Amizade Agente Nao Escolhe Agente Reconhece

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A cidade não é a solidão porque a cidade aniquila tudo o que povoa a solidão. A cidade é o vazio.

Quando presto algum serviço a um amigo ou lhe zelo os interesses, não há motivo para que me louvem; pois creio que apenas pratiquei um ato indigno de censura.

Não se pode chamar leitura a essa tremenda quantidade de tempo que se perde com os jornais.

Não sejamos tão exigentes: quanto mais transigentes, mais hábeis.

Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.

Para se alcançar, quanto mais não seja, a fama do pai, é preciso ser-se mais hábil do que ele.

Se você não procura perfeição, você nunca alcançará excelência.

Pouco dizemos quando o interesse ou a vaidade não nos faz falar.

O homem nasceu para o prazer: ele sente-o e não precisa de mais provas. Ele segue assim a razão, entregando-se ao prazer.

Os amigos da verdade são aqueles que a procuram e não os que se vangloriam de a ter encontrado.

As riquezas pintam o homem, e com as suas cores cobrem e escondem não apenas os defeitos do corpo, mas também os da alma.

Quando não se possa escolher senão entre a cobardia e a violência, aconselharei a violência.

São Paulo não pode parar - porque não tem estacionamento.

A solidão é um bom lugar para se visitar, mas não é nada bom para se lá ficar.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

Quem tem fome não tem escolha. O seu espírito não vem de onde ele gostaria, mas da fome.

Canção de Primavera

Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores,
Pois que Maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar, flor, já não dou.

Eu, cantar, já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.

Eu, Invernos e Outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio…
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio.

Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio,
Vem com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.

Que eu, dar flor, já não dou; cantar, não canto;
Ter sol, não tenho; e amar…
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?

José Régio
Filho do Homem

Não falar para o seu século é falar com surdos.

O exagero é sempre a exageração de algo que não o é.

Havia o escuro
mas eu não sabia onde;
teu rosto era sol.