A Semelhança de um Filho com a Mãe
PARTIDA
aÁlvaro Filipe (in memorian)
Na eternidade de todos os minutos eu penso
em você, meu filho, como uma luz
que se encontra no mar e te pressinto tão perto e tão longe
tão perto que nem posso te alcançar
tão longe que se faz presente.
Queria entregar meu corpo
para deitar sob o escuro da Terra
e que suas lágrimas molhasse minha cova
Jamais o inverso, não queria sofrer
o inverso, a tortura da dor
a dor da despedida do seu olharfechado
do acenar das suas mãos
na forma invisível da partida.
Quando você dirigiu-se para oinfinito
embargando na naus invisível do tempo
Vi, debruçados sobre seu adeus,
os seus amigos que não entendiam
porque você partia e eu ficava.
Eu que já tinha a linha do horizonte como forca.
Eu entregue aos meus dias já desgastados.
Por quemeus passosde pegadas profundas
deveriam estar atras dos seus, filho amado?
Assim sendo a natureza ficou deformada.
Quis inverter, mas meus pés derretiam ao tentar te ultrapassar na linha do tempo
O tempo que só pode ser conjugado
dolorosamente em finitude sem fim.
De vez em quando eu choro
e não consigo conter minha dor
por não poder tê-lo e tendo
por te amar como a força
do rastro de uma felicidade
sem fim e começo.
Uma Felicidade de filho partindo
para depois voltar com um sorriso.
Sempre eu te tenho junto a mim,
pois és no meu amargor
a chama da vida além da vida
MINHAS LÁGRIMAS
a Álvaro Filipe
A dor da lágrima que cai nomeu peito
inundando seus cabelos,meu filho,
que não poderei mais acariciar.
A fatalidade da perda da luz
do seu olhar, meu filho, diz-me
que os sons vindo do seu peito
que me agradamnão mais ouvirei
A dor por não poder mais lhemostrar
as montanhas e as planícies
tomadas pela paz da manhã,
onde caminharíamos tendoseu sorrisoentregue às descobertas
da sua juventude que partiu antes
de dar-me seus descendentes,
meus netos, que partiram sem nascer.
Na presença da relva tomada
pelo sereno das minhas lágrimas
adormecidas em cada canto
por não poder lhe mostrar os rios
onde poderíamos nadar ao lado
dos peixes com seus braços,meu filho, rasgando as águas
que não poderá mais banhar-se.
A dor por não poder lhe mostrar
os caminhos que o clarão
da luatornariam visíveis.
A dor por não poder lhe mostrar
os brilhos das estrelas, ocupando
as noites que, você - meu filho,
poderia fitar e desfazer a escuridão
dando-mea claridade
que descobririameus sonhos,
porém jamais existirão
devido suaausência, meu filho.
Naquele dia moldado pelo sol,
que nasceu sem sentido, vazio, imóvele as nuvens negras,
cobrindo seu rosto,ainda de menino.
Menino tornando-se homem
para ensinar-me aquilo que nunca
poderia te ensinar, meu filho,
e agora resta te esperar.
Vivemos de aparências para mantermos a hipocrisia ou vivemos de hipocrisia para mantermos as aparências?
Um discurso de Albert Einstein que adaptei para expressar o que sinto diante de alguns atuais acontecimentos, envolvendo os defensores e contrários ao governo: "Eu odeio o excesso de sentimento cívico. Um homem que se excede desta forma faz-me sentir desprezo... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra, seja em qualquer dimensão, é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia."
A empatia origina-se no autoconhecimento. Por isso, quanto mais consciente de seus sentimentos você estiver mais facilmente poderá compreender os sentimentos dos outros.
Deus não nos cria perfeitos, mas passíveis de aperfeiçoamento pelo nosso próprio esforço, porque devemos ser responsáveis pela nossa própria evolução, como tudo que existe na Natureza.
