Algumas Pessoas Nao Merecem nosso Amor
Ao mesmo tempo que fora de nós há um infinito não há outro dentro de nós? Esses dois infinitos (que horroroso plural!) não se sobrepõem um ao outro? Não é o segundo, por assim dizer, subjacente ao primeiro? Não é o seu espelho, o seu reflexo, o seu eco, um abismo concêntrico a outro abismo?
Eu quero o pensar-sentir hoje e, não, tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã. Tenho certa pressa em sentir tudo.
O Lampejo
O poema não voa de asa-delta
não mora na Barra
não freqüenta o Maksoud.
Pra falar a verdade, o poema não voa:
anda a pé
e acaba de ser expulso da fazenda Itupu
pela polícia.
Come mal dorme mal cheira a suor,
parece demais com o povo:
é assaltante?
é posseiro?
é vagabundo?
frequentemente o detêm para averiguações
às vezes o espancam
às vezes o matam
às vezes o resgatam
da merda
por um dia
e o fazem sorrir diante das câmeras da TV
de banho tomado.
O poema se vende
se corrompe
confia no governo
desconfia
de repente se zanga
e quebra trezentos ônibus nas ruas de Salvador.
O poema é confuso
mas tem o rosto da história brasileira:
tisnado de sol
cavado de aflições
e no fundo do olhar, no mais fundo,
detrás de todo o amargor,
guarda um lampejo
um diamante
duro como um homem
e é isso que obriga o exército a se manter de prontidão.
Rosa Vermelha
Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já não sei se é comigo
se é contigo que me deito.
A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.
Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.
"Ma belle, viver bem não é para amadores. Puxe para si a responsabilidade de encerrar de vez essa inimizade estéril, esse desgaste emocional tão nocivo à pele e ao humor. Você não é uma menina, é uma mulher. E uma mulher deve saber discernir o que é, de fato, uma derrota e uma vitória. Derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesma.”
O tempo não é uma medida: mas uma qualidade. Quando voltamos ao passado, não estamos voltando uma fita, mas relembrando uma passagem sobre a Terra. Não se mede o tempo como se mede uma estrada, já que damos saltos gigantescos para tráz (lembranças) e para frente (projetos).
Não só por isso, nossas verdades quase nunca são iguais as dos outros, e é isso que gera o que chamamos de solidão, desencontro, incomunicabilidade. Talvez a maneira como me debato seja natural, e até positiva. É possível que eu parta daí para um conhecimento maior de mim mesmo. Então estarei livre. Acho que meu mal sou eu mesmo, esses círculos concêntricos envolvendo o centro do que devo ser. Mas só poderei me aproximar dos outros depois de começar a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio. Também não quero me buscar nos outros, me moldar ao que eles pensam, e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu.
Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.
A esperança também não tem número. Perder uma coisa é inefável: nunca sei onde as coloquei. (...) Ser é de um provisório impalpável. (...) Juro que preciso de soluções. Não posso ficar assim completamente no ar.
Fico tão assustada quando percebo que durante horas perdi minha formação humana. Não sei se terei uma outra para substituir a perdida.
Até que por horas desisti. E, por Deus, tive o que eu não gostaria. Não foi ao longo de um vale fluvial que andei – eu sempre pensara que encontrar seria fértil e úmido como vales fluviais. Não contava que fosse esse grande desencontro.
É preciso não ter medo de criar.
Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
Virgem
Reservado e tímido,
comportado e arrumado,
clássico, discreto, crítico e recatado.
Não é do tipo que abre os braços e se declara apaixonado,
Mas estará sempre ao seu lado.
Descobertas... aprendizados... tudo com ele é sublime
Sereno, cauteloso, tímido...
Com o tempo pode se tornar um amante irresistível... um mestre.
E tudo se torna muito gentil, meticuloso e sensual.
Depois de um certo tempo, de virgem será só o signo...
Toques, carícias, descoberta do prazer...
O Virgem exige para ser conquistado.
A perfeição ele busca para compartilhar seus desejos mais íntimos
Dificilmente se atrai por pessoas e coisas comuns.
E olha só que notícia boa:
Tem um bem pertinho de mim...
Resta saber se ele tem receio ou desejo
Pelo veneno do escorpião...
Hoje compreendo-o. Tudo lhe perdoo, tudo perdoo aos que não sabem se prender, aos que se fazem perguntas. Aos que procuram motivos para viver, como se a vida por si mesma não se justificasse.
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