Acariciar sua Pele Macia
requinte
as rosas, com certeza...
são poemas lindos da natureza
sua poética, elegância e beleza
poetam o olhar com odor da pureza
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Feliz dia do contador (22 de setembro)
Contador: o que contabiliza sua vida,
no lucro não nos dá prejuízo, assinala a saída,
com crédito, benefício, e acolhida...
O que calcula e avalia, e faz a perda reduzida!
Dia de creditar abraço,
parabenizar a quem nos livra do embaraço.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
a diarista
já o lusco fusco chegando
com sua casca ressequida
o céu do sertão apagando
e as maritacas de partida
pela janela vai adentrando
silenciosa, está tal rapariga
espanando num desmando
sombreando, cheio de giga
tece a noite, vai-se o dia
finca estaca na imensidão
o canto da cigarra anuncia
o tardar, tolda a escuridão
o cerrado a noite cria
a melancolia recordação
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
segunda, outubro, 2019
Cerrado goiano
na moral
não é da rua
ou de quem governa
a tua alma nua
vem da sua baderna
crua
interna
o caos e o fortuito
da fraca terra que cerna
sua moral, seu intuito
o óbvio ético
é gratuito
nunca cético
é generoso
correto, linear
está no olhar lustroso
no ceio familiar...
coração
cravado em sua casa, cidadão, glorioso
com decoro, fecundo
pro mundo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/03/2016, 10'10" – Cerrado goiano
CERRADO (soneto 2)
O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto
Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico
É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto
É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano
SONETO DESABITADO
Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual
Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical
E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem
E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Embate
À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!
Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!
Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...
E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano
Banana
Ah! A banana...
da terra
prata
ouro
delicia soberana
Na roça
no quintal
minha, sua, nossa
preferência nacional
Ah! A banana...
Capital!
Que da Mãe Terra emana
Viva o bananal...
natureza, prana
fortuna tropical
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
39/004/2020, cerrado mineiro
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
Cantinho...
Sabe aquele lugar no cantinho, bem seu
onde a sua inspiração habita
Pois bem: é ali que fico eu,
os sonhos, pedaços da minha escrita.
Longe da vista de tudo e de todos...
- meu cantinho, que a quimera edita
os rodapés da página são sem lodos
e, a poesia mais bonita...
Ali tento ser melhor. Sem engodos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Sertão da Farinha Podre
Triângulo Mineiro, junho, 2020
AFORA
Passaste como a flor do ipê fugaz
que se desprende na sua aurora
do desvelo só tiveste àquela hora
em que do afeto o emotivo traz
Ter-te e perder-te! sensação voraz
que inunda o peito, e a dor piora
sem ver-te, o poetar por ti chora
em tristes versos, saudade tenaz
Demorou essa presença em mim
minha alma ainda adora, e flora
emoção num sentimento marfim
Neste querer, o querer é outrora
se sonhei contigo, calou o clarim
dessa estória, o amor vai afora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro de 2020, 02 – Triângulo Mineiro
CERRADO DO GOIÁS
Quando, a primeira vez, lhe vi a vastidão
uma confusão fiz de sua sinuosa mesmice
e quedei-me ao parecer de quem visse
e sentisse, o desigual em plena evolução
Depois, no andejar, ao olhá-lo, disse:
é graça, é sertão na minucia e razão
do encanto, magia, mistério e criação
este chão, tão menino, na sua velhice
Os tortos galhos e secos barrancos
riscam planícies e maçudo abrigo
e o céu nos seus rubentes e brancos
E, ao aprecia-lo, agora, então digo:
vendo-lhe, diverso, e seus trancos
hoje o sinto poetificando comigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/10/2020, 20’49” – Triângulo Mineiro
CHICOTE
Se punição por vos desejar se merece
Qual desejo está isento? e ao vento?
Na sua razão do ingênuo sentimento
Solto das amarras, e que se esquece
Qual mor amor no fado se oferece
Que dedicar-se a vos todo o tempo
Em glória e tão repleto de fomento
Que no bem e ventura se apetece
Porém se ei de punir a quem, infando
Que seja ao meu coração sofrente
E assim o meu amargar é todo vosso
No meu haver, podeis, até quando
Ordenar nele o ocaso inteiramente?
Se ter-vos enamorado, não posso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/11/2020, 08’34” – Triângulo Mineiro
FASE
Cisma a dor n’alma descrente e fria
De uma emoção solitária e calada
Em sua fronte tristonha e chorada
Pesadas rugas duma sorte sombria
A luz da paixão, vazia de alegria
Carrega a saudade amargurada
Suspira sofrência na madrugada
A solidão, companheira da agonia
Ao pé da lua prateada. Pendente
A boa dita, o bem amigo da gente
Parece que dos céus nada realiza
Geme a brisa no cerrado, agrado
Qualquer, só o penar imaculado
É ventura, fase, o tolerar divisa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/12/2020. 08’22” – Triângulo Mineiro
ENLACE ....
