Amizade um Principio de Reciprocidade
Amar uma pessoa é inevitável.
Se relacionar com ela é questão de escolha. Sentiu que é treta? Corra!
Na vida nada é pra sempre,
e quem não aceita padece.
Se após tempestade tem bonança
o contrário também acontece.
Eu já conheci o amor,
daqueles que entorpece,
Mas um dia acabou,
sem que a gente quisesse.
Um amor tão amigo,
que acolhe e aquece,
foi ficando no caminho
sem que a gente percebesse.
Hoje, melhores amigos,
e isso nos favorece,
porém não é o bastante,
e isso me entristece.
Porém eu não vou chorar
ao verofim do que foi belo.
Só tenho a te agradecer,
por ser amigo e sincero.
Pra que tudo não se acabe,
mantenha a sinceridade,
e vamos mudar para o tom,
amarelo da amizade.
Os jovens que desistem de viver para não sofrer, são zumbis no vazio que criam em seu entorno.
...
..
.
Amor... e Morte...
O amor
é como a morte
ato banal de todo dia...
Emoção forte
de tristeza ou de alegria,
ele sempre nos surpreende, e a ele nunca nos acostumamos
talvez...
O amor é como a morte:
quando amamos
é sempre a primeira vez.
Soneto à tua volta
Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.
Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!
Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...
Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...
(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)
Quando chegares...
Não sei se voltarás
sei que te espero.
Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.
A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...
Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...
Mas quem disse que as folhas de Outono são folhas mortas? Elas dançam valsa bem lenta, quando o vento as embala ao redor das árvores.
Capricho da memória:
de tantos momentos em que te vejo
e em que no meu pensamento
tua imagem se insinua,
havia de fixar-te, naquele íntimo instante
em que mais te desejo:
inteiramente nua!
Essa...
Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava
olhos tontos do amor de que aos poucos me farto,
ontem... era a mulher ideal que eu procurava
que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto...
Essa, que ao meu olhar parado e indiferente
há pouco se despiu - divinamente nua -,
já me ouviu murmurar em êxtase, fremente:
- Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua !
Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos,
num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios,
já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos
com a beleza estonteante e morna dos seus seios !
Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços
e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez.
- segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos..
- amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez...
Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos
já não guarda as surpresas de antes para mim...
(Não importa se há livros muita vez relidos
importa... é que afinal, todos eles têm fim...
Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera
e hoje não enche mais a minha solidão,
simboliza a mulher que sempre a gente espera...
mas que chega, e se vai... como todas vão...
(Do livro - Amo – 1939)
Noturno
Agora, à noite, fujo às vezes
e aporto em algum bar
Como antigamente.
Marinheiro do amor, de porto em porto,
a vida como um navio, de mar em mar...
Pensei que tinha lançado ancora,
que plantara raízes,
que não partiria mais.
E de repente, desarvoraste meu destino,
e te foste
- volto a ser o antigo marinheiro -
e sozinho, preciso embebedar-me,
agora num navio encalhado,
sem mar...
À sua passagem a noite é vermelha
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
obra poética I caminho 1999
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