Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc

Cerca de 440699 frases e pensamentos: Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc

SONETO SUPLICANTE

Amor, o meu plangor rasga o céu
Como lavradores no chão inviolado
Querendo arar o peito aqui calado
Com o teu olhar, e no teu amor, réu

Neste universo dum amor imolado
Escrevo sentimento neste cordel
Triunfante e tão cheio de tropel
Que faz o pensamento enevoado

Venha ver as emoções deste anel
De luz, quantidades e, de agrado
Num vento de virtude, nunca infiel

E entre muitos, o meu a ti destinado
É fulgor transparente, sem ser cruel
Apenas a sorte de amar e ser amado

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
16'00", janeiro de 2016

Inserida por LucianoSpagnol

ALUCINAÇÃO (soneto)

Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte

Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser

A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte

E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DUM AMOR IGNOTO

Obscuro este amor que me assume
E que delira no meu peito ativado
Me faz devanear, ser apaixonado
Do qual a razão não está incólume

Não o conheço, mas sinto, calado
Ruaceiro no juízo, em alto volume
Me extasiando com seu perfume
O coração totalmente encantado

Dele até me contamino com ciúme
Sem mesmo nunca o ter encontrado
E assim, no desejar, é só queixume

Este amor ignoto, e já tão amado
Neste oceano de vario cardume
O tal, reservado, virá a meu fado...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

À ALMA DE MINHA MÃE

Partiu-se o cordão do amor absoluto
No meu desditoso fado então trincado
E as preces no rosário assim de luto
Rezam tristuras no chão do cerrado

Lacrimoso eu, debalde na dor soluto
Soluça a baixa deste relicário delicado
Minha mãe, tão jovem em seu atributo
Pôs suspiros no meu peito instigado

Tal um ramo que seca sem dar fruto
Em um outono tão frio e desfolhado
Assim, o meu afeto se faz convoluto

E na continha de saudade, ao lado
Das lembranças dum amor resoluto
À alma de minha mãe, louvor ofertado!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DE UM AMOR PROIBIDO

Da paixão surgiu o meu eu encantado
Do silêncio, suspiros sem sons ledos
Engasgados como são nossos medos
Onde o inviável está ali aprisionado

Aqui confesso, então, estes segredos
D'alma que vai com o perigo ao lado
Desgovernado sem o tempo marcado
Pávido e, com os sentimentos vedos

Triste o afeto que quer ser enamorado
E se queima em aventurosos folguedos
De ilusão, que não deveria ser desejado

O que é rochedo é o amor proclamado
Tudo passa, é passageiro, só enredos
E este, proibido, é um amor agoniado...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

RESPOSTAS NO AMOR

Amo... vejo envasado em nobre sentimento
Todo o meu ser em fulgor, a alma em união
Contempla-me a glória, inteireza na emoção
Ame! - E deixe o mal com o seu sofrimento!

Sofro... quando me encontro em desilusão
De espinhos, arranhão, então fique atento
O desdém que humilha, não há argumento
Pois, o contento, se deixa levar pela paixão

Se tem irrisão, perdoe, o perdão é prece
Árduo é o caminho, e perverso a injúria
E ter um bom alívio é o que se esquece

Amor... amar... amo, trova dum profeta
Ao coração enriquece, sem ser luxúria
A eterna inspiração do ser, de ser poeta!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SEM AMOR

Meu amor pouco ao meu alcance
Nas nuances até hoje em segredo
Não tive uma chance, pouca chance
Dele, surpresa, desilusão e tal medo

Meu amor, o olhar foi de relance
Na vida o desencontro foi enredo
Andou por andar, nenhum elance
Confiando no amor pra amar, ledo!

Pedinte viver, atravessou sem ter
A glória de um amor para amar
Passou por passar, pobre viver!

