Amor de Tios
A gente diz que morre de saudade, mas na verdade saudade não mata não moço. Descobri isso com sua ausência. Saudade não mata não. Ela só faz uma ferida no coração. Que dói tanto, que a gente pensa que vai morrer.
Enquanto fazia minhas malas para sair mundo à fora na tentativa de recomeçar, levei um pedacinho de você comigo, bem guardado, para lembrar que sempre teria você. Fomos amor, puro amor, até o fim. Nós demos certo sim, só não fomos para sempre.
Quando você foi embora, segurou na minha mão bem forte e disse que queria muito que tivesse dado certo. E lembro que ali foi o nosso adeus.
Então, pare de complicar tudo e apenas ame. Se não der certo, espere, o destino vai se encarregar de trazer pra você um novo amor. Porque a vida é curta e linda demais, e amores tem que ser vividos intensamente. O que não dá é pra você desistir sempre após uma tentativa. Já dizia Armandinho: "Não dá pra viver nessa vida morrendo de amor".
Cada vez mais
Cada vez mais a languidez que seu sorriso me tras
No olhar de uma dama a culpa um rapais
Cada vez mais deleitarme em seus lábios
a ternura da tua pele regozejo lamuirias perdidas em outrora.
Cada vez mais sem depreender por que te quero cada vez mais.
Coincidência e Circunstância
– Fritei um ovo, ou melhor fiz um ovo mexido do jeito que você gosta. Agora coma e para de fazer pergunta sobre seu pai – disse a mãe.
E o dia do lado de fora visto já vidraça da janela da cozinha, com cheiro de café da manhã, estava meio acinzentado. Parecendo que acabou de chover ou a chuva estava para vim. E era um clima tão tenso quanto o clima cá dentro da casa.
– O imbecil do seu pai não foi um herói de guerra. Foi um idiota que nos abandonou e simplesmente foi embora. Não era isso que você queria saber? – disse a mãe.
Será que para uma criança não era uma carga pesada demais? Mesmo a criança querendo saber a verdade sobre seu pai? Mesmo a verdade sendo tão importante? Pesada ou não é melhor dizer a verdade do quer escondê-la por debaixo dos panos.
E do outro lado da rua daquela cidadezinha americana tão pacata. Havia outra casa bem na frente, frente a frente com a outra. Como se estivesse uma olhando para a outra. E nessa outra casa se passava mais ou menos a mesma história.
– Coma o seu café da manha que eu fiz com tanto carinho. E tente esquecer da sua mãe. Eu sinto muito – disse um pai a sua querida filha.
Ambos os pais moravam praticamente um de frente por outro a quase 20 anos e nunca se falaram. Muito menos se viram olhos nos olhos, pareciam então que moravam em galáxias, planetas, mundos totalmente diferentes um do outro. Pôs nunca se viram e quando digo nunca é nunca mesmo.
Suas vidas tão parecidas. Mas, tão distante uma da outra devido a tantas coincidências e circunstâncias.
E parecia que o inverno não e a embora tão sedo, por ter simplesmente acabado de chegar também tão sedo, bem naquela manhã tão fria.
Quem diria que quando o inverno fosse embora ou simplesmente passassem. Algo tão inesperado quanto impossível, aconteceria na vida daquela mãe e pai solteiros. Que teve seus destinos traçados e mudados por erros cometidos durantes suas vidas.
– Sua mãe simplesmente não prestava. É isso minha filha, ela apenas te deu a vida e depois foi embora – disse naquela mesma manhã o pai a filha.
Então o tempo frio do inverno tinha felizmente se passado e numa manhã o verão nascia, junto com o sol tão quente, quanto contente e caloroso.
E ao mesmo tempo que cada um deles seguia para o lado oposto. Ao levarem seus filhos para escola. Naquele primeiro dia de verão mostrou como depois de tantos anos, vivendo um de frente por outro, numa cidadezinha tão fria e pacata. O sol uniu pela primeira vez os seus olhos daquele casal de pais solteiros.
E tanto, Clara, quanto, Lucio, tiveram a mesma ideia, que foi a de acampar em um parque florestal perto das montanhas. E por pura coincidência o filho de Clara se chamava, Lucio, chamado carinhosamente pela mãe como: “Lucinho” E a sim como a filha de Lucio também por um tal e pura coincidência, se chamava Clara, chamada carinhosamente de: “Clarinha” pelo pai.
