêm conectados ao mundo.
Sem eles, podemos nos encontrar perdidos em meio à multidão, experimentando a mais profunda das solidões: aquela que habita corações cercados de pessoas, mas vazios de pertencimento.
Um Ponto de Luz
Na vasta penumbra da noite,
um ponto de luz sussurra a aurora.
É a esperança, não nomeada,
que tece a certeza de um novo dia.
Um instante — hora, minuto, segundo —
se transfigura em eternidade.
Banhado pela aura do que não se explica,
mergulho na corrente oculta da natureza.
Que grandeza, sem palavras para contê-la!
É o ser que se encanta e se deixa encantar,
um pulsar que luta, um véu que se revela,
chama serena que ilumina a vida.
E as lágrimas?
Faróis em alto-mar,
guiam a alma à deriva,
sinalizam o caminho na imensidão.
Um ponto de luz,
tecido no silêncio,
é a dança do eterno
que abraça o instante sem fim.
Ver gente feliz, é como tomar uma xícara de café que acabou de ser coado, cheio de afeto!
Com um belo pão de queijo, sentado na varanda e de vista, um belo amanhecer chuvoso.
Sua única preocupação é alimentar o seu gado, galinha e pato, e pra tudo ser perfeito, amar e cuidar daquele que você escolheu como companhia, pro resto da sua vida.
Porque, no fim das contas, sempre será sobre quem Deus É!
“Não julgue para não ser julgada.
Não jogue pedras para não as receber de volta.
Não xingue para não ser ofendida.
Não maltrate para não ser destruída.
Seja apenas amor, deleite e paz.”
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