Aí de mim, na sina de encontrar
Nem digas, ó implacável haver
Nem sorriso, gesto, pra poetar...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06 de setembro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SEM SORTE

Amor, quantos espinhos há na tua haste
Arranhando a solidão aqui no meu peito
Errante nos sóis e chuvas, sem ser eleito
Entre estações sós, num triste contraste

Saudades passam, e não passa o efeito
Porém, tu e eu, amor, no mesmo engaste
O fado faz que a desventura nos arraste
Por outonos, num desfolhamento do leito

Pensar que custa tanto, tanto desgaste
Quando poderia ser diferente, ser feito
Com companhia, desde que chegaste

Mas tu e eu simplesmente sem preceito
Ali onde o passado no remorso choraste
Semeamos a sorte sem nenhum proveito

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

NAS ENTRELINHAS DO SONETO

No sentimento, do amar, seja meu amor
Basta estar ao meu lado, o querer haver
Ao olhar-me, ouça o coração, por ti bater
Adentre, rogo-te, quero ser o teu amador

Nas mãos, tenho flores, pra lhe escrever
Tocando nos versos tais qual um beija flor
Palavras entoadas de afago a lhe compor
E paixão, pois você é vida no meu viver!

Entre sussurros e suspiros és puro ardor
Em primaveras no meu peito a florescer
Desenhando sensações ao meu redor

Em ti esqueço que existe qualquer ser
Tudo é livre, tu fazes do versar um relator
Nas entrelinhas do soneto, o amor ter!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

noite fria
de nada vale orelha de cobertor
sem ter companhia...
a companhia do meu amor.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 13 de dezembro de 2015

Inserida por LucianoSpagnol

[...] do Amor

[...] e tão grande, sublime e tão profundo
Chega-te a mim! - adentre no meu amor
Sempre digo: e que se faça mais fecundo
E neste mundo, quero-te mais, aonde for!

Se vício, deixe-me pecar por um segundo
E o meu desejo entrego ao desejo em flor
Preme o meu peito com o teu ser jucundo
E beba-me no prazer... este doce sabor!

Ah! Bendito momento de sua aparição
Se o tempo morrer agora. Que importa!
Já de porta devassada deixaste o coração

Perdoe-me Deus, no sentir já não comporta
Tanto querer, e no olhar tanta a satisfação
Pois, deste amor ao pecado me transporta

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/12/2019, 05’03”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ANDOU (soneto)

Meu sentimento evaporei na saudade
Da essência do amor, que me arrastava
Ah! como quis um dia, como sonhava
Agora, cada qual no tropel de liberdade

Insana, as paixões devoram à vontade
Que a mente sã... se faz de tão brava
Em uma existência, ali, cruel e escrava
Do desejo, tão em busca de felicidade

Agrados, querer meu e meus danos!
Essa paixão, que no haver não coube
Fez poetar aos versos os desenganos

Antes que a solidão o sossego roube
O tempo, pra não se perder nos anos
Andou! o que permanecer não soube.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Tenta-me de novo

E por que há de querer o meu amor
novamente?
Teu gesto me arrancou de teu leito, dor
na vil necessidade, simplesmente.
Mas vens com o olhar lascivo, o meu, amador
duelando. O que o seu não mais sente.
Capricho maior!
Não tente, em me tentar de novo
digo: - estou ausente. Por favor!
Fui em frente.
É o fim, não renovo...
Tenta-me de novo... não mais tente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
paráfrase Hilda Hilst

Inserida por LucianoSpagnol

EVOCAR (soneto)

Meu amor diz-me como chamas
- 0 nome que deixei de recitar
Diz-me para não mais me calar
Nada além, diz-me se me amas

Diz-me apenas se tenho lugar
Ainda no teu peito em chamas
E nas lembranças se tu reclamas
Ou se no ignoto vou assim ficar

Minhas lágrimas são só saudade
Nesta felicidade que desaprendi
E os versos tornaram-se metade

Para que o coração lembre de ti
Então, diz-me teu nome, brade!
Antes que eu seja, nada, por ai!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020, 10’42” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EM CONFISSÃO (soneto)

