Amigos e a Familia que Podemos Escolher

A maior das homenagens que podemos prestar à verdade é utilizá-la.

O melhor que podemos fazer de nossa vida é empregá-la em alguma coisa mais duradoura que a própria vida.

Os defeitos são por vezes os melhores adversários que podemos opor aos vícios.

O dinheiro assemelha-se a um sexto sentido sem o qual não podemos fazer o uso completo dos outros cinco.

Sem compreendermos o capitalismo não podemos compreender a sociedade humana da maneira que ela actualmente existe.

Conhecimento é saber que não podemos saber.

Nós não somos felizes, e a felicidade não existe; apenas podemos desejá-la.

Você e eu como indivíduos podemos, por meio de empréstimo, viver além de nossos meios, mas apenas por um período limitado de tempo. Porque deveríamos pensar que coletivamente, como uma nação, não estamos ligamos pelo mesma limitação?

Aquilo que os princípios têm de cômodo é que podemos sempre sacrificá-los quando é necessário.

A hora do encontro é também despedida. A plataforma desta estação é a vida.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

A verdadeira família é aquela unida pelo espírito, e não pelo sangue.

Tenho irmãos, pai, mas não tenho mãe. Quem não tem mãe, não tem família.

Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.

A natureza nos uniu em uma imensa família, e devemos viver nossas vidas unidos, ajudando uns aos outros.

O homem pode ser a cabeça da família, mas a mulher é o pescoço e ela gira a cabeça para onde ela quiser.

Passaram me de mão em mão, de família em família, família que por alguns dólares, disputavam a medíocre chance de me "educar", quando na verdade não faziam outra coisa se não me humilhar. Quando a assistente social vinha me ver, ela verificava apenas o estado de minha roupas, mas não de minha alma, nem se preocupava em imaginar que eu tivesse uma.

Tô tão só, Zézim. Tão eu-eu-comigo, porque o meu eu com a família é meio de raspão. Tá bom assim, não tenho mais medo nenhum de nenhuma emoção ou fantasia minha, sabe como? Os dias de solidão total na praia foram principalmente sadios.

Essas e outras mortes ocorridas na família me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade.

A paciência é uma maldição de família. Há sempre um coringa que não se deixa iludir. Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele.