A Sabedoria da Agua
Dia após dia sem sentido vou vivendo
clamando ao mundo,
suplicando tudo,
à brisa que passa junto aos quatro ventos
pois nada é eterno
e se quero a morte
ela me dá seu afável amor
aquele que entre irmãos se chama fraterno...
Não há mais nada a sonhar,
a morte me roubou o sono,
de modo que somente em poucos segundos
a vida exprime
entre tropeços e tombos
o que o corpo quer falar
Digam o que disserem,
minha sorte é o que espero
antes da solidão.
Peça à vida um prêmio,
a morte com galhardia responderá:
- Sua certeza é unicamente meu não...
Inspirado com tamanha alvura e beleza
quero exclamar ao mundo,
imensa é a certeza de tão grande paixão.
Fascínio? Não é somente isso.
É muito mais.
É a candura de ter tão ternos lábios
pela eternidade unidos aos meus,
e, mesmo que dure poucos segundos,
crer que o mundo se cala
quando os amantes se entregam
num amor só seu.
Querem calar a voz daqueles que dizem o que pensam,
mas ainda que seja assim, prefiro ser o poeta
que profeta que faz de sua arma a alienação...
Talvez nada disso possa fazer sentido,
mas é só mesmo a vida
para fazer de nosso inferno
tão inebriante e singelo paraíso.
Assim, talvez a vida não seja sorte
de somente fazer de tudo antes que chegue a hora,
hora irredutível, aquela em que todos esperam a morte.
Talvez não haja nem mesmo separação,
entre aquilo que alguns creem ser momento de encontro,
e o adeus que as mãos a acenar dizem ao choro,
daqueles que entre os outros ficam,
- Não diga nada, tenha certeza do meu não..
Pois o silencio com sua melodia
traz aos meus ouvidos
a letra de nosso amor,
transformado em dores
daquela poesia...
Eu sei, eu sei, a maturidade chega, os pontos negativos se vão, o tão sonhado equilíbrio surge. Mas alguém me perguntou se é isso o que eu quero? Quem disse que uma vida equilibrada é o que me faz feliz? Não, eu não sei o que me faz feliz, mas por alguma razão ilógica eu não tolero que as feridas se fechem, que os ex amores se mandem e me enviem cartões de natal.
Embora em desorganização tamanha e angústia enlouquecedora, eu não quero mudar, amadurecer, me equilibrar e ter melhor qualidade de vida. Eu prefiro os meus defeitos, um a um, bem amados, que mantém essa escultura de LEGOS coloridos funcionando, afinal não sei qual das peças, embora desarmônicas e mal encaixadas, me sustenta.
Fui criada de maneira regrada, limitada, asséptica, diria até assexuada. Filha única, mimada e cobrada, o exemplo a ser seguido, o bibelô de uma família de errados. A única linha reta escrita até o momento. Hoje, inconscientemente me vejo esquecendo o freio, me jogando sem defesas em uma paixão que me fez fora de mim, imersa em um outro, outro a qual já nem sei mais. Uma paixão sem fôlego, sem fim, sem meios, sem regras e sem freios. Um desejo que não cala, berra o tempo todo, fala através da angustia e do medo.
Vivo com crises de pânico a cada esquina dobrada, sofro a todos os minutos para manter o controle de mim, de tudo que se movimenta no mundo.
Eu preciso principalmente de alguém que deseje e acredite em mim, em si, em nós e em possibilidades onde a bondade e o sonho são possíveis.
Que passe
Que passe o mundo, injusto;
Que passe o incrédulo, inútil;
Que passe o infame, infeliz;
Que passe o ímpio, incerto;
Que passe a fama, soberba;
Que passe a ira, instantânea;
Que passe a luxúria, momentânea ;
Que passe o ódio, insólito;
Que passe a falsidade, meio de vida;
Que passe a mentira, cotidiana;
Que passe o insucesso, solitário;
Que passe a guerra, morte;
Que passe a amargura, tristeza;
e,
Que a tristeza passe e não se transforme em amarguras;
Que a morte não seja ocasionada pela guerra;
Que o solitário assim não se torne, pelo insucesso;
Que o cotidiano não se permeie pela mentira;
Que os meios de vida não se utilizem da falsidade;
Que o insólito seja de estranheza por coisas boas e não pelo ódio;
Que o momento não nos remeta à luxúria;
Que o instantâneo julgar não nos traga ira;
Que a soberba seja de boas conquistas a ti e aos demais e não pela fama;
Que o incerto não nos torne ímpios;
Que a infelicidade passageira, não nos acarrete na infâmia;
Que o inútil pressupor ampare o incrédulo, para que ele possa crer, mesmo na dúvida;
Que o injusto mundo de muitos se transforme em justiça interna, em sabedoria verdadeira, em amor real.
Nossa sexualidade é um presente de Deus, um dom gratuito pelo qual nos cabe agradecer e louvar o Criador. O problema é a distorção desse presente, pois o coração é um campo de batalha entre o amor e a luxúria, sendo a luxúria um desejo completamente egoísta de usar o outro para a própria satisfação.
A afetividade e a sexualidade devem ser entendidas como um dom de Deus e uma riqueza, cujo cultivo requer uma verdadeira educação que tenha em conta todos os cuidados com a totalidade da pessoa, para querer a verdade do amor.
Falta de médicos não é falta de saúde. Falta de hospitais não é falta de saúde. Falta de bons hábitos é falta de saúde. Apesar de ambos serem importantes, o último é essencial.
A maturidade de vida é alcançada na medida em que as diferentes facetas da pessoa (espiritual, intelectual, físico, emocional e social) se ordenam para o bem.
Desse modo, a pessoa adquire as capacidades para amar e trabalhar em equilíbio consigo mesma e com o ambiente que a rodeia.
Sonho de valsa
O amor é aquilo que se entrega
no breve espaço entre dois corpos,
na proximidade entre seus rostos,
que estão prestes a se doar.
O amor é dança, é música, é festa,
fascínio puro da conversa
em que a noite beijou o luar.
O amor é dor, é fogo, é calmaria,
é o gesto que abranda o medo
mas desperta a fantasia
de estar num sonho e não acordar.
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