Amor Impossivel Martha Medeiros
Há duas formas de amar: A primeira é pelo que vemos com os olhos e a segunda é pelo que vemos com o coração.
Banalizaram tanto o 'eu te amo' que ele perdeu totalmente a sua essência romântica e a aura de encanto que o envolvia. Desprovido da beleza original, o sentimento nobre tornou-se meramente uma isca para atrair o bicho humano na sua fase de carência.
Nunca te procurei, apenas esperei que chegasse com o coração banhado de saudade. Desde tempos remotos, você já morava em mim.
Ela tinha uma vontade louca de dizer a ele coisas significativas, belas e grandes, mas nunca conseguiu. Na sua inocência de menina não sabia que perante a grandeza do amor qualquer palavra é pequena.
Independente da etnia, raça ou ideologia, somos todos animais ariscos domesticados pelo milagre do amor.
Busco o equilíbrio com todas as minhas forças e crescer espiritualmente é a minha meta de vida, mas enquanto esse equilíbrio não chega sou um anjo para os que me despertam ternura e o demônio para os que atiçam o meu ódio.
Nunca houve reticências, tampouco, interrogação. Quando nasceu já era exato, quando começou já era amor.
É tanta lágrima represada, tanta mágoa guardada, tantos sonhos desfeitos, tanta decepção e desilusão, tanto remendo que a gente faz nos sentimentos na esperança de que volte a ser inteiro, que chega uma hora que fica difícil de acreditar que essa coisa imprecisa e tão desprovida de encanto, um dia foi um amor tão grande, puro, lindo e tão cheio de certezas.
Se olhares bem no fundo dos meus olhos verá interjeições exclamativas de tristeza, mas na iris banhada pelas lágrimas, verá também o brilho de um amor-próprio que você nunca vai ser capaz de apagar.
E, ela aproveitou o vazio da ausência dele para se movimentar dentro de si mesma com a liberdade que há tempos não tinha, faxinou todos os cantos, jogou fora tudo que não acrescentava mais, encheu-se de amor-próprio e aprendeu a amar a própria companhia.
Nunca fui de aceitar de forma passiva o que me desagrada, me tira a paz ou me rouba o riso.
Nunca fui de me acovardar diante dos fatos e compactuar com a injustiça. Nunca fui dessas que se esconde atrás da fragilidade de ser mulher e fica olhando a vida passar pelas frestas do medo. Nunca fui dada a fingimentos, principalmente quando tenho que fingir quem não sou para agradar quem quer que seja. Nunca fui de me conformar com um sorriso amarelo quando a minha alma pede para gargalhar e também nunca fui de aprisionar as lágrimas quando insistem em cair. Nunca fui dessas que fica no chão depois de uma queda e confesso que foram muitas antes de descobrir que eu tenha asas. Nem por instante abandono meus objetivos de ser quem eu quero ou ter o que desejo. Sou grata a quem sou e ao que tenho, mas ainda tenho muita para aprender, evoluir e crescer.