No cerrado titã e rubro, a sensação pura
Dos galhos tortos, irregular na sua rudez
Sente no cessar o abraço de sua ternura
Que envolve a noite no agreste timidez
Como o entardecer alastra sua formosura
Que para o anoitecer, tão caprichoso, fez,
A lua e as estrelas, entregam-se à belezura
No céu, da graça que vem pela primeira vez
Quando surge, por fim, a tenra alvorada
O sertão, bulido pela sombra orvalhada
Recorda, assim, tal uma luxúria nupcial
E o cerrado, saciado, rubro e gentio
Vai, frente ao dia, divertido e ébrio
Celebrando este feito matrimonial! ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/01/2021, 05’37” – Triângulo Mineiro
SONETO ENAMORADO
Como na poesia o poeta que é imperfeito
Um canastrão na sua prosa só por amor
Ou quem, por ter cheio de paixão o peito
Vê o poema perder-se no ato de compor
Em mim, por sofrência, fica desamparado
O rito mais solene do desejo do coração
E o meu sentimento eu vejo tão agastado
Vergado numa poética sem ter sensação
Seja o temor então a minha eloquência
Bardo sem a rima de um soneto eleito
Só pra ti, que quer amor em recompensa
Mais que o verso estabanado o tenha feito
Saibas ler a emoção onde esteja imaculado
Canto de amor, em um soneto enamorado
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/08/2021, 11’25” - Araguari, MG
SEDUÇÃO
A poesia me pega com a sua sedução
com seu discurso, me olha, me cativa
me força a mergulhar numa sensação
levanta a saia se fazendo de exclusiva
Me abraça detrás daquela imaginação
sussurra promessas, meiga e criativa
só inspiração, nos gestos, na emoção
vive me atraindo com quimera festiva
Ela grita, agita e é de bem mais porte
eu titubeio, vareio e conduzo na sorte
se sofro ela sofre mais, então, aduzo:
- deixa tudo ir ao seu fado, no sentido
e neste universo colorido, o saber ido
seja divertido, incluso, tão mais difuso
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 fevereiro, 2022, 15’14” – Araguari, MG
AINDA...
Saudade! como negar sua existência, ouvindo
nas entranhas do peito este sussurrar de dor
comichando, num suspirar profundo, infindo
quando se tem a lembrança do antigo amor
Tudo uma solidão, vazio, o aperto intervindo
naquela sensação de agrado, o talvez supor
olhos lacrimejados, e aquela angustia vindo
deixando inquieto o propósito de um amador
Ah! amar, de uma poética doce e abundante
em cada querer a jura, uma ilusão fascinante
que pulsa o coração e tem a alegria tão linda
E, assim, no tempo andarilho, a falta palpita
a emoção soluça, recorda, transborda e grita
numa poesia que insiste, que persiste ainda! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 março/2022, 19’00” – Araguari, MG
ELA
Todo dia ela sussurra, informal
do profundo, a sensação escoa
com a sua sedução tão virginal
e asas ao vento a ilusão povoa
Literária de matizado de vitral
da caligrafia e, de olência boa
dando cheiro pro sentimental
na graça poética que a coroa
É ela, a poesia, versos que cria
o amor, essência, nada em vão
e que ao poeta o ego acaricia
E, assim, tão emocional e bela
percorre no feito da permissão
varia, e o acaso prosa com ela...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 de abril, 2022, 19’40” – Araguari, MG
ETERNA SEDUÇÃO
Ah, o amor, em sua eterna sedução
deixou-me a felicidade pelo pranto
cobriu a sensação de doce encanto
musicando o sentimento no coração
Assim, o suave momento, emoção
fiz da satisfação um terno acalanto
suavizando a alma em um recanto:
de paz, bem, e momento de paixão
Das lágrimas escondidas na solidão
a ventura de ter-te na alegria, união
o olhar, mãos enlaçadas, o cuidado
Como é bom ter ao lado o lirismo
aquele que tira da gente o abismo
da divisão, esquecendo o passado!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Maio, 17/2022, 15’31” – Araguari, MG
SENHOR
Todo poeta quer ser dono duma poesia
de amor, que seja sua de forma intensa
sua em toda a sorte, sem ter a dispensa
sua inteiramente, e tão sua na parceria
Que qualquer inspiração lhe pertença
redigindo versos de sedução, de magia
matizando as rimas com gentil quantia
e, assim, ter a encantada recompensa
Todo senhor quer essa poesia tão sua
onde cada poema solevante e evolua
em um sentido ato, que seja, entono
E, enquanto não se tem a essa prece
dum desejo do poeta que se esquece
que nem de seu coração é seu dono!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 de maio, 2022, 06’15” – Araguari, MG
paráfrase Giuseppe Ghiaroni
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