A Medida que o Tempo Passa

⁠A dúvida são as nuvens no outono, porquanto, a certeza é a semente e enxada na mão, importa saber onde olhar.

⁠A dúvida é a escuridão que fusca nossa sombra quando ao nosso redor a luz para de brilhar; porquanto, a certeza é a esperança que nos impele a dar mais um passo mesmo profundamente cônscio que outrora a luz cortara nossas esperanças.

⁠O lado ridículo de uma sugestão justifica o uso de uma palavra boba.

⁠Suporto a vida
por ter certeza da morte.

⁠Ninguém volta
do inferno
sem ter visto
uns capetas.

⁠A melhor ajuda vem de quem não atrapalha.

⁠O pior diabo é
o que não usa chifres.

⁠A beleza da vida
é a morte.

⁠Não me elogie
por qualidades
que não tenho e
nem me critique
por defeitos
que não são meus.

⁠O único
problema
do morto
é a ausência
da vida.

⁠Não sou dado a bazófias,
apesar da excessiva vaidade.

⁠Alegria de defunto
é enterro.

⁠Não há nada que você me peça sorrindo
que eu não faça chorando.

⁠O medo é o que me protege de você.

⁠Não desista,
você me alcança
quando eu morrer.

⁠É muito sorriso
para poucos dentes.

Tenho duas alegrias
com as visitas:
uma quando elas chegam e outra
quando vão embora.

⁠Por falta de quem
me queira
vou comemorar
mais um ano
de fidelidade.

⁠Caixão não tem chave.

Só rio quando
as pessoas choram.
Se você começar a chorar agora,
eu vou começar a rir. (risos)
(Homenageando Abujamra)