Afasta
Olhos d'agua cansados
Do destino que nos afasta
Num estar ambos magoados
Por um fado de vida madrasta.
É ter no peito uma guitarra
Que chora quando cantada
A sina que nos amarra
À distância que nos separa.
Um déjà vu são almas que se afasta do nosso subconsciente e viaja no tempo e no espaço, que se cruzem sobre os lemas do nosso dia à dia, alertando as cruzadas dos destino.
O pecado afasta o homem de Deus. E afasta os homens dos homens. E assim o homem vai ficando sem valor e sem moral a cada ato do pecar.
Humilde é a pessoa que não afasta de si a crença do Infinito, a realidade das suas pequenas pegadas na vida - e não aquela que se desmerece, que insulta o seu corpo e a sua alma, que se enfurece contra si mesma. Aceitar a sua humilhação é consentir na humilhação do seu próprio Deus.
O mau de uma pessoa ignorante é que ela não percebe que a sua ignorância afasta aqueles que ele mais ama.
O nosso muito falar nos afasta de Deus, o nosso dinâmico calar atrai Deus a nós. Só quem se integra em Deus sabe o que é Deus.
As vezes eu pego um caminho que me afasta de certas coisas e pessoas. Mas depois de caminhar um pouco por ele, eu percebo que era só isso, um caminho diferente.
Ele era como o meu cigarro, por dentro eu sabia que me matava, mas não conseguia afastá-lo da minha boca, a cada trago o gosto amargo de quem sabe que tá completamente viciado.
pela cumplicidade e pela felicidade inteira
não desperdice o tempo com ilusões alheias
afasta te de pessoas âncoras
sem questões e nem razões antes que afunde
a vida precisa ser leve e silenciosa por vez
É incrível como a falta de diálogo afasta as pessoas, é tão simples chegar e falar "vamos conversar sobre isso porque está me incomodando", mas não, as pessoas preferem manter o orgulho e perder o outro por bobeira.
Quanto mais você se afasta de mim, de mais força eu preciso para
aproximar-me de ti: o músculo para o haltere.
Tolo não é quem se afasta um pouco dos amigos quando começa a namorar, tolo mesmo é aquele que acha que quando está namorando, seus amigos nunca vão cobiçar seu(ua) parceiro(a), nem torcer para que acabe!
Nada é por acaso nesta vida!
Quem se afasta de você
não é por acaso
É neste acaso que temos a certeza
da certezas de Deus.
Que afasta de você o que não lhe faz bem
É momento de acredita que tudo tem seu tempo
É certo que de todas as certezas
a verdade de todas as verdades
Que Deus existe
E se tem com quem realmente acreditar
acredite em Deus.
Não desanime a jornada
apenas esta começando
Fé, Determinação e esperança no coração.
Shirlei Miriam de Souza
O amor não escolhe gênero, nem discrimina.
O amor não escolhe idade, e os afasta...
O amor escolhe quem quer ser feliz de verdade, com amor incondicional. Sem ser racional...
O amor não vê riqueza ou beleza, mas sim a pureza de um sentimento!
Por isso o verdadeiro amor é lindo e desejado de se viver...
O resto é solidão.
"ONDE NÃO PUDERES AMAR NÃO TE DEMORES"
Sai, corre logo. Afasta-te das ventanias cruéis que ameaçam revirar-te a vida e os sonhos pelo avesso. Aqueles pedaços de histórias rotas e cerzidas, atiradas no cesto de roupas de sorrir — e que já usaste tantas vezes em festas enxovalhadas. Foge das tempestades. Das estradas sem rumo. Das folhas ressequidas, espalhadas em terrenos áridos e desconexos.
Rejeita os lábios que não beijam mais e dos quais escorre apenas amargura, fel e impropérios. Sim. Tranca a porta, os ouvidos, a sensatez e vira as costas sem remorsos para tudo o que te causa mal e tristezas. Teus dias pinta-os com aquarelas leves e doces, mescladas a tons pastel.
As horas não devem ser transformadas inexoravelmente em cinzas, quem te disse? Embora saibamos que se trata de horas mortas, inertes em relógios de parede enferrujados pelo cansaço. Relógios, cujos ponteiros foram derretidos pelos vastos incêndios que se apossaram silentes da tua alma atônita.
Sai! Despede-te rapidamente das águas turvas, habitadas apenas por sinuosas enguias. Não enxergas peixes dourados, nem vermelhos? O lodo não te serve, então. Tampouco a escuridão de um dia sem sóis nem estrelas. As árvores morreram alguns tocos ainda repousam no jardim abandonado. Raízes secas gemem por água. Mas o jardineiro se foi, levando junto com as despedidas os antigos cuidados dispensados ao verde que aí vicejava.
