Amizade Passado

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O passado não me arrasta, me arma, não é peso, mas fundação, é raiz indestrutível da árvore que sou.

O passado é um cadáver intocado pelo tempo; regressar a ele é deitar-se na podridão, aspirar a decomposição de ossos que jamais voltarão à vida. Ainda assim, minha mente enferma cava covas dentro de mim, arrancando memórias que nem sempre são minhas, mas que me invadem como larvas famintas. Eu as vivo em carne exposta, como se fossem chagas abertas, sangrando uma dor que não me pertence, mas que me consome como se fosse a única verdade que restou.

O passado não dita meu futuro, apenas mostra o quanto já venci.

O passado não me aprisiona, ele me arma para seguir adiante.

Meu passado me instruiu sem amarrar, traços velhos servem de desenho, não de cela, pinto o presente com mãos calejadas.

O passado é mapa, não cela, uso-o para não perder a rota, ele me guia sem me aprisionar.

Já fui preso ao passado, hoje sou livre na gratidão.

A vida é mais leve quando a gente deixa o passado descansar.

A alma leve pesa menos que o passado.

Meu passado foi um pedregal que feriu meus pés a cada passo. O terreno era árduo, coberto de espinhos e tropeços, e por vezes pensei em desistir. Mas hoje entendo, cada pedra teve um propósito. As dores que antes me faziam parar, agora me ensinam o valor do caminho. Nem todo sofrimento foi castigo, alguns foram lições disfarçadas de quedas, preparando-me para o chão firme que piso hoje.

Já quis voltar atrás, mas percebi que Deus só anda pra frente. Entregar o passado não é rendição, é reconhecer que há um caminho maior que nossas voltas. Olhar adiante é aceitar que alguns capítulos existem só para ensinar, não para reescrever.

Deus tirou-me do caos e deixou lembrança,
essa memória vira gratidão que não some,
o passado me lembra onde cresci e renasci,
gratidão vira mapa do meu novo começo.

O peso do passado só nos trava se deixarmos que ele dite nosso futuro.

Carrego o passado como um livro, folheio, não me prendo.

O passado é professor severo, mas pude aprender a me perdoar.

O beijo de sua boca é o pergaminho que reescreve o meu passado, transformando todas as minhas cicatrizes em mapas para o seu abraço.

A coragem presente é o memorial erguido por todas as vezes em que o terror do passado falhou miseravelmente em nos quebrar.

O passado é meu pesadelo, a obsessão que me rouba o sono. O cerne é que o incômodo não reside no que foi minha experiência, mas na amarga certeza de que isso me corrói por dentro. Afinal, mesmo que o tempo nos concedesse a volta, nesse labirinto irrecuperável, eu jamais teria o poder de alterar o que se consumou.

O passado só tem poder sobre você se a sua memória for mais forte do que a sua vontade de seguir em frente.

O passado só tem poder se você continuar voltando para visitar as ruínas.