Meu amor, minha paixão (dor e o contento)
Meu fado azarão, dedo turvo na predileção
O meu devaneio vestido, e desnudo o alento
Quanto o vulgo, sentimento, pura desilusão

Santo confessor! Ao meu flagelo fique atento
Sabeis tudo, tudo.... - dos segredos do coração
Meus lamentos, em vão, desastrado juramento
Nas juras, ao luar, evolou só insensata emoção

Um cativo na noite infinita, ó noite tão infinda
Sabeis que sem afeto o mundo é uma mentira
E que rude é a lágrima que escorre tão sofrida

Eis o meu amor, quebrável, em súplicas ainda
Santo confessor! Deste desventurado caipira
Quem pode detê-lo sem pô-lo de partida? ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020, 23’13” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

POÉTICA POESIA

O meu romantismo na quantia
Seja trovando só, sem escolher
Com o amor pouco no conviver
Venha do afeto, agrado e fantasia

A esses versos leia quem quiser
Chore, esbraveje, ou até sorria
Mas não me venha com ironia
Prover, sem da paixão ter saber

A outros a chance de o prazer
Tem, e que seja de harmonia
Pra não ser de tristura ao ler

E assim, a magia seja pro dia
O encanto na noite então ter
Numa variegada poética poesia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONTA E AMOR (soneto)

Amor roga terna conta do meu afeto
E eu, servil, ao amor dar-lhe-ei conta
Mas, sem a ponta, como dar-lhe fronta
De tanta conta, se no amor fui inquieto

Para dar desponta neste tal decreto
O amor me foi dado com boa monta
E eu, de incúria tonta, não fiz conta
Do tempo, que hoje me é incompleto

Ah! tu que tens o amor que desponta
No peito, me conta, para eu ter tempo
Se ainda tenho em conta, nessa conta

O tal que, na remonta, gorou o atempo
Quando lhe chegar à conta, na esponta
Do amor, chorará, como eu, sem tempo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2020, 08’43” – Triângulo Mineiro
paráfrase Frei Antônio das Chagas

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR FARTO

Portentoso amor doce, amor formoso
Que meus desejos são desejos celestes
No meu peito o amor do amor viestes
Num olhar vivo de um haver amoroso

Amor tão sereno, amor tão venturoso
Que faz jus de tais prazeres te destes
Do tal sentimento o amor rendestes
Essa paixão, esse bom fruto saboroso

Que siga eu por vos ter, e vos traga
No meu pensamento tão contente
Onde ordena amor e o amor acena

Mas, que nunca tenha de vós pena
Pois, o amor com o amor se paga
E nos ricos gestos é que se sente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/11/2020, 21’29” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR VENTUROSO

Elevai, amor meu, pois que a ventura
Já vos tem no sentimento elevado
Que a boa sensação de que é gerado
O mais poético haver vos assegura

Se desejar por amor na sua candura
Não vos espante ter sonho sonhado
Porque é do bem todo este cuidado
E da emoção, a cortesia mais pura

Celebre, amor, a todo o momento
O coração bate acelerado, airoso
Na devaneada paixão o portento

É merecimento, e mais saboroso
Porque se o amor for o real intento
De amor se tem o amor venturoso

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2020, 07’39” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR PERDIDO ...

Depois que tu foste, só depois, da partida
Notei que do manso amor, o meu é sujeito
O grato sentimento da sensação, da vida
E, se tem maior bem, desconheço o feito

Afeto ardente e forte, repleto e perfeito
Que na emoção a conformidade é diluída
Um olhar, afago, gesto com poético jeito
Que na boa afetividade a ventura é parida

Depois do vazio, só depois, me vi corso
Num aperto no pensamento que tortura
Que conquista a mente dando remorso

Não tem preço, amor perdido, só trava
A sede, a inspiração, suspiros, a ternura
Tu foste! esvaindo o mimo que me dava! ....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/01/2021, 19’18” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp