Amor de Tia

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Amor sem tréguas

É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.

Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não de vê.

Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá do que for.

Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
qua a sonhar se precise.

Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.

É próprio do amor (...) ser obrigado a aumentar, sob pena de enfraquecer.

Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incômodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.

O amor e a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem.

O amor é um egoísmo a dois.

As loucuras provêm da natureza íntima do verdadeiro amor.

O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.

A fome e o amor são os dois sexos do mundo. A humanidade gira toda sobre o amor e a fome.

Sem a alegria, a humanidade não compreende a simpatia nem o amor.

O amor do poeta é maior que o de nenhum homem; porque é imenso, como o ideal, que ele compreende, eterno, como o seu nome, que nunca perece.

Antes que amor, que dinheiro, que fama, conceda-me a verdade.

No amor, a autoridade é por direito daquele que ama menos.

Nada é mais potente contra o amor do que a impotência.

O homem dá a vida pelo amor, e julga não ter dado nada.

O tempo, tudo o consome e apenas o amor o aproveita.

Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.

O amor nascente é tão melindroso, pueril e tímido, que receia desagradar até com o pensamento ao ídolo da sua concentrada adoração.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Cenas da Foz, 1857

O amor é um estado essencialmente transitório. É como uma enfermidade. Tem a sua fase de incubação, o seu período agudo, a sua declinação e a sua convalescença. É um fato reconhecido e ratificado por todos os fisiologistas das paixões.

A ociosidade faz nascer o amor e, uma vez desperto, conserva-o. É a causa e o alimento deste mal delicioso.

O amor é como o sarampo: quanto mais tarde chega na vida, mais perigoso é.