Há esconderijos disponíveis para cultivar a paz. Um sentimento que parece ter escorrido pelas vielas de tempos imorredouros. Olha e te surpreende. Pois há linhas de seda para tricotar novas promessas de amores leves, já nascidos com asas. Amores azuis que flertam com a presença suprema da liberdade.
Se porventura entrares num bar escuro e sujo e perceberes que os frequentadores flertam somente com o álcool mantendo o rosto duro, impassível e macilento. Os olhos de pedra fosca cravados no fundo do copo, no qual mágoas flutuam sobre escassas pedras de gelo, não te aproximes. Abandona o recinto. Pois aí não há amor. Somente amarguras e nostalgias graves e empoeiradas.
Foge também de quem tiver o aperto de mão indiferente e áspero, os sorrisos ausentes no rosto exausto de mentiras, o nariz empinado de arrogâncias vãs.
Despreza indivíduos sem ouvidos, concentrados em lamber unicamente a própria fala. Àqueles aficionados em solilóquios, em discursos sem eco, voltados regiamente para o próprio espelho das vaidades, adornado pelo gigantismo do ego.
Alheia-te também de quem perdeu os braços de abraçar. Esqueceu-se de abrir as janelas para as visitas das alvoradas e lacrou os sentidos para os cantos felizes dos pássaros matutinos.
Os que não regam plantas. Pais que esquecem crianças trancadas no carro, enquanto se deleitam em levianas compras nos shoppings. Não entres jamais em casas onde não se escuta música, aonde o fogão chore de desusos, sem o cheiro vivo do feijão fumegando delícias.
Não te acomodes nunca em mesas sem toalhas, copos, nem talheres, antes destinados a servir convidados sempre ausentes. Ninguém aparecerá para o almoço inexistente. Pois faltam amor e acolhimentos.
Não te esqueças de cerrar em seguida as cortinas do coração para os que desprezam a luz, as cirandas e as crianças. Os que chutam por tédio pequeninos animais órfãos, perdidos a esmo nas ruas. Refuta com veemência as trepadas mornas e maquínicas exigidas pelo marido ou namorado, cujas ardorosas amantes tu intuis, certamente.
O bom sexo demanda uivos gloriosos, saudáveis e selvagens desatinos. Assim, aguarda paciente pela entrega plena e desarmada. Ela virá sem avisos prévios e te surpreenderá com danças e valsas. Recusa de imediato o namoro insípido, porque não há sal que dê jeito em afetos falidos.
Outro alerta: desanda a correr da inveja, do escárnio, do ódio fantasiado de gentilezas em oferta. Todas elas por R$9,99. Este pacote de desmazelos se acumula no enfado e no desamor de lojas vazias. A maldade ronda a vizinhança, se intromete em eclipses, passeia com os pés descalços em imensos desertos brancos.
Mas lá tu não irás, temos certeza, pois falta amor — teu coração já anunciou. Além disso, felizmente também contas com os afáveis sussurros da natureza, que entremeiam tuas histórias e caminhos, sempre rodeados de ideais e de esperanças.
Nota: Crônica publicada na Revista Bula. De acordo com a autora, "a frase-título desta crônica é da atriz italiana Eleonora Duse — falsamente atribuída a pintora mexicana Frida Kahlo e ao poeta e escritor brasileiro Augusto Branco".
...MaisComo poderá, meus pensamentos chegarem a ti agora
Que distante teu corpo afasta a mente.
Teu coração conseguirá encontrar as batidas do meu,
Na escuridão que se fez entre nós?
Você despertou em mim
Todas as sensações, as mais nobres, as mais insanas,
Adormecidas e guardadas por dimensões outras
Que agora expelem o perfume mais doce, mais profano do amor.
Teu tempo, nosso momento, que guardado em luas e sóis,
Exige de nós dois, corpos com almas aladas,
Que o enlevo desmedido seja pela
Temperança, anjo e mulher, contido.
Ah, esse tormento da significância,
Que procura razões em todas as minhas emoções!
Ah, o que dirão, moradores dos céus, vigilantes de prontidão
Que no meu translúcido coração, enxergam você?
Então, na retidão das leis maiores,
Transgredindo todas as regularidades terrenas,
Como borboletas de vidas curtas mas livres e imperiosas em beleza,
Vivo eu, meu mundo, tão somente um dia por vez, a sublime lembrança
Do beijo, do afago, dos sonhos e encontros, a mais tênue separação.
Pois que tua ausência é tão presente que tua imagem se materializa no espaço,
Que tua voz é tão veementemente, que faz música no ar,
E teu sentimento, ah este teu sentimento desesperador, invade o ar, o espaço e traz compasso ao espírito que clama.
Luta , luta a mais dura das batalhas que a energia exauria,
E contra a insensatez e desvaneios da alma,
Revestido de consciência sabedoria e calma,
Transforma todo este fervoroso derrame de paixão em pura verborragia ...
