Algumas Pessoas Nao Merecem nosso Amor
Havia acontecido tanta coisa esquisita, que a vida lá fora refletia uma prisão e o espelho de seu quarto uma alma cansada.
Fico contente ao admirar pensamentos que transbordam uma emoção incrível, onde duas linhas são suficientes para reanimar uma vida. Agradeço de coração a aqueles que escrevem com a alma e nunca por aceitação. Esses sim, esses são realmente capazes de serem poetas sem fazer poesia. Gosto do fato de saber que grandes pensadores suportam uma dor maior do que podem carregar, mesmo que isso seja árduo e inexplicável. O maior desafio de ser escritor não é escrever, mas preencher o peito de alguém com palavras tão belas que não cabem num papel.
Somos como um livro esquecido nas areias do tempo. Somos pó, um pedaço de papel, a magia em forma de palavras. Fazemos parte do desconhecido, adormecemos na penumbra perpétua. Somos ignorados, somos a capa cor de vinho que não condiz com as letras douradas. Talvez não somos nada, nem ninguém, para alguém. Mas sempre existe um outro alguém e esse ninguém nos encontrará. Seremos folheados e nossos lábios dirão o que as palavras insistem em negar: um romance, que se desvenda além do corpo e da mente. Não é para ser lido, mas sentido.
Apesar de negar o contrário, eu sempre desejei cada pedacinho da sua atenção. Provavelmente vou enlouquecer sentindo o cheiro da sua pele assombrando meus pulmões. Talvez eu tente convencê-la a voltar, ouvindo um não, que ilusoriamente será o feito mais saudável desde que você me jogou nesse túmulo de lembranças. Sairei quando for possível, empurrando palavras contra minha garganta, sabendo que o pior já se passou. Sinto a saudade em meus ossos, em cada cicatriz impregnada na parede, em cada pensamento descrito na porta. Ficarei sóbrio, enquanto eu tentar salvar a mim mesmo. E quanto a esse orgulho, não se sinta negligente ou imprudente, não tente refazer seus passos igual um fantasma, o passado estará sempre lá para te assombrar.
Quem me dera fosse drama o que estou sentindo, embora passe bem longe disso. São crises de orgulho misturadas com doses de incerteza. É saber que tanto me importei com alguém que pouco se lixou. Meu bem, eu tenho vontade de revirar essa sua cabeça de borboleta e deixar um recado nada gentil lá. Seria algo assim: sua idiota, eu te amava.
Vejo o espelho e encontro eu mesmo. Nesta jaula mental eu permaneço aprisionado. Olho para minha criança interior e sussurro: cuidado com os sonhos. E eu seguro ela para ela não chorar, diante de olhos que se tornaram geleiras. Minha fraca respiração guia o vento, enquanto eu destruo o inquebrável. Liberdade, para um coração que é um oceano e pensamentos que são uma galáxia. Apenas observo os imbecis, porque é assim que me sinto: perdido, nessa selva sádica onde todos falam, mas ninguém entende nada.
Acredito que você precise chegar no fundo do poço para entender, que é fácil qualquer um dizer que já chegou até lá. Embora nunca se pegou olhando para essa coisa chamada ódio e gritou com toda a sua fúria, saia daqui.
Qualquer felicidade dura apenas um pequeno momento. Ela se vai como uma folha carregada pelo vento ou como um raio que ilumina o horizonte. A felicidade que me refiro não cabe numa única palavra, é um abraço seu que pode simplesmente desaparecer como um pássaro no céu. E quer saber, essa felicidade está muito distante, mas para toda distância existe um ponto de encontro. É esse ponto que eu preciso alcançar.