E quando abriram a porta de casa praticamente ao mesmo tempo os olhos de Lucio e Clara se encontraram. E ambos sentiram uma alegria inexplicável e Lucio correu ater a vizinha Clara, que era mais nova do que ele e disse:
– É a primeira vez que eu ti vejo aqui, eu me chamo Lucio, é um prazer te conhecer – disse ele tão encantado com a moça.
– Eu me chamo Lucia é um prazer para mim também. Moro aqui a tanto tempo. Quase 20 anos.
– E eu bem mais – lembrou Lucio – Então ele perguntou – Para onde vocês estão indo?
– Estamos indo acampar no parque florestal entre as montanhas.
– Eu também com minha filha – disse Lucio seguindo de – Podemos ir todos no meu ou no seu carro.
– Serio? – disse Clara seguindo de mais algumas palavras também, como – Maravilha, então está bom. A sim podemos nos conhecer melhor.
– Perfeito! – disse Lucio sorridente.
Desde daquele verão ambos viveram juntos para sempre, seja por coincidência e circunstância, o amor simplesmente acontece, quando tende de acontecer.
Por que você me deixou me queimar nas chamas?Eu era tão jovem!
Quem você pensa que é para tirar a minha fé?
Por que você disse que iria ser aquilo que não é? Eu tenho perguntas.
A resistência chegou com o tempo, quando percebeu que as dores que vêm, já vieram e já se foram antes, tantas vezes que agora parecem trazer consigo a anestesia. Pensando melhor, não era resistência, mas a percepção de que a vida é feita de fases, de reprises.
Se o ser humano voltar a ser capaz de amar, cuidar e proteger os animais, então haverá esperança para o seu semelhante.
Sedução
Me beijou com a boca molhada de saliva doce, com gosto de anis.
Me seduziu, tirou a frieza de um tempo sem volta e sem revolta.
Fui cedendo e te querendo.
Com muito medo, embarquei em seus desejos.
Que louca! Perdi a noção, me entreguei...
Sem escrúpulos embarquei e morri nos seus braços de abraços quentes.
Me fez mulher, te fiz homem.
Em ti confiei e tu em mim confiaste,fizemos loucuras imensuráveis.
Estou à deriva, seu amor me deixou frágil como um barco de papel.
Navego em um rio seco sem rumo, aguardo o socorro da sua boca sedenta.
Fica, sou nada sem você,sou como uma pluma jogada ao vento.
Como bolas de sabão soprada com fúria, sem destino, assim me encontro
Não me rendo, já caí,fui torpedeada por uma flechada do seu olhar.
Estou às cegas, seu encanto me seduziu na mais pura das paixões.
Agora o que faço sem você? Nada...só te espero na certeza que me quer.
Vou mergulhar nos sonhos que sonhei.
Quero acordar com você me amando e me pedindo para ficar.
Jádi Ramalho
- As vezes ou quase sempre é melhor não ter o que dizer, Quando os olhos se falam , o coração palpita mas é a boca que proclama o EU TE AMO.
-A proclamação do "EU TE AMO" - Di Correia
Tudo mudou o tempo passou mais não esqueço o primeiro dia que te encontrei pela primeira vez sei que você mudou sei que eu mudei mais aquele amor que eu tiver quando de encontrei continua o mesmo até hoje
Eu me importei demais, talvez você nem imagine o quanto eu fui louco por você. Eu fiquei cego, fui inconsciente e imprudente com as minhas atitudes. Abri mão de muita coisa, estendi os meus dois braços e servi como apoio, quando a sua estrutura estava frágil. Me prejudiquei, mas nunca cheguei atrasado. Sempre estive adiantado, com surpresas, um colo quente, um carinho antes de dormir e, principalmente, com a minha indescritível ânsia em acertar, e te oferecer tudo aquilo que eu julguei que você merecesse ter e sentir. Acho que eu fui demais, para alguém de menos. Atropelei as nossas diferenças, que cedo ou tarde, eu sabia que iriam me dar um tapa na cara.
Dito e feito, eu apanhei e acordei para a vida…