VOU DAR UM CATIRIPAPO NO JEITINHO BRASILEIRO DE SER
De tanto ouvir que os maus prosperam porque são atrevidos
Que a omissão dos bons é que incomoda e não a ação dos maus
Vou dar um catiripapo no jeitinho macunaína brasileiro de ser,
Em prol da ética, da moral, e do lícito, e em face dos seus opostos
Só de pirraça vou devolver o troco a mais que me tirou a graça
Só de teimosia vou doar o meu assento à grávida e à idosa
Só de sacanagem vou respeitar a fila em homenagem à ética
Só de birra não vou adotar a lei Gérson para obter vantagem em tudo
Só de capricho não vou vender o voto, a fim de azucrinar a corrupção
Vou chegar sempre 15 minutos antes para não dar chance ao azar
E não buscar o jeitinho brasileiro de reabrir o prazo ou o portão
Vou entrar sempre pela porta da frente pela meritocracia
Para não ter que entrar pela janela ou portas dos fundos
Em nome do tráfico de influência ou de quem indica
Se me rotularem de apregoador de falso moralismo
Vou me escudar no bem que sempre vencerá o mau
No remorso dos criminosos que sempre se arrependem
E no afã de que infrações menores não banalizem crimes maiores
Vou acreditar mais uma vez, e não perder as esperanças
Assim como a Palmeira confia nos ventos e nos colibris
Que irão polinizar suas flores, engravidando-as de bons frutos
Assim como a terra confia na chuva, após a estação da seca
Para fertilizar seu solo, gerando novas crias e sementes
Ms. Zilô Aires (10.11.19)
MARCOS PARADOXAIS DE UMA NOVA ERA
Beijos metálicos e abraços midiáticos de TVs,
Celulares membros humanóides e amores virtuais
Olhos cansados, telas trincadas, nas busca do tudo e do nada
Chips viciantes, ópios modernos, e inteligências artificiais
Paradoxos dessas uniões paralelas que coexistem com o amor
As veias informáticas encurtam distâncias e ampliam informações,
Mas alargam a solidão e tristeza no final do navegar
As mãos da quântica impõem a pressa pelos elevadores e metrôs
Paranormais no fanal da metafísica desafiam o transcendental
Laboratórios vendem embriões e superam mulheres nas gestações
Sociedade de consumo com vitrine de felicidade à prestação
Propaganda intensa, crédito fácil, massificação garantida
Bens inúteis, ressacas de dívidas e terrorismo de carnês
Inúmeros veículos, imóveis fáceis, produtos descartáveis
Trânsito violento que mata e leva a lugar nenhum
Crianças de ruas, filho da Pátria sem fundos
Concretos e engenharias reinventam a paisagem
A foice e o machado futuristas projetam sombras
Impedem o sol, ocultam nuvens e escondem estrelas
A fotossíntese das árvores virou tese de livros no museu
Que servem só pra quem não sabe ler
O ciclo de aves, animais e plantas são manipulados
Hormônios e herbicidas dobram lucros da carne e vegetais
Dinheiro inútil com herança maldita do câncer
Matar nunca foi bom, mas a inversão da nova lei ensina
Que ceifar o homem dói menos que matar bichos
Dólar e euro ditam as regras de bolsas e economias
Religiosos alienados matam mais que guerras e epidemias
A grita da fauna e flora não sensibilizam a fumaça do progresso
Usinas nucleares rompem o átomo e radioativam a vida
A ciência avança, mas antes atropela a ética e a moral
Tanta pressa para tudo se transformar sem deixar sabor
Para que não reste história, para não se saber do passado,
Para não se perceber o hoje e não imaginar o amanhã.
Entre a pressa e o estresse, fico com o suave balé das árvores
Quanto mais paradoxal, mais pedaços se unificam em Deus
(Zilô Aires, 27.03.18)
O equilíbrio é conquistado pela individuação, ou seja, o desenvolvimento das virtudes essenciais em nossa intimidade, em um processo de pureza de propósitos e sinceridade consigo mesmo, reconhecendo as próprias limitações, para poder transformá-las gradualmente.
Livro: Inteligência Consciencial - a conquista da autonomia da consciência
Senhor, torna essa mulher
a brisa refrescante no calor
da tormenta da minha inquietude.
Bem aventurado seja esse
ser que traz o céu para Terra
dando vida ao meu coração árido.
Trecho do livro Despertar, Renovar e Seguir: "Morre aos poucos aqueles que aceitam tudo do jeito que está. Vive quem se permite transformar para transformar-se."
Olhando-me no espelho
Olhando-me no espelho entendo
que muito mais que ver uma face
é abrir as portas da alma
e olhar ela nos olhos.
É sair de mim pra mim
resvalando nas linhas do rosto
abrindo-me feito um livro
sendo eu o leitor de mim mesmo.
Olhando-me no espelho entendo
que sendo nada fui o tudo
quando tive de me ser.
É aceitar-me branco ou negro
cinza, prata, cobre, ferro
e ali, naquele reflexo
ver-me por inteiro.
Não um recorte de quem fui!
Olhando-me no espelho entendo
que a vida aconteceu.
Que passou por mim feito vento
num vendaval de intempéries
e que sendo eu barro,
até fui moldado
mas nunca perdi o rastro
da terra que sou.
Olhando-me no espelho entendo
que nunca fui mais que ninguém
só tentei ser o mundo
para quem tatuei no peito
assinados como os meus.
TEMPO
Há no tempo do tempo um tempo
em que o tempo conspira.
Passa ligeiro num sorriso.
Passa manso em agonia.
Aflito para.
Ansioso não anda.
É tristeza que não avança.
Há no tempo do tempo um tempo
em que o tempo é mistério.
Mestre de ocasião oportuna.
Ensejo de pergunta.
Dono de certezas.
Soberano de passados e futuros.
Regente de presentes gaiatos.
Concubino do universo,
é algoz da minha saudade.
Vaga que traz, onda que leva.
Há no tempo do tempo
Um tempo que é mágoa,
dor e olvido.
Tempo de luto.
Tempo de cura.
Aquela voz que no silêncio grita é amor! A mente que mente é uma mentirosa. As ilusões que criamos dentro de nós, são armadilhas perigosas. Compreender um som que não possui som, é um aprendizado. No universo finito da mente de cada Ser, podemos despertar e criar uma nova realidade. Do nada surge o tudo, e o nada faz parte do todo. A voz da alma inerente que nos acompanha sempre é o som do amor. É tão gritante, ardente, forte, real, sublime, e poderosa a voz que temos dentro de nós, que é possível sentir sem estar presente fisicamente. Apenas se permitir poder amar, ser amado ou amada, permitir o florescer do amor. Negue amor, e você está se destruindo, se tornando uma terra estéril, um deserto sem oásis, e a sua luz interior se apaga. Então ame.
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