Basta fechar seus olhos para desaparecer em si mesmo, uma linha tênue a ser traçada entre o mundo dos sonhos e da realidade. É fácil se entregar ao sofrimento, quando as feridas abertas expõem a nossa vã inocência. É árduo saber que metade da sua luz se apaga, quando a frágil arte da existência significa persistir. É incômodo se calar e sentir saudade de discutir com alguém, quando você sofre por não sofrer. A minha mente não é minha. O corpo cansa e a alma diz chega. Sou como um filósofo maldito que sabe muito sobre absolutamente nada. O tudo não é nada e o nada significa tudo. Olhos são uma vidraça para teorias que caem sobre pensamentos limitados e mentiras são histórias clichês de atitudes patéticas. Julgamos sem conhecer uma dor e almejamos o que não é nosso. E no final das contas, somos apenas cegos que guiam uns aos outros.
Quando se está só por muito tempo, é perigoso demais buscar companhia sem entender o que se deseja, é como enfiar seu braço numa caixa cheia de serpentes esperando tirar de lá felicidade. Não adianta, o veneno da solidão corrompe seu ego se você não amar a si mesmo. E outra, é inviável estar com alguém somente por estar, a confiança torna-se uma droga alucinógena.
Foi muito bonito ver você sorrindo, sou apaixonado por isso. É imaginação, é real, é ilusório, é sentimento. É tudo que acontece de verdade sem ninguém para dizer o contrário. Sorrisos são como torres que me protegem dos destroços de mais um dia inútil. É, não posso negar, não mesmo. Um até mais foi a coisa mais gentil desde que seus olhos se perderam nos meus.
O tempo passa e as lembranças ficam. Muita coisa que deveria ter virado pó, mas que insiste em arrancar alguns sorrisos amanhã será apenas um motivo para seguir em frente, assim como toda tristeza será um porto seguro para se atracar. Perdoar e ser perdoado é árduo, mas não impossível. Só o simples fato de recostar a cabeça no travesseiro deveria trazer alguém de volta, mas não traz. É assim mesmo! Não adianta gritar para a saudade, ela é um silêncio que se desperta com o primeiro bocejo de bom dia.
Você nunca se arrepende por tentar algo. Você se arrepende por nunca tentar. A dor de se machucar passa, a dor de nunca mais voltar no tempo e mudar algo é eterna.
Acontece esse mal, essa tristeza, esse desânimo de carregar os cacos pra ver se mudamos algo. E sempre mudamos, mudamos ao olhar a chuva cair na janela, ao caminhar, ao pensar que somos os mesmos, ao sorrir com a chegada de um novo alguém. Sempre faremos esse papel de trouxa, mas de vez em quando dá vontade de dobrar ele, guardar no bolso e ir atrás de abraços como o seu. Eu sei que sou idiota também, eu sei, eu preciso de algo pra me sentir assim.
Às vezes me lembro de quem partiu. Um, dois. Silenciosos, sem dizer adeus algum. Essa era a triste verdade, todos viraram pó na memória. Mas por fim, eu não saberia dizer se eles me procuraram, sentiram minha falta ou fingiram não precisar. Essas três verdades absolutas não explicavam grandes coisas. Aliás, não explicavam absolutamente nada. E eu? Eu tentando entender de tudo, sabendo de menos.
E então, já havia acontecido tanta coisa. Caído no fundo do poço, discutido com o vento, retornado do além do tempo, aberto um frasco de saudade, chorado para não se afogar. Tudo isso, coisas que de fato pareciam ser o ideal ou os ideais. Não havia muito mais a se fazer. Era uma guerra contra você, e no meio de um tiroteio a única alternativa era sair com os braços para cima, correndo para ser destrinchado ao seu lado.
Gosto de olhar as coisas com cautela, por mais que as dúvidas pareçam sufocar. É extraordinário isso, o completo nunca é por si só aquilo que esperamos. Todos os julgamentos caem diante do desespero de um eco silencioso, cuja autoestima é como um coma. Minhas emoções são semelhantes à um cubo mágico e somente quem é sóbrio o suficiente entende que as peças não se encaixam, mas faltam cores numa escala cinza e branca irretratável. Tenho medo de mim, que o amor não esteja à quilômetros de distância, mas à quilômetros do meu peito. É assim mesmo, quanto mais o tempo passa, mais os defeitos se tornam uma estupidez e as expectativas criam um câncer difícil de ser curado.
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